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Comemoração dos dez anos do Clube do Choro de BH

O Clube do Choro de Belo Horizonte tem as suas origens nas reuniões semanais das quintas-feiras, no Bar do Bolão, no bairro Padre Eustáquio, onde vários músicos, amadores e profissionais, se reúnem, desde 1993 até hoje, em maravilhosas rodas de choro, abertas a todos os apreciadores de boa música, bom papo, agradável convivência, regadas a cervejas geladas.

Nestas reuniões surgiu a ideia da fundação do Clube do Choro de Belo Horizonte, instituição sem fins lucrativos que, com o quadro inicial de 23 fundadores, passou a existir a partir de 31 de maio de 2006.    

Desde então, ele se mantém como uma instituição totalmente voltada para o incentivo e a divulgação da música – e em especial, o gênero choro – através de atividades de instrumentistas, compositores e intérpretes, que se dedicam ao estudo e apresentações de audições musicais em casas de espetáculos, bares e espaços culturais.

 Diferentemente de outros clubes de choro, no Brasil e no exterior, a sua manutenção é realizada com as contribuições mensais de seu quadro de associados que, na atualidade, soma 123 sócios.

 Nestes 10 anos de existência a instituição conquistou seu lugar no cenário cultural e musical da cidade. Para se associar a instituição, não é necessário ser um músico, mas sim, gostar da boa música brasileira.

 

 

COMEMORAÇÃO DOS 10 ANOS DE FUNDAÇÃO

Ao completar, em 2016, 10 anos de existência, o Clube do Choro de Belo Horizonte, programou realizar, durante 30 dias, com início no dia 17 de abril e termino no 14 de maio de 2016, diversas atividades culturais, comemorando esta data.

               

 Finalizando os eventos, teremos as 19:00 hs. do dia 14/5, no foyer do grande teatro do Palácio das Artes, o lançamento do livro “HISTÓRIAS DO CHORO”, de autoria do sócio do clube, o Cardiologista e músico, Luís Otávio Savassi Rocha, que estará presente para autografar a sua obra.

 A seguir, as 20:00 horas, no encerramento das comemorações, teremos um grande show, o no Grande Teatro do Palácio das Artes, no mesmo dia 14/05, com a participação do grupo de choro da Clube e convidados.

 O grande convidado da noite será o bandolinista Hamilton de Holanda. Ele é reconhecido hoje como um dos maiores, senão o maior, músico solista de choro, no Brasil e exterior.

 A presença, no palco destas três gerações de virtuoses, irá materializar a grande verdade que o choro não distingue idade e a sua continuidade e amplitude estão asseguradas.

 

  HAMILTON DE HOLANDA

Não é a primeira vez que, Hamilton de Holanda e o Grupo de Choro do Clube do Choro de Belo Horizonte se encontram. Esta amizade vem desde 2008, quando no projeto BH CHORO, se apresentaram na praça Santa Tereza, para um surpreendente público em eventos de choro em Belo Horizonte.

A formação musical de Hamilton veio do berço. Seu primeiro instrumento foi um presente do avô. Seu primeiro professor, foi o pai. E, seu primeiro parceiro foi o irmão. Desta forma aprendeu a tocar antes mesmo de ser alfabetizado. Posteriormente, foi estudar composição na Universidade de Brasília e na “Universidade” do Clube do Choro de Brasília.

Nascido no Rio de Janeiro e criado a partir dos 11 meses na capital do País, onde o pai frequentava com assiduidade o Clube do Choro. “O choro é meu lastro, sou um chorão até hoje”, conta o músico.

Na atualidade Hamilton é considerado um transgressor do instrumento e criador da técnica pioneira do bandolim de 10 cordas, contagiando plateias em turnês por todo o mundo, construindo uma carreira de inúmeros prêmios. Sua música é focada na beleza e na espontaneidade unindo tradição e modernidade. Hamilton carrega no DNA a fusão do incentivo familiar, do Bacharelado em Composição pela Universidade de Brasília e da pratica das rodas de choro. Essa identidade o permite transitar com tranquilidade pelas mais diferentes formações (solo, duo, quarteto, quinteto, orquestra), consolidando, assim, uma maneira de expor ideias musicais e impressões sobre a vida com “o coração na ponta dos dedos. ” 

 

Nos EUA, a imprensa o apelidou de “Jimmy Hendrix do bandolim”, mas busca de Hamilton não é somente pelo novo, e sim por uma música focada na beleza e na espontaneidade. Diante dele, existe um novo mundo cheio de possibilidades. Seu norte é “Moderno é Tradição”, e o importante não é passado, nem futuro, mas sim, a intercessão entre esses dois, onde se confundem, o momento presente, o “é” aqui e agora.

 

Hoje, Hamilton é um músico com estilo único. Passeia por diversos gêneros tendo o bandolim como aglutinador de ideias. O Choro é sua primeira referência, seu primeiro repertório era composto por músicas de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, entre outros. Cresceu ouvindo, também, muito samba, frevo e bossa nova. A Música Popular Brasileira é a matriz desde o início. Sua paixão e comprometimento com a música brasileira é tão grande que, a partir de sua iniciativa, no ano 2000 foi criado o Dia Nacional do Choro, que é comemorado todo dia 23 de abril, data de nascimento de Pixinguinha.  

Em constante produção, Hamilton enfileira 28 lançamentos em 35 anos de profissão, 18 destes dedicados ao bandolim de 10 cordas.  Ao lado de seu empresário/parceiro, Marcos Portinari, as ideias fervilham, fluem livremente, e os projetos não param. Há pouco mais de três anos, criaram o Baile do Almeidinha, gafieira contemporânea que traz no currículo cerca de 50 edições e mais de uma centena de convidados ilustres. Com 11 indicações ao Latin Grammy, a dupla foi vencedora na 16º edição do prêmio (2015) de Melhor Música Brasileira com “Bossa Negra”, parceria com Diogo Nogueira, com quem Hamilton divide o palco no projeto homônimo. Também em 2015, recebeu o Prêmio da Música Brasileira, nas categorias Melhor Solista e Melhor Disco de Instrumental com o Hamilton de Holanda Trio.

Em 2016, comemora 10 anos de seu premiado Quinteto Brasilianos. O bandolinista se apresenta também com o “Hamilton de Holanda Trio”, com o “Trio Mundo” e em duo com o pianista italiano Stefano Bollani. Estreou recentemente Samba de Chico, uma homenagem ao centenário do gênero com sambas de Chico Buarque. O trabalho traz a participação do compositor, da cantora catalã Silvia Perez e do italiano Bollani.

Agora no auge dos seus 40 anos de vida, abrilhanta as comemorações dos dez anos do Clube do Choro de Belo Horizonte.

 

GRUPO DE CHORO DO CLUBE DE CHORO DE BELO HORIZONTE

O clube é composto por músicos, cantores e amantes do choro. A cada evento é montado um grupo base, para execução de solos e acompanhamento.

Neste show do Palácio das Artes ele será composto pelos músicos: Silvio Carlos (Silvio Sete Cordas) – violão de sete -, Carlos Walter – violão de seis-, Luiz Guilherme –cavaquinho-, Oszenclever Camargo –pandeiro-, Hélio Pereira –bandolim- e Marcos Flávio (Marcão) – trombone-.

Os solistas convidados, todos sócios, são: Mário de Castro, Geraldo Felipe Prates, Marcelo Ribeiro, José Carlos, Lucas Telles, Ausier Vinicius e a voz do presidente do clube, Acir Antão, na homenagem que será prestada ao nosso saudoso sócio MOZART SECUNDINO, falecido no ano passado.

 

IAN COURY

O bandolinista Ian Coury nasceu em Brasília. Aos sete anos de idade iniciou o aprendizado de cavaquinho e desde os oito dedica-se ao estudo do bandolim. O gênero musical que escolheu é o Choro e suas principais influências são os bandolinistas Jacob do Bandolim, Hamilton de Holanda e Armandinho Macedo.

Ian prova que talento não tem idade. Aos 14 anos de idade é reconhecido pela Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura com Certificado de Mérito Artístico Cultural e Destaque Musical. Em seu currículo traz participações no Curso Global Strings Intensive, realizado pela Berklee College of Music, Boston/USA, realizado em junho de 2015, além de participações em vários programas de entrevistas de TV e Rádio.

Em sua trajetória musical como solista Ian realizou dois grandes shows no Clube do Choro de Brasília-DF, nos anos de 2014 e 2015, e um show no Teatro Brasília - DF em 2015. Ele já tocou com grandes músicos reconhecidos internacionalmente como Paquito de D’Rivera, Cláudio Roditi, Hamilton de Holanda e Armandinho Macêdo, dentre outros.

Em todas as suas apresentações, o bandolinista, com sua musicalidade eclética e repertório variado, transita com desenvoltura por gêneros musicais diversos. Ele interpreta composições próprias e passeia entre os clássicos do choro como Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Waldir Azevedo, dentre outros, assim como reverencia músicos consagrados como Dominguinhos, Luís Gonzaga, Sivuca, Baden Power e Armandinho Macedo, Hamilton de Holanda, Eduardo Neves e Rogério Caetano.

A proposta do músico é tocar o instrumento de forma alegre, descontraída e despreocupada. O objetivo é dialogar com a música e “brincar tocando, tocar brincando”. Os admiradores dizem que seu talento é inegável.

Foto: Marcos Portinari

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