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Filarmônica de Minas Gerais e a harpista principal da Orquestra, Clémence Boinot, se apresentam nos dias 15 e 16 de maio

Evento promete programação completa às 20h30, na Sala Minas Gerais

A Filarmônica de Minas Gerais explora a profundidade da obra máxima de Sibelius, em uma das melodias mais representativas da cultura musical da Finlândia, e incorpora a alegria incontida da Oitava Sinfonia de Antonín Dvorák. Celebrando os 250 anos de Boieldieu, a harpista da Orquestra, Clémence Boinot, sobe ao palco para dar vida ao seu belo concerto para o instrumento, o Concerto para harpa em Dó maior. A regência é do maestro associado José Soares e as apresentações serão realizadas nos dias 15 e 16 de maio, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Governo de Minas Gerais por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Mantenedor: Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Patrocínio: Itaú Unibanco. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Governo de Minas Gerais, Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro José Soares, Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores.

o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (2021), recebendo os prêmios do júri e do público na competição. No Brasil, conduziu a Osesp, a Sinfônica do Paraná junto ao Balé do Teatro Guaíra, a Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, a Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro, a Orquestra de Câmara de Curitiba e a Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina. No Japão, regeu as orquestras Sinfônica NHK de Tóquio, New Japan Philharmonic, Sinfônica de Hiroshima e Filarmônica de Nagoya. Também conduziu a MÁV Symphony de Budapeste.

Soares é Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo. Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Claudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Liebreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop.

Foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Pärnu (Estônia). Ao final de 2021, recebeu o prêmio da crítica da Revista Concerto na categoria “Jovem Talento”.

Clémence Boinot, harpa

Clémence Boinot é a Harpista Principal da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Natural de Cergy-Pontoise, na França, apaixonou-se pela harpa aos cinco anos, quando encontrou o instrumento pela primeira vez. Aos 20, ingressou na Haute École de Musique de Genebra, na Suíça, e, sob orientação de Florence Sitruk, concluiu três diplomas: um bacharelado em Performance Musical (Harpa) em 2013, um mestrado em Pedagogia Musical em 2015 e um mestrado em Soloist Performance em 2017. Neste mesmo ano, Clémence ingressou na nossa Orquestra e passou a viver no Brasil. Desde a abertura do programa Academia Filarmônica, em 2021, atua como mentora de harpa, orientando jovens harpistas que desejam se profissionalizar. Fascinada pelas múltiplas facetas da profissão, Clémence conjuga atividades de solista, camerista, professora e criadora de espetáculos musicais. Esta é a terceira vez que se apresenta como solista na Sala Minas Gerais.

Repertório

Jean Sibelius (Hämeenlinna, Finlândia, 1865 – Järvenpää, Finlândia, 1957) e a obra Finlândia, op. 26 (1900)

A Finlândia de 1899 ainda estava sob domínio russo. Solitária e ameaçada, lutando por sua cultura recôndita em seus lagos e florestas, fará de Jean Sibelius o símbolo de seu nacionalismo. Cada obra escrita por Sibelius, desde o início da carreira, parece inspirar-se nos poetas de sua terra, em suas epopeias nacionais e em seu folclore. Surgem daí seus poemas sinfônicos, dentre os quais se destacam O Cisne de Tuonela, Tapiola e, principalmente, Finlândia.

Embora Tapiola apresente um modelo bem próximo dos poemas sinfônicos de Liszt e Strauss, Finlândia a ele escapa. Composta em 1899, sob o jugo czarista, esta obra relativamente breve parece ter apenas um único propósito: entoar um hino de amor à terra finlandesa. Embora seja uma criação original do compositor, não deixa de apresentar traços do folclore nórdico. Talvez daí o fato da obra ter se tornado uma das melodias mais representativas da cultura musical da Finlândia, concorrendo, entre seus patrícios, com seu próprio hino nacional.

Estreada em 2 de julho de 1900, em Helsinki, pela Sociedade Filarmônica daquela cidade, sob a regência de Robert Kajanus, em uma Finlândia ainda sob domínio russo, a peça teve que adotar diversos codinomes para que pudesse ser executada sem o veto da censura. Nos meses seguintes à estreia, Finlândia integrou o repertório de uma longa turnê europeia realizada por Sibelius, contribuindo para apresentar o talento deste grande compositor aos países vizinhos, bem como para lançar luz sobre as questões políticas que afligiam seu povo, tornando-se, assim, um símbolo da luta pela independência finlandesa.

François-Adrien Boieldieu (Rouen, França, 1775 – Varennes-Jarcy, França, 1834) e a obra Concerto para harpa em Dó maior (1801)

A harpa, um dos instrumentos mais antigos de que se tem registro, começou a ganhar a forma como a conhecemos hoje por volta de 1720, com a invenção do mecanismo de pedais pela família Hochbrucker, na Bavária. A nova tecnologia ampliou as possibilidades sonoras do instrumento, que logo conquistou um lugar cativo nos elegantes salões da aristocracia francesa. Na segunda metade do século XVIII, a harpa chegou de vez às salas de concerto ao ser incluída em óperas como Orfeu e Eurídice, de Gluck, e ao ganhar o tratamento de solista por grandes compositores, entre eles Mozart, que escreveu em 1778 o seu popular Concerto para flauta e harpa, K. 299.

Já na virada dos Oitocentos, François-Adrien Boieldieu, na época um jovem professor do Conservatório de Paris e compositor em ascensão, cria uma série de peças para o instrumento, sendo a mais conhecida delas o Concerto para harpa em Dó maior. Esse interesse de Boieldieu pela harpa nasce de sua amizade com Sébastien Érard, um bem-sucedido fabricante de instrumentos que, anos mais tarde, seria responsável por aperfeiçoar o mecanismo de pedais ao incluir a ação de movimento duplo, estabelecendo, assim, o modelo-base para as harpas modernas.

Finalizado em 1801, o Concerto segue uma estrutura formal característica do período Clássico, mas antevê, em alguma medida, traços do Romantismo por vir, especialmente no segundo movimento. Graças ao modo como Boieldieu ilumina a graciosidade da harpa, valorizando seu potencial melódico e incluindo passagens de ágil virtuosismo, a obra se tornou uma das favoritas de harpistas e demais apreciadores do instrumento.

Antonín Dvorák (Nelahozeves, República Tcheca, 1841 – Praga, República Tcheca, 1904) e a obra Sinfonia nº 8 em Sol maior, op. 88 (1889)

Em meados de 1889, o maestro Vasily Safonov, diretor do Conservatório de Moscou, convidou Antonín Dvorák para reger pessoalmente algumas de suas obras na Rússia. Seria a primeira ida de Dvorák à terra de Tchaikovsky, compositor que tivera a oportunidade de conhecer em Praga e cuja música, em seu colorido e em sua originalidade, lhe deixou forte impressão. Pensando em quais obras seriam mais interessantes para essa estreia em outro país, Dvorák decidiu compor uma nova sinfonia especialmente para a ocasião.

Escrita em sua casa de campo no outono de 1889, a Sinfonia nº 8 em Sol maior celebra um período de conforto financeiro e crescente reconhecimento internacional para o compositor tcheco. Talvez por isso transmita uma atmosfera tão serena, marcada pelo encanto com as coisas naturais e por um otimismo radiante. Dividida em quatro movimentos, a obra se inspira nas fontes da tradição popular boêmia, na esteira do nacionalismo dominante na segunda metade do século XIX, de que Dvorák é um dos mais importantes representantes.

Apesar do intuito inicial, Dvorák acabou desistindo de apresentar sua nova sinfonia em Moscou naquela temporada. A Oitava só seria estreada, com grande sucesso, em fevereiro de 1890, em Praga, sob a regência do autor. Com o êxito da estreia, Dvorák decidiu que a primeira audição fora da Boêmia seria em terras britânicas, onde era especialmente apreciado e frequentemente convidado a reger suas obras. E, assim, sua Oitava Sinfonia foi tocada na Inglaterra e imediatamente editada nesse país, para só então ser ouvida na Rússia.

Filarmônica de Minas Gerais

Série Presto
15 de maio – 20h30
Sala Minas Gerais

Série Veloce
16 de maio – 20h30
Sala Minas Gerais

José Soares, regente
Clémence Boinot, harpa
SIBELIUS Finlândia, op. 26
BOIELDIEU Concerto para harpa em Dó maior
DVORÁK Sinfonia nº 8 em Sol maior, op. 88

INGRESSOS: R$ 39,60 (Mezanino), R$ 54 (Coro), R$ 54 (Terraço), R$ 78 (Balcão Palco), R$ 98 (Balcão Lateral), R$ 133 (Plateia Central), R$ 172 (Balcão Principal) e R$ 193 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos: Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa | Pix

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2024 na categoria CD/DVD/Livros, com o álbum com obras de Lorenzo Fernandez. A Orquestra já havia recebido Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 18 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 100 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Foto: Vinícius-Correia

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