Notícias

Casa Camelo comemora um ano de nova sede com a exposição coletiva “Naquela Casa”, dia 22 de maio, e programação diversificada com atividades formativas

A comemoração de aniversário de um ano do novo espaço da Casa Camelo conta, ainda, com cursos, oficinas, rodas de conversas, leitura de portfólios e lançamento do catálogo do 4º Festival Casa Camelo de Arte Contemporânea

Para celebrar o primeiro ano de sua nova sede, a Casa Camelo promove uma programação especial que condensa e amplia sua trajetória como espaço dedicado à arte contemporânea. No dia 22 de maio, quinta-feira, das 18h às 22h, acontece a abertura da exposição coletiva “Naquela Casa”, que reúne obras de 19 artistas premiados nas quatro edições do Festival Casa Camelo de Arte Contemporânea. A mostra apresenta uma diversidade de linguagens e suportes como pintura, instalação, vídeo, fotografia e desenho. Toda a programação é gratuita. Mais informações no Instagram @casacamelo.

Os artistas participantes da exposição “Naquela Casa” são Alisson Damasceno, Daniel Pinho, David Magila, Dolores Orange, Érica Storer, Esther Az, Fernanda Luz, Rafael Ribeiro, Julianismo, Hortência Abreu e Ricardo Burgarelli, a dupla Laís Velloso e Julia Bernardes, Laryssa Machada, Marcel Diogo, Marcus Deusdedit, Olívia Viana, Randolpho Lamonier e Thiago Costa.

“Naquela Casa é uma exposição/comemoração que junta diversos artistas que foram premiados nas quatro edições do Festival camelo de Arte Contemporânea, evento que teve sua primeira edição em 2017 e caminha para a 5º edição em 2025. Além de um retorno à memória da Casa, a exposição propõe conexões entre as mais diversas linguagens e características das obras expostas. Na mostra Naquela Casa há de tudo: pintura, desenho, instalações, vídeos, fotografias e textos”, diz Luiz Lemos.

A programação de aniversário da Casa Camelo conta, ainda, com uma série de atividades formativas. Entre elas, destacam-se montagem de exposição aberta, dia 20 de maio, com Luiz Lemos e Eloá Mata, organizadores e sócios da Casa Camelo, atividade voltada à prática expositiva e suas estratégias de construção; “Leitura de portfólios”, com Camilla Rocha Campos, dias 23 de maio e 03 de junho, atividade que propõe reflexões sobre os processos e formas de apresentação no campo das artes visuais; e oficina criativa com Efe Godoy, dia 24 de maio, que, de forma lúdica e experimental, convida o público a imaginar e criar fábulas a partir de experiências com quintais.

No dia 31 de maio será lançado o catálogo do 4º Festival Casa Camelo de Arte Contemporânea, realizado em 2024, com curadoria de Marcel Diogo, Fabíola Martins, Gabriela Carvalho e Luiz Lemos. Organizado pelo professor e pesquisador Eduardo de Jesus, o catálogo contém entrevistas com os artistas premiados Alisson Damasceno, Dolores Orange, Fernanda Luz, e a dupla Julia Bernardes e Laís Veloso, que apresentaram exposições individuais na 4ª edição do festival, além de reflexões sobre o papel do evento no cenário da arte contemporânea brasileira, ampliando perspectivas de experimentações artísticas, formação e difusão.

Sobre a Casa Camelo

Após sete anos de intervalo, a Casa Camelo, inaugurada em 2011 por Luiz Lemos e outros seis artistas nos corredores da Escola de Belas Artes da UFMG como um ateliê coletivo que habitou o espaço até 2017, retomou suas atividades artísticas e culturais. Em sua antiga sede, no bairro Santa Efigênia, os artistas e organizadores realizaram inúmeros eventos com participação de centenas de artistas de projeção no cenário brasileiro como exposições, feiras de arte e cursos para diversos públicos. Durante esse período, a Casa Camelo tornou-se um projeto, atuando em parceria com outros espaços e instituições.

A nova sede da Casa Camelo, no bairro Sagrada Família, possui mais de 250m² e amplia cada vez mais suas atividades com exposições gratuitas, cursos, oficinas, palestras e eventos diversos organizados em parcerias com artistas, curadores, professores e pesquisadores das artes visuais.

Mini-bios de artistas

Alisson Damasceno é formado em licenciatura em Artes Plásticas e habilitado em Pintura pela Escola Guignard, em BH. Seus trabalhos se desenvolvem a partir de intervenções no universo da educação. Participou de mostras na Escola de Belas Artes da UFMG; no SESC Uberlândia e no Centro Cultural Banco do Brasil - BH; da “Exposição Coletiva Dos Brasis - Arte e Pensamento Negro”, nos SESCs Belenzinho, em São Paulo (2023), e Quitandinha em Petrópolis/RJ (2024). Sua primeira exposição individual, intitulada “DizOrdem”, aconteceu no instituto BDMG Cultural, na capital mineira. Participou, ainda, da 11ª edição do Festival de Arte Negra – FAN, em BH; do Projeto “Sensações Memoráveis do Memorial Minas Gerais Vale”; e da 6ª Edição da “Virada Cultural de Belo Horizonte”. Foi residente no projeto “Lab Cultural BDMG - Programa de valorização e incentivo à pesquisa de processos artísticos e culturais” (BH), e da “PEMBA: Residência Preta – Projeto Dos Brasis”, no SESC São Paulo. Atualmente é capa da Revista Serrote #46 do Instituto Moreira Salles/SP (2024).

Julia Bernardes (Divinópolis - MG, 1996), vive e trabalha em Belo Horizonte. É bacharel e licenciada em Artes Visuais pela EBA-UFMG, pós-graduada no curso “A caminhada como método para arte e educação”, pela Casa Tombada - SP. Estudou dança na Escola Livre de Artes de BH e, atualmente, é mestranda no PPG-Artes UFMG. Seus interesses nascem a partir do encontro entre o desenho, a escrita, a dança e a performance, contornados pela prática da caminhada e as paisagens urbanas. Integrou residências artísticas como a 1ª Residência para artistas da Casa Camelo” (2024), Bolsa Pampulha (2022), com o coletivo Cozinha Comum, e Cena Aberta (2019).

Dolores Orange nasceu no Maranhão, mas foi criada na Região Metropolitana do Recife. Estudou Letras e, em 2014, se mudou para Belo Horizonte para fazer mestrado em Teoria da Literatura, na UFMG. Depois de atuar por muitos anos como professora, em maio de 2022 fez sua primeira exposição individual no Centro Cultural SESIMINAS. Em 2023, foi convidada para a exposição do Festival Foto em Pauta, em Tiradentes e em Belo Horizonte. Na Escola Guignard, foi aluna premiada nas categorias Fotografia e Pintura.

Fernanda Luz Avendaño (Santiago, Chile, 1993), vive e trabalha em São Paulo. É formada em Artes Visuais e possui mestrado em Design Avançado pela Universidade Católica do Chile. Atualmente, cursa Mestrado em Poéticas Visuais na Universidade de São Paulo (USP). Sua prática artística envolve pintura e desenho, explorando temas relacionados à paisagem, à relação entre arquitetura e natureza, além de investigar não-lugares, monumentos, ruínas e heterotopias. Foi selecionada no Prêmio Arte Laguna 15 (Veneza, Itália), ganhando uma Menção Honrosa da Ki Smith Gallery (NY, EUA); também ganhou Menção Honrosa no 5º Concurso Universitário de Arte Jovem (Santiago, Chile, 2017); e tem recebido múltiplas bolsas como artista para a realização de projetos artísticos (FONDART, MINCAP, 2021, 2022, 2023). Algumas de suas exposições individuais incluem: “Destellos Lejanos” (2023), no Cerro Sombrero, no Chile; “Símbolos Difusos” (2023), no Museu Regional de Rancagua, no Chile; “Estruturas en Suspenso” (2021), no Museu Regional de Magallanes, Punta Arenas, Chile). Tem participado de exposições coletivas no Chile, Colômbia, México, Itália, Portugal e Mauritius. Após participar da Residência Artística da FAAP, em SP, em 2023 migrou para o Brasil. Foi selecionada para o Salão de Artes Visuais de Ubatuba – SP, Salão de Vinhedo - SP, e está realizando sua primeira individual no país, “Onde Voltarão a Crescer as Margaridas?”, no Museu MUnA, em Uberlândia/MG.

David Magila é mestre pela Escola de Belas Artes - UFRJ - Rio de Janeiro e formado em

Artes Visuais pelo Instituto de Artes - UNESP - São Paulo (2003). Magila participou, em 2024, do Programa Convergente da 24ª Bienal de Coimbra em Portugal. Também neste ano, realizou a individual “Nem Tudo que Parece é Ruína”, no Parque Glória Maria, no Rio de Janeiro. Participou da coletiva com as novas aquisições do MACRS - Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul. Em setembro de 2023 foi convidado pelos curadores Paulo Herkenhoff e Leno Veras para a exposição “Quarta Geração Construtiva”, no espaço FGV Arte, no Rio de Janeiro. Em março de 2023 abriu a exposição individual “Pintura Forjada”, no Sesc Nova Friburgo – RJ, com texto crítico de Paula Borghi.

Marcus Deusdedit é graduado pela Escola de Arquitetura da UFMG e mestrando pela FAUUSP. Atua como artista visual produzindo trabalhos na intersecção entre arte, arquitetura e design. Em sua pesquisa, explora possíveis deslocamentos estéticos dos códigos desses campos, suas distorções e tensionamentos, a partir do atravessamento por questões socioeconômicas e raciais. Foi selecionado como artista residente na 8a edição do Bolsa Pampulha e na FAAP, premiado pelo 4o Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais, e participou de importantes exposições institucionais como o 38º Panorama das Artes Brasileiras e a 14a Bienal do Mercosul. Desenvolve trabalhos em diversas linguagens que vão desde fotografias a objetos tridimensionais e instalações multimídias, sempre conectados pelo gesto de edição e remix.

Laryssa Machada é artista visual, fotógrafa e filmmaker, nascida em Porto Alegre (RS). Atualmente, vive entre Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ). Constrói imagens enquanto rituais de contracolonização e expansões de liberdade. Com estudos na área do Jornalismo, Ciências Sociais e Artes, cultiva os cruzamentos de saberes e o próprio caminhar como rota. Seus trabalhos discutem a construção de imagem sobre LGBTQIA+, indígenas, culturas marrons - caminhando pela “desinvasão brazil” enquanto prática de educação visual. Indicada ao prêmio Pipa em 2022, recebeu o prêmio Foco Artrio em 2023 e já expôs nos Estados Unidos, Inglaterra, Bolívia, Portugal, França e em vários estados do Brasil.

Randolpho Lamonier (Contagem/MG, 1988) é artista visual graduado na Escola de Belas Artes da UFMG. Seu trabalho transita entre diferentes mídias, tendo protagonismo a prática em arte têxtil, desenho, fotografia, vídeo e instalação. Em sua pesquisa, palavra e imagem estão sempre em diálogo e costumam versar sobre micro e macro política, urbanidades, tretas sentimentais, crônicas, diários e múltiplos cruzamentos entre memória e ficção. Participou de exposições como “My kind of dirty”, na Fort Gansevoort Gallery, em Nova York/EUA (2021); “Megazord codinome Esperança”, na Periscópio Arte Contemporânea, em BH; Espaço c.a.m.a, em 2018, em São Paulo. Neste ano, integrou a mostra “É tarde e chove, mas os ratos não têm medo do escuro”, com curadoria de Raphael Fonseca, na Zipper Galeria, em São Paulo. Em seu currículo constam, ainda, as exposições “Vigília”, em 2017, na Galeria Genesco Murta, no Palácio das Artes, em BH;

“Carbono 14”, em 2014, no Centro Cultural Francisco Firmo de Matos, em Contagem, e “Diários em Combustão”, na Galeria Orlando Lemos, em Nova Lima, também em 2014.

Marcel Diogo é graduado em Pintura e Licenciatura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Trabalha como artista, professor e curador independente. A partir de diferentes técnicas, como a pintura sobre suportes variados, performance, vídeo e objetos, desafia diferentes ferramentas coloniais presentes na sociedade brasileira. Participou de importantes exposições como “Encruzilhadas da arte afro-brasileira” – ProjetoAfro, no CCBB – SP, “Quarto Ato – O Quilombismo: Documentos de uma Militância Pan-Africanista” e “Direito à forma”, em Inhotim – MG. Também integrou a exposição “Dos Brasis”, no Sesc Belenzinho – SP, “Carolina Maria de Jesus – Um Brasil para os Brasileiros”, no IMS – SP, e “I Circuito Latino-Americano de Arte Contemporânea, na CCMQ – POA/RS.

Hortência Abreu é artista, pesquisadora e doutoranda em artes na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Desenvolve trabalhos que relacionam narrativas históricas e o imaginário por elas gerado. Trabalha com diversos materiais, mídias e arquivos.

Costa, natural de Bananeiras (PB), se inspira, em suas obras, na expansão das linguagens na interseccionalidade das experiências coletivas e individuais, no processo de elaboração da monumentalização da memória e em quais dispositivos visuais relacionam-se com a sua escrita. Investiga as palavras e a linguagem visual como disparadores desses registros, expandindo a paisagem da palavra e as possibilidades de interação e criação com as percepções iconográficas e seus desdobramentos na produção dessas formas.

Sobre os organizadores e sócios da Casa Camelo

Luiz Lemos é um artista de Belo Horizonte, graduado em Artes Visuais pela UFMG e mestre em Estudos de Linguagem pelo CEFET. Com mais de uma década de sua primeira exposição individual, sua dedicação está voltada para a pintura e a criação de instalações, sempre mantendo um olhar curioso e atento para a desordem, a linguagem e a intensidade presentes na cidade e na sociedade. É um dos fundadores da Casa Camelo e atual organizador do espaço ao lado de sua sócia Eloá Mata.

Eloá Mata é pós-graduada – MBA em Gestão de Projetos pelo Centro Universitário Estácio, de Santa Catarina (RS), formada em Educação Artística com habilitação em Artes Plásticas pela Escola Guignard – UEMG. Trabalhou por sete anos no projeto Valores de Minas e depois seguiu sua trajetória profissional como autônoma, atuando em diversas produções culturais como festivais, exposições artísticas, peças teatrais, oficinas e cursos.

SERVIÇO: Abertura da exposição “Naquela Casa”
Data: 22 de maio, das 18h às 22h
Visitação: Às quartas, quintas e sextas-feiras, das 14h às 18h; e aos sábados, das 14h às 17h
Local: Casa Camelo – Rua Santo Agostinho, 365, Sagrada Família, Belo Horizonte (MG)
Mais informações: https://www.instagram.com/casacamelo/

Montagem aberta da mostra “Naquela Casa”, com Luiz Lemos e Eloá Mata
Data: 20 de maio

Oficina criativa com Efe Godoy
Data: 24 de maio

Leitura de portfólios com Camilla Rocha Campos
Data: 27 de maio e 03 de junho

Lançamento do catálogo do 4º Festival Casa Camelo de Arte Contemporânea, DJ Daniela Belo e cozinha Mandaknega
Data: 31 de maio

Foto: Luiz Lemos

Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.