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Wakabayashi abre individual no dia 14/05 na Errol Flynn Galeria em Belo Horizonte
Na individual, com curadoria de Errol Flynn Junior, Texto e projeto gráfico de Olívio Tavares Araújo, pinturas inéditas e recentes.
O artista japonês radicado no Brasil há mais de 40 anos Kazuo Wakabayashi em plena atividade aos 84 anos apresenta 27 pinturas inéditas na individual “ Wakabayashi ”, com a presença do artista, na Errol Flynn Galeria de Arte. A abertura acontece na quinta-feira, 14 de maio, às 20h e a exposição segue em cartaz até 06 de junho.
A mostra traz obras abstracionistas em que a expressividade e a emoção predominam sobre a racionalidade.
Wakabayashi tem como contemporâneos Tomie Ohtake, Manabu Mabe, Fukushima e Flavio-Shiró. Da espiritualidade à mão habilíssima e elegante, todas suas qualidades se reúnem na sua pintura. Ele é considerado o mestre das texturas, mesmo que os relevos, as texturas ainda existam, já não representam hoje a principal característica de sua obra. Não obstante, impõe-se registrar-lhe o profundo propósito, que nunca foi apenas ornamental. Estabeleceram -lhe a identidade o escopo.
“Sua obra atual, ficou mais colorida, mais alegre, mais terrena, a transcendência passa a ser menos metafísica e mais gozoza, feita do prazer de contemplação de cores gárrulas. Por outro lado, formas de narrativas que quer dizer fragmentos de figuração. Tem pois, trinta e poucos anos de idade a síntese original, personalíssima que se pode observar na presente exposição.” Olívio Tavares Araújo ( crítico de arte )
Alguns detalhes das obras publicadas no catálogo trazem à tona imagens de rostos e mascaras que se embutem dentro das pinturas e bebem claramente, nos Uky-ês(xilogravuras japonesas).
Em uma das obras expostas tem como referência, naquela que talvez seja a mais importante estampa japonesa “A grande onda de Kanagawa” de Katsushika Hokusai (1760-1849). Compreensivelmente, o fato é que na velhice, Wakabayashi volta pelo menos em espírito, às origens.
Sobre Wakabayashi: Kazuo Wakabayashi (Kobe, Japão 1931). Pintor. Em 1944, estuda na Escola Técnica de Hikone, em Shiga, Japão. Entre 1947 e 1950, freqüenta a Escola de Belas Artes e a Academia Niki, em Tóquio, e as aulas de desenho e pintura de Kanosuke Tamura. De volta a Kobe, prepara-se para ingressar na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Tóquio, porém abandona a arquitetura em 1950, voltando-se para a pintura. Em 1953, torna-se membro do grupo Seiki e publica álbum de pinturas e poesias. Entre as décadas de 1940 e 1960, participa de salões japoneses recebendo prêmios em 1947, 1950, 1954 e 1959. Em 1961, transfere-se para São Paulo e torna-se membro do Grupo Seibi, apresentado por Manabu Mabe (1924 - 1997) e Tomie Ohtake (1913-2015). Dois anos depois, recebe medalha de ouro tanto no 12º Salão Paulista de Arte Moderna como no 7º Salão do Grupo Seibi de Artistas Plásticos. É agraciado com o primeiro prêmio no Salão de Abril do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, em 1966. Participa de diversas edições da Bienal Internacional de São Paulo, entre 1963 e 1967, quando é premiado. Em 1992, publica-se o livro Wakabayashi, com apresentação do crítico Jayme Mauricio. Tem realizado exposições anualmente até 2014.
Foto: Divulgação
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