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Grupo de Dança Primeiro Ato estreia Insthabilidade no Teatro Bradesco

Um caminho entre quedas... movimento de vida

"Só se pode criar a partir da incompletude" (por Suely Machado)

 

O físico e cientista Stephen Hawking, em sua teoria do surgimento do universo, defende que, após a primeira explosão que tirou o universo da condição do "nada", as partículas primárias se organizaram em uma ordem estável, perfeita que não permitia o aparecimento da vida. Foi com o desaparecimento de algumas dessas partículas, com a quebra dessa "ordem" e o movimento aleatório delas, agora instáveis e começando a se chocar umas com as outras e a provocar reações químicas, é que nascem outras partículas mais complexas dando início à vida.

 

A habilidade de lidar com a instabilidade e a instabilidade presente em nossas habilidades, que gera desequilíbrio, ação e vida são o cerne do mais novo espetáculo do grupo Primeiro Ato, InstHabilidade, que estreia nos dias 30 e 31 de maio e 01 de junho (sexta, sábado e domingo), noTeatro Bradesco (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes).

 

Com concepção e direção coreográfica de Suely Machado e Alex Dias, pesquisa de movimento de Alex Dias, encenação de Suely Machado e processo de criação em colaboração com os bailarinos do Primeiro Ato, o espetáculo é inspirado na condição de estar vivo, de “cair e levantar”, movimentos naturais da vida.

 

Este cair e levantar, essa resistência à ação da gravidade e a necessidade constante de nos verticalizar e transformar provoca um movimento que se repete em cadeia e nos remete a origem, ao DNA, que marca e identifica nossas características e nossa maneira de estar no mundo. Da quebra dessa cadeia em equilíbrio, surge o movimento singular de cada um no universo.

 

Desde a gênese, vivemos em processos de expulsão, que provoca e instiga uma ação própria. De que somos feitos? Quem somos? E para onde vamos? O movimento serve de metáfora para a instabilidade enquanto terreno constante de experimentações e pesquisa. A partir desse pensamento, a montagem propõe habitar o lugar de busca, no processo homem-mundo, através da jornada entre a inspiração, a fantasia e as quedas na construção da realidade.

 

A coreografia foi construída a partir de um processo colaborativo entre Suely Machado, Alex Dias, Ana Virgínia Guimarães, Danny Maia, Lucas Resende, Marcela Rosa, Pablo Ramon, Vanessa Liga e Erika Rosendo, bailarina residente do Projeto Tecendo Encontros, convidada para compor com eles esse trabalho. O figurino e maquiagem são de Pablo Ramon, um dos bailarinos do grupo, que colabora também na arte gráfica do trabalho.

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