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Descubra os segredos do cinema de Jean-Luc Godard em lançamento da Editora UFMG
A Editora UFMG apresenta o lançamento do livro Passados citados por Jean-Luc Godard, O olho da história V, de Georges Didi-Huberman, na Quixote Livraria e Café, localizada na rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi, a partir das 14h30
Jean-Luc Godard, um dos mais renomados cineastas da história do cinema, deixou um legado inestimável que transcende o tempo. Nascido em Paris em 1930, Godard foi uma figura central na Nouvelle Vague francesa, um movimento que revolucionou a forma de fazer e pensar o cinema nas décadas de 1950 e 1960. Seus filmes, como Acossado e O desprezo, desafiaram as convenções narrativas e estilísticas da época, deixando uma marca indelével no cenário cinematográfico mundial.
Em Passados citados por Jean-Luc Godard, quinto volume da série O olho da história, Georges Didi-Huberman mergulha nas intricadas montagens cinematográficas e nas citações meticulosamente selecionadas por Godard em suas obras. Cada frase, cada imagem, revela-se como um elemento fundamental na construção dos jogos de linguagem que definem a poética peculiar do cineasta. A obra de Didi-Huberman oferece uma análise profunda e reveladora da influência do passado na obra de Godard, explorando as referências literárias, artísticas e históricas presentes em seus filmes.
No evento, os participantes terão a oportunidade única de mergulhar nas complexidades do cinema de Godard, descobrindo como ele molda sua arte com base no passado, recriando e desafiando os limites da história cinematográfica. Além disso, os presentes poderão participar de um bate-papo exclusivo com as tradutoras Vera Casa Nova e Márcia Arbex, que compartilharão suas percepções sobre a obra e seu processo de tradução.
Para Vera Casa Nova (https://www.instagram.com/p/C6J0ra2ujna/), o livro é um convite a uma reflexão profunda sobre o papel do cinema na construção da história e da memória. “O livro interroga as diversas formas de Godard e como ele nos mostra a história. As diversas artes de montagem nas quais aparecem Rimbaud, Mao Tsé-Tung, entre outros. Devemos pensar em como um cineasta que poucos compreenderam em sua época somente hoje é reconhecido pela sua importância para o cinema e para as artes”, destaca Vera.
Georges Didi-Huberman, professor da École des hautes études en sciences sociales de Paris, consolidou-se como um dos pensadores mais influentes no campo de estudos que entrecruza estética, filosofia e história da arte. Passados citados proporciona uma análise profunda e envolvente do universo cinematográfico de Godard, convidando os leitores para uma jornada inspiradora através das citações e montagens que definem a genialidade do mestre do cinema francês
Reserve a data: 11 de maio, sábado, das 14h30 às 16h30, na Quixote Livraria e Café. Venha fazer parte desta jornada através das lentes de um verdadeiro poeta da imagem.
O livro tem 235 páginas e custa 69 reais. Disponível também no site www.editoraufmg.com.br.
Outras obras do autor publicadas:
A Editora UFMG publicou várias traduções de Georges Didi-Huberman:
2011, Sobrevivência dos vaga-lumes
A partir do famoso artigo dos vaga-lumes, escrito por Pier Paolo Pasolini em 1975, Didi-Huberman defende a sobrevivência da experiência e da imagem, em um texto que representa uma grande guinada na história da arte. Sobrevivência dos vaga-lumes analisa a obra de Pasolini, estabelecendo conexões com o pensamento de outros intelectuais, especialmente o de Giorgio Agamben.
2015, Diante do tempo: história da arte e anacronismo das imagens
Neste livro, Georges Didi-Huberman propõe uma arqueologia da história da arte ao formular uma multiplicidade de problemas e debates concernentes às relações entre a arte e o tempo, a partir da noção decisiva de anacronismo, tecida em tramas que envolvem as obras de Aby Warburg, Walter Benjamin e Carl Einstein.
2017, Quando as imagens tomam posição, O olho da história I
A figura do poeta e dramaturgo Bertolt Brecht serve de guia para Georges Didi-Huberman mostrar as encruzilhadas da estética no século XX, em uma reflexão que aborda temas como a guerra, o exílio, as vanguardas estéticas e o nascimento da indústria cultural.
2018, Remontagens do tempo sofrido, O olho da história II
“A legibilidade de um acontecimento histórico tão considerável quanto complexo como a Shoah depende, em boa parte, do olhar sobre inúmeras singularidades que atravessam esse acontecimento (…).” Pensando as singularidades, Georges Didi-Huberman examina os trabalhos de Samuel Fuller, Harun Farocki e Agustí Centelles para nos mostrar que cada gesto faz aflorar as fórmulas de páthos (Warburg) e a resposta da imagem na História (Benjamin).
2018, Atlas ou o gaio saber inquieto, O olho da história III
O texto aborda o ensaio de Georges Didi-Huberman sobre o famoso atlas de imagens de Aby Warburg chamado Mnemosyne, criado entre 1924 e 1929. Didi-Huberman analisa as metamorfoses das imagens presentes no atlas, desde a figura mitológica de Atlas até as montagens de Duchamp e Godard. O ensaio propõe uma nova abordagem metodológica e crítica para compreender a memória inquieta das imagens.
No prelo
Povos expostos, povos figurantes, O olho da história IV
O livro, que em breve será lançado pela Editora UFMG, apresenta um questionamento sobre os modos de representação dos povos: estética e política sublinhadas pela ideologia. Georges Didi-Huberman analisa os povos expostos a partir das perspectivas de Walter Benjamin e Hannah Arendt. O autor mostra a importância dos figurantes, o petit peuple, no cinema, vistos desde seu surgimento com Auguste e Louis Lumière, passando por Eisenstein, Rossellini e, sobretudo, Pier Paolo Pasolini. E, finalmente, tece uma análise poético-filosófica do filme O homem sem nome, do cineasta chinês Wang Bing.
Serviço: Lançamento do livro Passados citados por Jean Luc-Godard, O olho da história V
11 de maio |Sábado | 14h30 às 16h30
Quixote Livraria e Café (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi, Belo Horizonte).
Informações: (31) 3227-3077
Foto: Divulgação
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