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Ministério da Cultura, Sesiminas, Instituto Unimed-BH, Itaú e Teatro em Movimento apresentam "1958 - A Bossa do Mundo é Nossa"

Teatro em Movimento traz a BH o musical que narra um dos momentos mais marcantes do futebol e da nossa história para os brasileiros, quando o Brasil venceu pela primeira vez uma Copa do Mundo.

Espetáculo é uma comédia musical inspirada no livro do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, com roteiro e direção André Paes Leme. No elenco estão Andrea Veiga, Bianca Byington, Daniela Fontan, Diego de Abreu, Leandro Castilho e Mateus Lima. Dias 17 e 18 de maio, no Teatro SESIMINAS, em Belo Horizonte

 

Foi tudo tão intenso no Brasil daqueles 365 dias que o livro feito para contar essa história ganhou o seguinte título: “Feliz 1958 – O ano que não devia terminar”. E não terminou. O livro do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, best-seller no final da década de 1990, inspira a comédia musical “1958 – A Bossa do Mundo é Nossa!”, dirigido por André Paes Leme, que passou por BH e fez homenagem ao escritor Bartolomeu Campos de Queirós, ao dirigir “Por Parte de Pai”, com Nathália Marçal.  A montagem foi concebida pela Sarau Agência, de Andréa Alves, e da AVeiga, da atriz Andrea Veiga, que integra o elenco. Paes Leme é antigo parceiro da produtora, que vem se especializando em musicais made in Brazil, sendo o premiado “Gonzagão- a Lenda” o mais recente, trazido à capital mineira no ano passado.

 

É nesta vibração que o projeto Teatro em Movimento e o SESIMINAS convidam a todos para se prepararem para a Copa do Mundo, trazendo à capital mineira toda a alegria que contagiou os brasileiros em 58. No palco do Teatro SESIMINAS, seis experientes atores de musicais - Bianca Byington, Daniela Fontan, Andrea Veiga, Diego de Abreu, Leandro Castilho e Mateus Lima conduzirá o público a uma viagem no tempo, dias 17 e 18 de maio, sábado e domingo.

 

 O Teatro em Movimento, recentemente, recebeu o patrocínio do Itaú e manteve o seu fiel parceiro, o Instituto Unimed-BH. Além disso, nessa temporada, retoma sua parceria com o SESIMINAS, que também compõe o quadro de investidores. Todo o projeto é viabilizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O livro que inspirou essa montagem foi lançado em 1997, e o autor já não se preocupava com a cronologia e era dividido por temas, como “Misses”, “As certinhas do Lalau” e “As dez mais elegantes”, para ficar só nos capítulos dedicados à beleza feminina. O diretor André Paes Leme espalhou os assuntos por seis ciclos, que são balizados pelos sete gols da final da Copa do Mundo, a primeira vencida pelo Brasil (5 a 2, contra a anfitriã Suécia) e que nos afastou do que Nelson Rodrigues chamava de “complexo de vira-latas” – consequência da derrota no Maracanã, oito anos antes, para o Uruguai. “É uma comédia musical, um espetáculo de variedades em que os quadros se sucedem”, explica o diretor. “Vamos passando por vários assuntos, como a bossa nova, os concursos de misses, a construção de Brasília, a juventude transviada e outros.”

 

Em 1958, João Gilberto lançou o compacto de “Chega de saudade”; Adalgisa Colombo foi eleita Miss Brasil e ficou em segundo lugar no concurso de Miss Universo; as obras da nova capital do país avançaram com rapidez no planalto central; João XXIII sagrou-se Papa; e James Dean deu as cartas no imaginário dos garotões, que às vezes se perdiam, como no caso dos dois que se envolveram na morte da jovem Aída Curi, que se jogou ou foi jogada do terraço de um prédio em Copacabana. Tudo isso é envolto, na encenação, em referências da época como os jingles publicitários (Toddy, Casas Pernambucanas, colírio Moura Brasil e outros), as peças marcantes (“Os sete gatinhos”, de Nelson Rodrigues, e “Eles não usam black-tie”, de Gianfrancesco Guarnieri), as vedetes do teatro de revista e, também, em objetos como rádio, TV, telefone, enceradeira e máquina de escrever.

 

O diretor optou por utilizar pouco texto e muitos recursos gestuais e visuais, evitando assim o didatismo. Mas as histórias de 1958 estão no palco, costuradas por personagens como uma dona de casa, uma fã de auditório de rádio e uma cantora de boate. “O espetáculo é totalmente baseado na pesquisa do Joaquim. Será possível recuperar a memória de 1958 para os que viveram a época e despertar o interesse dos que não viveram”, diz o Paes Leme.

 

A produtora, Andrea Veiga, comprou os direitos de adaptação do livro há dois anos e correu atrás de patrocínio, até encontrar a Light. Apesar de sua experiência em musicais, diz que está atravessando um momento inédito em sua carreira. “Nunca tinha vivido um processo desse tipo, com todos criando juntos a peça, e todos com funções importantes. Está sendo maravilhoso”, afirma.

 

Com orientação do diretor musical, Marcelo Alonso Neves, Andrea e o restante do elenco interpretam canções como “Meu mundo caiu”, “Castigo”, “Só louco”, “Sábado em Copacabana” e “Beija-me”.

 

Joaquim Ferreira dos Santos deu liberdade total para a adaptação do livro, que era, no início, um projeto sobre a morte de Aída Curi. Ele diz ter percebido que o caso era “o grande bode de 1958, de resto um ano felicíssimo”. “Mudei o livro e fiz um perfil de 1958, o ano da bossa nova, da Copa do Mundo e da convivência pacífica entre gêneros culturais opostos: a chanchada continuava em cartaz, mas o cinema novo começava a produzir; o teatro ainda estava cheio de vedetes, mas começou a compartilhar a cena com o Arena e o Oficina. Foi o ano em que o Brasil, com a revista ‘Manchete’ publicando as primeiras construções de Brasília, foi se despedindo de seu passado rural e embicando para o que conhecemos hoje, um país moderno e urbano”, diz o autor.

 

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