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Cia. de Dança Sesiminas comemora 25 anos com espetáculo inédito

“A Quinta Estação” apresenta ao público versão única com obra “As Quatro Estações”, de Piazzolla

A Cia. de Dança Sesiminas chega aos seus 25 anos, assim como o Centro de Cultura Nansen Araújo – Teatro Sesiminas - com um histórico que a transformou em uma das companhias mais respeitadas e admiradas de Minas Gerais. Para celebrar esse momento, o grupo apresenta o espetáculo inédito “A Quinta Estação”, no dia 28 de maio, às 20h, no Teatro Sesiminas. Com coreografia da diretora artística da Cia., Cristina Helena, a montagem apresenta ao público a evolução do grupo, marcando o momento de sua criação, a consolidação como um dos primeiro Ballets Jovens do Brasil, amadurecimento e profissionalização, sempre com originalidade nos palcos, mesclando o Ballet Clássico e de Vanguarda.

 

O espetáculo tem início com breve participação das Escolas de Dança do Sesi MG do interior do estado, com um desfile coreográfico, representando o começo da companhia. Em seguida, a Cia. de Dança Sesiminas entra em cena com “Outono”, que demonstra a preparação técnica dos bailarinos, seguindo para “Inverno” que faz um paralelo sobre a sensibilidade que vem com o frio e a dança. Neste movimento as primeiras bailarinas Paula Assis e Ruth Vespermann, fazem um pas de deux com o primeiro bailarino Isaías Estevam e o corifeu Edésio Nunes. “Primavera” traz para o palco a individualidade dos bailarinos. Por ser uma estação “libertadora”, cada dançarino demonstra seu talento e a liberdade dos movimentos nas danças. “Verão” encerra o ciclo, como a mais forte e eletrizante estação, mostrando a força da Cia. de Dança Sesiminas com movimentos acrobáticos de técnica clássica. A quinta estação é o próprio grupo, um conjunto de todas as outras estações, representando o resultado do caminho percorrido nesses 25 anos.  

 

A apresentação ganha corpo ao som de As Quatro Estações Portenhas, do compositor argentino Astor Piazzolla, que utiliza como tema as quatro estações do ano - assim como fez o italiano Antonio Vivaldi em 1723 - e mostra, musicalmente, como são as estações no hemisfério sul com um toque entre o clássico e o tango. Interpretada ao vivo pela Orquestra de Câmara Sesiminas, a obra foi escolhida para demonstrar as transformações na dança e na Cia. de Dança Sesiminas, seu amadurecimento e a multiplicidade. Além dos 15 bailarinos da Cia. de Dança Sesiminas, o espetáculo conta com a presença de estudantes das Escolas de Cultura do SESI MG.

 

“A Quinta Estação” revela o perfil estético atemporal da Cia. de Dança Sesiminas. A diretora artística e coreógrafa do grupo, Cristina Helena, explica que as variações e inovações da companhia impulsionaram a criação de um espetáculo que apresentasse o quanto é possível ir além do comum. “A Cia. de Dança Sesiminas é conhecida por caminhar por várias vertentes da arte do gesto. Atua tanto no ballet de repertório, quanto no contemporâneo, vanguarda, em operetas e tantas outras variações, sem nunca deixar de ser clássica. Ela sai do padrão e este espetáculo mostra isso muito bem, transformando a própria companhia na “quinta estação” de Piazzolla de uma forma totalmente única e inédita. Há um desequilíbrio irreverente e elegante, com várias linguagens que se fundem numa mesma coreografia”, completa.

 

A história da Cia. de Dança Sesiminas funde-se com a do próprio Teatro Sesiminas. Há 25 anos, o espaço era inaugurado com apresentação do grupo que transformou-se em um dos primeiros Ballets Jovens do Brasil e formou grandes talentos. Em um momento tão significativo, todas as nuances do SESI MG se uniram para fazer desta uma grande celebração. “O SESI é múltiplo e traz consigo o papel fundamental de elevar a qualidade de vida de trabalhadores e seus familiares como um agente transformador por meio da cultura, lazer e saúde. É possível ver muito da história e do desenvolvimento do próprio SESI em todo o espetáculo. O figurino, por exemplo, é uma produção dos técnicos e alunos do SENAI Belo Horizonte MODATEC. A Orquestra de Câmara Sesiminas, sob a regência do Maestro Marco Antônio Maia Drumond interpreta ao vivo a belíssima composição de Piazzolla para que os bailarinos possam desempenhar o melhor de si. A Cia. não é só nossa, é de todos. Muitos a viram se apresentar em canteiros de obras, nas ruas, praças e grandes teatros e tenho certeza que a Cia. de Dança Sesiminas também representou um importante papel na vida de cada um”, acrescenta o Gerente de Cultura do SESI MG, Thiago Maia.

 

Esses 25 anos foram marcados por grandes nomes da música clássica mundial. A Cia. de Dança Sesiminas atuou em parceria com Fernando Bujones, Fernanda Diniz, Boyd Lau, Cecília Kercher, Solistas do Kirov Ballet, Ballet Imperial da Rússia, Stanislavisk e Bolschoi. Dentre os maitres que atuam frente ao grupo estão Cristina Helena, premiada como melhor coreógrafa pelo Mercosul, no concurso realizado em Paris (1986) e como ensaiadora no Concurso de Varna; Pablo Moret, 1º bailarino do Ballet de Cuba; e Ingrid Nemakova, 1ª bailarina da república Tcheca e medalha de melhor maitre na Russia, Finlândia, Paris e Bulgária.

 

Inúmeros bailarinos que ganharam visibilidade internacional tiveram seus primeiros passos artísticos na Cia. de Dança Sesiminas, como Fernanda Diniz, 1ª “Bailarina Etoille” do Ballet Jovem da França, 1º lugar no Concurso Internacional de Osaca – Japão e 2º lugar no Concurso de Varna; Ana Caroline Pagano, pós graduação no Ballet de Viena e em companhias alemãs (1997), premiada em concursos internacionais, 1ª bailarina SESIMINAS e hoje bailarina do Ballet Débora Colker; André Valadão – 1º solista no Brasil; bailarino a atuar na França e atualmente na Flórida (USA); Juliana Bastos, bailarina do Ballet du Capitole – Toulouse (França); Paulo Ricardo, 1º lugar no Mercosul – Buenos Aires (1992) atualmente bailarino do Teatro Municipal do Rio de Janeiro; Beatriz Kuguimya, 1ª bailarina da Fundação Clóvis Salgado; Carla Amâncio – a convite da Escola Austríaca, esteve em Viena em 1998; atualmente nos Estados Unidos; Alexandre Silva, ex 1º. Bailarino da Cia de Dança SESIMINAS atualmente em Cleveland (USA); José Antonio Ramos, solista do Ballet Nacional de Cuba, 1º. Solista da Cia. de Dança SESIMINAS, hoje integrante do Ballet Débora Colker; Andréa Maciel, finalista do Concurso de Bordeaux – França(1996), 1º lugar no Concurso Mercosul (1997); 1º lugar CBDD – Unesco (1998) e Hoje atua no Ballet de Cleveland.

 

Grandes momentos

Os últimos 25 anos foram repletos de grandes momentos. Em junho de 1998, a Cia. remontou o virtuoso ballet “Don Quixote”, tendo como convidados especiais Fernanda Diniz, “Bailarina Etoille” do Ballet Jovem da França e Reagan Messer, 1º bailarino do Boston Ballet. Em junho de 1999, grandes Ballets de Repertório foram reencenados, em comemoração aos 9 anos de fundação do “Centro de Cultura Nansen Araujo”. Ainda em junho de 1999 a Cia. foi Convidada de Honra para abertura do Festival de Dança de Uberlândia-MG. Em 2000, a Cia. foi a “Grande Campeã” do 18º Festival de Dança de Joinville, um dos maiores da América Latina. Neste mesmo ano a Cia. enviou dois casais de bailarinos para representar o Brasil no Concurso Internacional da França, ficando os mesmos entre os 5 finalistas. Em julho de 2001, a Cia foi novamente a “Grande Campeã” do 19º Festival de Dança de Joinville, tendo sido escolhida como “Melhor Grupo” dos 142 concorrentes de todo o País, além de outros do Paraguai, México e Argentina.

 

Em 2004, o grupo é convidado pela Vice-Presidência da República para uma gala em Brasília – espetáculo beneficente para construção do Hospital de Câncer Infantil. É ainda a convidada de honra da Mostra Internacional de Dança de Florianópolis. No ano seguinte, é a convidada de honra da Mostra Internacional de Corumbá. Ainda em 2005 a Cia de Dança comemora seus 15 anos de existência em apresentação de gala tendo como convidada especial a bailarina Ana Botafogo com o ballet de repertório “La Fille Mal Gardèe”. Em 2006, é novamente convidada pela Vice-Presidência da República para apresentação no baile beneficente “Uma Noite em Veneza” quando apresenta uma adaptação do “O Fantasma da Ópera” ao lado do bailarino Carlinhos de Jesus. Nos últimos anos, foram realizadas diversas turnês pelo Estado onde foram apresentadas montagens como “Carnaval em Veneza”, “Painas de Outono”, “Construção”, sempre com originalidade. Entre 2008 e 2009, importantes nomes como Áurea Hammerli e Cláudia Mota (Primeiras Bailarinas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro) dividiram os palcos com a companhia e teve a honra de ter uma coreografia exclusiva de Carlos Santos (coreógrafo do YAPG em Nova York), no espetáculo “Caminhos do amor”. Em 2010, 2011 e 2012, foram realizados espetáculos de gala internacional, com artistas que já passaram pelo grupo e hoje fazem grande sucesso no exterior. Em 2014, a Cia. celebrou um novo modelo de gestão, com supervisor, instrutor de dança e bailarinos efetivados como funcionários do SESI MG, realizou a montagem inédita do clássico Lago dos Cisnes com ritmo brasileiro, “Lago Brasil”, e participou da Ópera Rigolleto no Palácio das Artes e do espetáculo de abertura da 8ª Olimpíada do Conhecimento Nacional, realizada em Belo Horizonte.

 

A diretora artística Cristina Helena

Aos 18 anos, Cristina Helena foi para a Itália onde estudou a Escola Municipal de Bailados Torino e noToronto Dance Theater (Canadá). Ao longo dos anos fez cursos de balé em Toronto, New York, Lisboa e Lausane. De volta ao Brasil fundou e é diretora do Balé Cristina Helena que mantém escolas de balé em Belo Horizonte e Nova Lima. Ministra aulas de Royal Academy of  Dança, Clássico Vaganova, Técnica de Ponta, sendo a única a aplicar no Brasil o método de ponta russo e ainda ministra Técnica Clássica Masculina e aulas de balé de repertório.

 

Em 1998 recebeu o Certificado “Delegada Efetiva em Minas Gerais” do Conselho Brasileiro da Dança (CBBD), órgão vinculado ao “Conseil International de la Danse” – CID – UNESCO. Como convidada tem ministrado aulas para as seguintes companhias de danças: Cia. de Dança Débora Kolker, (RJ), Cia. de Gainesvily (Flórida – USA) e Cia de Nacional de Orlando (Flórida – USA).  Suas coreografias já foram apresentadas nos Estados Unidos, na Rússia, Alemanha, Principado do Mônaco entre outros. É diretora artística  da Cia de Dança SESIMINAS.

 

Companhia de Dança Sesiminas

A Cia. de Dança Sesiminas foi fundada em 1990, quando da inauguração do Centro de Cultura “Nansen Araujo”, compondo-se de um grupo de jovens bailarinos brasileiros de formação clássica, sob a direção artística de  Cristina Helena. A Cia., então adotada pelo Sistema FIEMG, passou a traçar um perfil inédito no País, seguindo a imagem dos “Ballets Jovens” Europeus. Possuidora de um trabalho de pesquisa, resgatou o que de mais precioso há no Repertório Clássico acadêmico, refletindo, através do alto nível artístico, técnico e cultural da melhor safra de seus jovens talentos, um trabalho de primeiro mundo.

 

Sua principal tarefa é o compromisso educativo público e a formação profissional dos elementos selecionados para tal, levando a tradicional arte do Ballet ao espectador, independente da classe social, e a lugares que desconheciam tais obras. Numa função desbravadora, é hoje a única Cia. de Ballet Clássico a atuar sob a tutela de um Centro de Cultura e do Sistema FIEMG. Através de suas apresentações em canteiros de obras, centros esportivos e de lazer, creches, escolas do Sistema FIEMG, Sindicatos e Teatros, proporciona ao público das classes operária, estudantil e comunidade em geral, oportunidades de enriquecer com o que há de mais belo e histórico do movimento bailado, sendo um veículo artístico para o público carente de informação cultural.

 

Foto: Divulgação 

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