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Mostra da Diversidade Cultural chega a BH com programação gratuita

Nove municípios mineiros marcam presença na Mostra intercâmbio

Artistas e grupos culturais de nove cidades mineiras desembarcam em Belo Horizonte no dia 19 de maio para apresentações gratuitas na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, que fica na Praça da Liberdade. O evento integra a Mostra da Diversidade Cultural – Imagens da Cultura Popular e reúne atrações de João Monlevade (Central), Juiz de Fora (Zona da Mata), Abaeté, Bom Despacho, Dores do Indaiá, Martinho Campos, Quartel Geral (Centro-Oeste), Carbonita e Senador Modestino Gonçalves (Jequitinhonha) e também da capital (Metropolitana).

Na edição deste ano, a Mostra, em sua etapa de intercâmbio, traz a BH artistas das várias regiões participantes, que exibem uma diversidade de expressões culturais. Serão espetáculos de dança, performance, música, teatro, exposições e feira de produtos artesanais. Os participantes são artistas e grupos que participaram das formações oferecidas pela organizadora do projeto, a ONG Favela é Isso Aí.

As ações são fruto de um intenso processo de capacitação envolvendo artistas e grupos culturais das cidades participantes. Desde agosto de 2023, mais de 120 fazedores de cultura foram beneficiados por cursos e oficinas em formato híbrido, além de educadores formais e não formais envolvidos nas atividades de Educação Patrimonial promovidas pela Mostra.

Como produto desse processo, construído a muitas mãos, a programação conta também com o lançamento da coleção de cartilhas de Educação Patrimonial da Mostra da Diversidade Cultural. Composta por quatro volumes, um por região, as cartilhas trazem as principais manifestações da cultura popular identificadas nas cidades participantes da Mostra.

Um dos principais objetivos da Mostra é contribuir para o fortalecimento, apoio e divulgação das manifestações artísticas das comunidades, especialmente as periféricas e de baixa renda.

A iniciativa é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com o patrocínio da Fundação ArcelorMittal e integra o programa Forma e Transforma. A realização é do Governo Federal, Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, com apoio das Prefeituras dos municípios participantes e da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais / Circuito Liberdade.

A diretora executiva do Favela é Isso Aí, Clarice Libânio, fala sobre a importância do projeto para artistas e grupos mineiros. "O projeto da Mostra, assim como as ações do Favela é Isso Aí, que completa 20 anos em 2024, busca não apenas um reconhecimento dos talentos de cada local, mas também uma oportunidade única de promover e valorizar as expressões culturais diversas presentes nos territórios mineiros. Por isso também é tão importante a divulgação da cultura e do patrimônio local através das Cartilhas, que auxiliarão os educadores e gestores culturais em seus trabalhos, dentro ou fora da sala de aula”, salienta Libânio.

Cinco regiões mineiras têm representantes na Mostra da Diversidade Cultural.

Chegam do centro-oeste mineiro Bárbara Rodrigues e André Araújo, com o show musical “Os sons e as cantigas de roda”; o grupo de capoeira Afro-minas; a apresentação literária e ritual do povo Kaxixó; a exposição “Lá do Céu, Cá da Terra”, de Sueli Santos e Ana Luiza Lino; o grupo SUPERARTES, com o espetáculo “Movimentando sonhos”; o artesanato de Gabriela Farrapo; além de Gabriel Januário, com a performance “Quando o filho se vai”.

Do Jequitinhonha vêm a Cia. de Teatro Reconto; a Feira de Artesanato, com o grupo Arte de Criar Memórias; o grupo Saberes e Tradições da Beira do Rio Jequitinhonha, com as cantigas de roda; e o grupo Oficina de MPB, que convida para o palco Saldanha Rolim, artista residente em Diamantina.

A cidade de João Monlevade, região central, participa com as apresentações de Daniel Bahia em Mostra; Cortejo da Guarda de Congo de João Monlevade e exposição de quadros do artista Marcos Lizardo.

Por fim, o Grupo NUN traz um trecho do espetáculo "Ferinas Couraças", registrando a participação de Juiz de Fora, Zona da Mata; além da oficina de construção de pantangomes, com Rozita Boechem e Jana Castro.

A Mostra da Diversidade Cultural: Imagens da Cultura Popular é um dos projetos do Favela é Isso Aí, viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com o patrocínio da Fundação ArcelorMittal. A realização é do Governo Federal, Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, com apoio das Prefeituras dos municípios participantes e da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais / Circuito Liberdade.

Sobre Favela é Isso Aí

Comemorando 20 anos de existência, Favela é Isso Aí surgiu como fruto do Guia Cultural de Vilas e Favelas, idealizado pela antropóloga Clarice Libânio e publicado em agosto de 2004. A organização foi criada com o objetivo de proporcionar a construção da cidadania a partir do apoio e divulgação das ações de arte e cultura das periferias, além de promover geração de renda para os artistas, melhorar as condições do fazer artístico e acesso ao mercado cultural.

Sobre a Fundação ArcelorMittal

A Fundação ArcelorMittal é o núcleo de investimento e transformação social do Grupo ArcelorMittal, e sua estratégia principal se divide em três eixos de atuação: educação, cultura e esporte. Por meio de projetos e iniciativas nessas áreas, se propõe a transformar a vida de crianças e jovens de forma coletiva e participativa, compartilhando conhecimento e inovação, contribuindo para a inclusão e a formação de cidadãos para um futuro melhor. Saiba mais em: www.famb.org.br.

Sobre o programa Forma e Transforma

Há mais de uma década, o programa Forma e Transforma atua em prol do desenvolvimento da cultura local, promovendo a formação artística e empreendedora, além de valorizar o patrimônio das localidades e estimular o desenvolvimento local por meio da arte e da cultura. O programa atua na realização de editais via Leis de Incentivo à Cultura.

Serviço:
O quê: Mostra da Diversidade Cultural em Belo Horizonte
Onde: Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais – Praça da Liberdade
Quando: 19/5 (domingo), das 9:30 às 17h
Entrada franca
@mostradiversidademg

PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

Domingo, 19/5
Local: Teatro arena da Biblioteca Pública Estadual, Praça da Liberdade (entrada pela Rua da Bahia)
De 9h30 às 16h – Mostra e Feira de Artesanato com o grupo Arte de Criar Memórias, Gabriela Farrapo e Marcos Lizardo
10h – Show musical Os sons e as cantigas de roda, com Bárbara Rodrigues e André Araújo
10h40m – Apresentação literária e ritual do povo Kaxixó
11h – Cia. Reconto - Espetáculo Bumba Meu Boi
12h – SUPERARTES - Espetáculo Movimentando sonhos
12h30m – "Crec Crec” e Roda de Capoeira - Grupo de Capoeira Afro-Minas"
13h – Saberes e Tradições da Beira do Rio Jequitinhonha - Cantigas de roda
13h30m – apresentação musical Daniel Bahia em Mostra
14h30m – Cortejo com a Guarda de Congo de João Monlevade e artistas participantes da Mostra

Local: Teatro José Aparecido de Oliveira – Biblioteca Pública Estadual, Praça da Liberdade
15h – Gabriel Januário - Performance Quando o filho se vai
15h15m – Grupo NUN - Carga mental - trecho do espetáculo Ferinas Couraças
15h30m – Lançamento da coleção de cartilhas de educação patrimonial da Mostra da Diversidade Cultural
16h – Oficina de MPB convida Saldanha Rolim

ARTISTAS E GRUPO PARTICIPANTES

LANÇAMENTO DA COLEÇÃO DE CARTILHAS DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL DA MOSTRA DA DIVERSIDADE CULTURAL

A coleção de Cartilhas de Educação Patrimonial da Mostra da Diversidade Cultural, da editora Favela é Isso Aí, é composta por quatro volumes: Centro-Oeste (Abaeté, Bom Despacho, Dores do Indaiá, Martinho Campos e Quartel Geral), João Monlevade, Jequitinhonha e Juiz de Fora. Elaborada a muitas mãos, é fruto do levantamento do patrimônio local e das manifestações culturais populares dos municípios participantes, com a contribuição dos educadores locais, gestores e fazedores de cultura que participaram dos Encontros Técnicos de Educação Patrimonial e puderam contribuir com narrativas afetivas sobre a história, a arte e a cultura de cada localidade.

MOSTRA E FEIRA DE ARTESANATO COM O GRUPO ARTE DE CRIAR MEMÓRIAS (SENADOR MODESTINO GONÇALVES), GABRIELA FARRAPO (MARTINHO CAMPOS) E MARCOS LIZARDO (JOÃO MONLEVADE)

Arte de Criar Memórias é um grupo de artesãs e artesãos da cidade de Senador Modestino Gonçalves que se reúnem para produzir e se capacitar. Entre seus membros estão Yolanda, Djalva, Sebastião, Cida, Carmem, Rosana e Cecília, que transformam materiais diversos em uma ampla gama de artesanatos, desde tecidos e cerâmicas até reciclagem criativa e trabalhos em EVA. O Grupo "Arte de Criar Memórias" é um testemunho vivo do poder do artesanato para preservar tradições, criar laços comunitários e transformar vidas através da expressão criativa.

Zilda Gabriel da Silva, artesã de Martinho Campos, é mais conhecida como Gabriela Farrapo, devido ao seu ateliê e seus artesanatos. Celebrando 71 anos em 2024, é mãe, avó e bisavó, nascida em Pompéu e crescida na zona rural de Martinho Campos. Artesã, Gabriela Farrapo é uma verdadeira amante da cultura e, além de produzir suas peças, dedica seu tempo a compartilhar seu conhecimento em cursos e oficinas.

De João Monlevade, Marcos Lizardo traz quadros em madeira que retratam as favelas e seu modo de viver e de morar. Marcos é multiartista, filósofo, artesão, poeta e desenhista, que encontrou no trabalho em madeira e na poesia o ponto alto de sua trajetória artística.

GRUPOS DA REGIÃO CENTRO-OESTE

SHOW MUSICAL – OS SONS E AS CANTIGAS DE RODA, COM BÁRBARA RODRIGUES E ANDRÉ ARAÚJO (MARTINHO CAMPOS)

Os músicos André e Bárbara trabalham voluntariamente pela Associação A Corrente do Bem, que desenvolve projetos sociais voltados para a cultura, leitura e o jogo de xadrez em Martinho Campos. A apresentação na Mostra deste ano terá como foco músicas infantis, músicas de roda e músicas com temas regionais.

APRESENTAÇÃO LITERÁRIA E RITUAL DO POVO KAXIXÓ (MARTINHO CAMPOS)

Os indígenas Kaxixó, que vivem próximos ao Rio Pará, trazem um pouco da sua cultura, em um momento lúdico, com apresentação de pinturas, rituais e contação de histórias sobre um grande guerreiro que já se foi, Cacique Djalma.

SUPERARTES – ESPETÁCULO MOVIMENTANDO SONHOS (QUARTEL GERAL)

O grupo SUPERARTES atua no meio da dança realizando apresentações culturais e resgatando valores, por meio de movimentos e expressão corporal.

GABRIEL JANUÁRIO – PERFORMANCE QUANDO O FILHO SE VAI (BOM DESPACHO)

Silvio Gabriel é nascido no quilombo carrapatos da Tabatinga, cidade de Bom Despacho. Bailarino e coreógrafo, Sílvio tem 23 anos e mantém o legado deixado por seus familiares, preservando a cultura da comunidade. Para a Mostra, traz uma performance, em uma história dançada da qual faz parte.

CREC CREC E RODA DE CAPOEIRA – GRUPO DE CAPOEIRA AFRO-MINAS (MARTINHO CAMPOS)

Grupo de Capoeira Afro-Minas, fundado em Martinho Campos no ano de 2006, por Odair José Rosa – Mestre Coral, é uma iniciativa que busca promover ações sociais, culturais e esportivas por meio da rica tradição da capoeira. Atualmente com mais de 350 capoeiristas espalhados por Minas Gerais, o grupo traz para a Mostra a dança guerreira Crec Crec e roda de capoeira, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil e da Humanidade.

EXPOSIÇÃO “LÁ DO CÉU, CÁ DA TERRA” (DORES DO INDAIÁ)

De Dores do Indaiá as artistas Sueli Santos e Ana Luiza Lino trazem a Exposição “Lá do Céu, Cá da Terra”, com fotografias e objetos que referenciam a rica cultura popular do Congado na Região Centro-Oeste.

GRUPOS DA REGIÃO JEQUITINHONHA

SABERES E TRADIÇÕES DA BEIRA DO RIO JEQUITINHONHA – CANTIGAS DE RODA (CARBONITA)

O Grupo Saberes e Tradições da Beira do Rio Jequitinhonha é uma iniciativa comunitária dos moradores da comunidade de Lagoa, Carbonita, que propõe a valorização da cultura local por meio de pesquisa e resgate das tradições da região, desde a culinária até danças, brincadeiras e cantigas de roda.

OFICINA DE MPB CONVIDA SALDANHA ROLIM (CARBONITA)

O Grupo Oficina de Música Popular Brasileira, de Carbonita, é um projeto cultural que tem o compromisso de promover e preservar a riqueza da música popular brasileira. Através de oficinas gratuitas, oferece oportunidades para crianças e adolescentes se envolverem com a música, ensinando técnicas musicais ao mesmo tempo em que celebra a rica herança cultural do país. Para a Mostra BH o grupo traz a participação do cantor e compositor Saldanha Rolim, que foi um dos professores de aperfeiçoamento artístico da Mostra. Saldanha é cearense de Parambu, criado em São Luiz do Maranhão e já se apresentou em mais de 120 cidades mineiras e em vários países. Além de ter sido parceiro do compositor mineiro Saulo Laranjeira, participou de vários programas da TV brasileira, como Arrumação, Jô Soares e Som Brasil.

COMPANHIA DE TEATRO RECONTO (SENADOR MODESTINO GONÇALVES)

A Companhia de Teatro Reconto apresenta o espetáculo de rua Bumba Meu Boi. Os trabalhos da Cia são baseados nos costumes e tradições culturais do Vale do Jequitinhonha, principalmente das regiões banhadas pelo rio Araçuaí. Formado pelos atores e atrizes Anna Lívia, Dilson Moreira, Felipe D'ávila e Thalita de Paula, o espetáculo traz músicas colhidas no Vale do Jequitinhonha, que enfatizam a trama vivida por Chico e Catirina na fazenda do Purgatório, que se desenrola de forma divertida e satírica.

GRUPOS DA REGIÃO JOÃO MONLEVADE (CENTRAL)

DANIEL BAHIA EM MOSTRA (JOÃO MONLEVADE)

Com 22 anos de histórias musicais, Daniel Bahia traz para a Mostra um show de clássicos da MPB, com repertório selecionado por Sara Oliveira. A proposta é apresentar o trabalho desenvolvido pela EMDB – Escola de Música Daniel Bahia, com a presença de seu fundador e professor, acompanhado de Pedro Lucas, que começou como aluno e hoje integra o quadro de professores.

CORTEJO COM A GUARDA DE CONGO DE JOÃO MONLEVADE E ARTISTAS PARTICIPANTES DA MOSTRA (JOÃO MONLEVADE)

A Associação Cultural Guarda de Congo de João Monlevade foi fundada em 2017 e atua em João Monlevade e região. Nos cortejos são utilizados tambores, espadas e patangomes. O objetivo é manter viva a tradição do congado, com a religião de matriz africana, levando cantos, danças e batidas de tambor.

Na Mostra deste ano, a Guarda fará uma apresentação com todos os seus 20 integrantes e será a anfitriã de um cortejo com a participação de todos os artistas que se apresentam na programação de Belo Horizonte.

GRUPOS DA REGIÃO JUIZ DE FORA (ZONA DA MATA)

GRUPO NUN – CARGA MENTAL – TRECHO DO ESPETÁCULO FERINAS COURAÇAS (JUIZ DE FORA)

O Grupo NUN, que em 2023 apresentou a performance Fragmento Vermelho, traz para a Mostra BH um trecho de seu espetáculo Ferinas Couraças. Atuante desde 2018, o grupo traz a proposta de promover dança e pesquisa na área da dança contemporânea.

OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE PANTANGOMES

Rozita Boechem e Jana Castro oferecem aos artistas participantes da Mostra (atividade para o público interno) a oficina de construção de pantangomes, instrumento usado no congado.

Foto: Divulgação

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