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Congonhas comemora 30 anos do título de “Patrimônio Mundial”
A cidade histórica de Congonhas, em Minas Gerais, está em festa. A partir de domingo, dia 17 de maio, uma vasta programação cultural se inicia no município para celebrar o título de “Patrimônio Mundial”, conferido em 1985, pela UNESCO, ao Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. O conjunto, construído na segunda metade do século 18, é singular por reunir, em um só lugar, uma magnífica igreja em estilo rococó, além da obra-prima de Aleijadinho: os 12 profetas e as 64 estátuas com a representação dos Passos da Paixão de Cristo. Organizadas pela Prefeitura Municipal, as atividades acontecem até 6 de dezembro – data oficial do anúncio do título –, com a cooperação da UNESCO e apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Exposições, palestras, debates, festivais, inaugurações de espaços culturais, ações de reconceituação do sítio histórico e programas de educação patrimonial integram a agenda festiva ao longo do ano. A abertura será dia 17 de maio, às 9h, no espaço cultural da Romaria, com o tradicional Festival da Quitanda que, nesta edição, destaca o “Patrimônio dos Sabores”, representado pelo resgate das receitas de quitandas da culinária mineira.
Um dos pontos altos da comemoração dos 30 anos do título de Patrimônio Mundial será a inauguração da nova sinalização interpretativa do sítio histórico, a partir das 20h, em frente ao Santuário de Bom Jesus de Matosinhos. Congonhas será a primeira cidade brasileira a implantar o projeto, desenvolvido pela Prefeitura municipal e financiado pelo Ministério do Turismo, com base no manual “Sinalização do Patrimônio Mundial no Brasil – Orientações Técnicas para Aplicação”, que foi criado pelo Iphan em parceria com a UNESCO com o objetivo de promover a visibilidade e valorizar os sítios culturais, naturais e mistos existentes no país.
Após a inauguração da nova sinalização, acontece o lançamento de duas exposições: “Patrimônio Mundial”, destacando os 19 sítios culturais e naturais brasileiros e, ainda, a mostra “Imagens nos Passos”, com ensaios fotográficos sobre as tradições e os cartões-postais de Congonhas.
“Patrimônio Mundial”
Em todo mundo, a UNESCO desenvolve o trabalho de identificação, proteção e preservação do patrimônio cultural e natural, considerado especialmente valioso para a humanidade. O objetivo tem sido destacar quais são os patrimônios de fundamental importância para a memória, a identidade e a criatividade dos povos e a riqueza das culturas. No Brasil, foram concedidos 12 títulos de “Patrimônio Cultural Mundial” (lista na qual está inserida o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos de Congonhas), para monumentos, grupos de edifícios ou sítios que tenham um excepcional e universal valor histórico, estético, arqueológico, científico, etnológico ou antropológico.
Outros sete lugares especiais pelas suas formações físicas, biológicas e geológicas excepcionais, habitats de espécies animais e vegetais ameaçadas e áreas que tenham valor científico, de conservação ou estético e universal, foram considerados “Patrimônios Naturais Mundiais”. Em todo mundo foram reconhecidos 1.007 sítios, sendo que 779 culturais, 197 naturais e 31 mistos, em 161 Estados-partes, num trabalho iniciado em 1972, a partir da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural, que passou a reconhecer lugares de "valor universal excepcional" no mundo, e que devem fazer parte do patrimônio comum da humanidade.
Foto: Divulgação
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