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A Fundação Municipal de Cultura apresenta na Casa do Baile a videoinstalação “Invisível Cotidiano”, da cineasta mineira Maria de Fátima Augusto. Realizado com apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, a obra proporciona ao espectador um contato imersivo e interativo com a diversidade dos pássaros que habitam os parques, praças e avenidas da capital mineira em contradição à dinâmica social do homem contemporâneo. A videoinstalação fica cartaz de 7 a 22 de maio, terça a domingo, das 9h às 19h. A entrada é gratuita.

Segundo Maria de Fátima Augusto, a videoinstalação pretende mostrar dois espaços que coexistem. “Um é o mundo escondido, invisível e que não enxergamos em nossa própria cidade, das aves, das borboletas, das flores, este é o ambiente da liberdade e o outro cenário, o do nosso aprisionamento que é marcado por grades, cercas, muros, câmeras, pressa, correria, engarrafamentos, poluição, e que percorremos mas, sem o perceber!”. A cineasta afirma ainda que a obra proporciona ao visitante a redescoberta da natureza em uma sociedade marcadamente tecnológica. “Nosso desejo é que os espaços da cidade possam ser compartilhados por uma multiplicidade de sujeitos e que encontros sejam propiciados, experiências divididas, a nossa vida transformada! Nosso foco é a liberdade! Nossas imagens a cidade, Belo Horizonte”, completa.

A videoinstalação traz ainda uma novidade ao romper com o modelo convencional do cinema e a sua forma hegemônica de exibição (uma única projeção, sala escura, vários espectadores sentados, apresentação linear das imagens), acreditando nas possibilidades de expansão da exibição e apostando nos riscos do real.

Invisível Cotidiano vem contribuir para a criação de um mapa audiovisível da cidade de Belo Horizonte, cartografando a sua arquitetura, a fauna e a flora que nos circunda e as diversas formas de experimentar a cidade em sua complexidade cultural. “Nossa intenção é criar o mapa audiovisual da cidade, observando seus espaços e seus eventos em função do tempo e da história de seus habitantes. O que emerge é uma cidade fascinante, onde os seus pequenos espaços são capazes de revelar narrativas, memórias que insistem em permanecer.” afirma a artista.