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O cinema de gênero brasileiro é a aposta do Curta Circuito para a programação do segundo bimestre

Começando pelo terror tupiniquim, a mostra exibe A mulher do Desejo, em película, e traz bate-papo após a sessão

Depois de um breve intervalo, a Mostra de Cinema Permanente Curta Circuito volta com a segunda etapa da programação 2016, comemorativa dos 15 anos do projeto. O filme escolhido para reiniciar as sessões é A mulher do desejo (1975), dirigido, produzido e roteirizado pelo cineasta argentino Carlos Hugo Christensen, que deixou sua marca no cinema brasileiro. Protagonizado por José Mayer e Vera Fajardo, o longa foi rodado em Ouro Preto e traz aspectos do sobrenatural, gótico e suspense, mistura a qual demos o nome de terror tropical. A sessão acontece na segunda-feira, dia 16 de maio, às 20h, no Cine Humberto Mauro, com bate-papo após o filme com os organizadores da mostra. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos 30 minutos antes da exibição.

Suspense, romance, comédia. O cinema de gênero brasileiro - ou melhor, as contaminações e perversões que o cinema brasileiro realiza na estrutura consagrada dos gêneros cinematográficos - é o tema das quatro próximas sessões do Curta Circuito, que exibe nesse bimestre apenas filmes em película. “O cinema brasileiro é comumente tido como avesso ao cinema de gênero, ou melhor, vítima de um preconceito dentro de seu próprio país, quase constitui um gênero em si mesmo: filme nacional. Balela. A cinematografia brasileira, das mais ricas do ocidente, trabalha a autoria individual, mas também o gênero”, afirma o curador da mostra, Affonso Uchôa.

 

TERROR TROPICAL

A Mulher do Desejo | Carlos Hugo Christensen, BR, 1975, 87’

Por meio de um testamento, um velho rico e solitário deixa seu antigo casarão em Ouro Preto ao sobrinho, que é casado com uma jovem. Os dois se mudam para a mansão e nela encontram um sombrio mordomo que o testamento proíbe de dispensar. Certo dia, fatos estranhos começam a acontecer: enquanto a casa parece adquirir vida própria, a personalidade do rapaz sofre uma radical transformação, assimilando hábitos do tio morto.

Exibição em 35mm
Fonte da Cópia: Cinemateca Brasileira

 

Sobre o Curta Circuito - Cinema de Afeto
Com o tema Cinema de Afeto, o Curta Circuito completando 15 anos de atividade em 2016 e tem muito o que comemorar. Durante sua trajetória, a Mostra de Cinema Permanente, que exibe exclusivamente filmes nacionais, sempre com entrada franca, conseguiu reunir um público de mais de 70 mil pessoas, que estiveram presentes em quase cinco mil sessões. A mostra, que a partir deste ano é dirigida por Daniela Fernandes, da Le Petit Comunicação Visual e Editorial, é uma das referências em Minas e no Brasil como ação de formação qualificada de público, espaço de reflexão, debates sobre a cultura audiovisual e todos os aspectos que a envolvem, sejam técnicos, narrativos, estéticos, culturais e políticos. Tendo já atuado em 18 cidades de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pará, a mostra hoje foca no público belo-horizontino e tem como “sede” de suas exibições o Cine Humberto Mauro. Já passaram pelo projeto convidados como Nelson Pereira dos Santos, Zé do Caixão, Sidney Magal, Othon Bastos, Antônio Pitanga, entre outros. O Curta Circuito atua também na preservação e memória do cinema brasileiro, trabalhando no restauro de filmes, em parceria com a Cinemateca do MAM RJ. A iniciativa recebeu Mention do D'Hounner em Milão, em 2013, pela restauração do filme “Tostão, a fera de Ouro”, da década de 1970.  

 

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