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De Recife para o mundo, dois dos maiores representantes da música contemporânea brasileira revisitam os clássicos antológicos do Clube da Esquina, em um espetáculo intimista, desvelado pela sensibilidade impressa na alma do gigante pianista Amaro Freitas, acompanhado pela suavidade sonora do inigualável Zé Manoel

Os pernambucanos sobem ao palco do Teatro Sesiminas nesta sexta, 10 de maio, às 19h30, prometendo encantar o público com a roupagem sublime empregada pelos jovens artistas aos sonhos que não envelhecem e representam a magnitude de sucessos atemporais, capitaneados pelos memoráveis Lô Borges e Milton Nascimento, em composições com parceiros como Márcio Borges, Ronaldo Bastos e Fernando Brant. 

Este será o primeiro encontro dos nordestinos na terra do Clube da Esquina, após uma temporada de aclamadas apresentações em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza. “A troca com o público tem se tornado cada vez mais potente e íntima a cada apresentação”, ressalta Amaro. “Esse é o maior tesouro: perceber a força do Clube pela nossa perspectiva”, completa o emblemático pianista, de projeção internacional.

“Cantar o repertório do Clube da Esquina, além de um grande desafio, é uma oportunidade ímpar de reverenciar artistas que fizeram e fazem parte da minha formação como músico e compositor”, define Zé Manoel. “Assim como o projeto nasce do encontro de grandes artistas e amigos, tenho a honra de estar com um grande artista e amigo para reviver esse repertório de 1972, que continua vivo, atual e arrebatador”, reforça o intérprete, conhecido como sabiá.

O passeio musical em homenagem ao Clube da Esquina tem parada obrigatória em obras como “Tudo que você podia ser”, “Cais”, “Nada será como antes”, “Clube da esquina 2”, “O trem azul”, “Um girassol da cor de seu cabelo” e Paisagem da janela”.

Sobre Amaro Freitas e Zé Manoel “Sangue negro”(2016), “Rasif"(2018) e o mais recente “Sankofa” (2021) narram o amadurecimento da trajetória desse ícone da nova geração instrumental da música – Amaro Freitas, um verdadeiro mago do jazz, com potencial artístico de reverberar e traduzir sua ancestralidade pela atmosfera envolvente que emana das melodiosas notas pianísticas. 

Desse mutante gênero, o pernambucano fala de Moacir Santos e a sua obra imersa em centenários ritmos afro-pernambucanos, de Johny Alf e o seu pioneirismo com a bossa nova, além da universalidade de jazzmens como Milton Nascimento. Todos criadores negros que ressignificaram o jazz e a música popular brasileira. 

O cantor, compositor e também pianista pernambucano Zé Manoel é reverenciado pela crítica e pelo público mais atento como um dos protagonistas da música independente brasileira. Para quem se pergunta se ainda é possível fazer algo que se convencionou chamar de MPB em algum momento lá dos anos 1970, Zé Manoel é um alento. 

O reconhecido sabiá tem três discos e um DVD lançados no Brasil, sendo dois deles editados no Japão. Um dos destaques é o álbum “Do Meu Coração Nu”, que dá luz e voz a questões raciais, abordadas por meio de críticas sociais, do amor preto, do diálogo com outros artistas e pensadores pretos, com o intuito de reconstruir as histórias perdidas na diáspora africana. O álbum foi indicado ao Grammy Latino 2020 na categoria melhor disco de música brasileira. 

SERVIÇO
Show: AMARO FREITAS E ZÉ MANOEL - CLUBE DA ESQUINA
Data: 10 de maio – Sexta-feira Horário: 19h30
Não é permitida a entrada após 15 minutos de início do espetáculo
Local: Centro Cultural Sesiminas - Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia
Ingressos: Meia entrada: 50,00 Inteira: 100,00 Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/90527/d/237402/s/1619812
Classificação Etária: Livre Duração: 90 minutos 

Foto: Divulgação