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A banda Vitreaux abre os trabalhos da Mono.Tune Records lançando seu trabalho de estreia, o EP “Dois por Dois”.

Ainda no final do ano passado, a banda já havia dado uma prévia com o single “Ossos de Amor” e com a gravação da versão de “Vermelho Vinte e Sete” de Nelson Gonçalves.Já nessas duas músicas as referências da banda estavam claras: um pé no rock sessentista, dois na fase iê-iê-iê dos Beatles e talvez um joelho nos Mutantes ( na fase 1968 ).

Todas essas influências aparecem claras em meio de letras que contam histórias engraçadinhas como no caso da “Romântico em Paris”, “Serenata” e do single “Ossos de Amor”. Em  “Serenata” por exemplo, Lucas Oliveira ( compositor de todas as músicas do disquinho ) canta: “Quis em troca apenas um sorriso/ nada de dinheiro ou algo mais/ mas me trouxe apenas prejuízo/ gripe que não me deixa em paz.”

Aí você me pergunta “e quem hoje em dia ainda faz serenata?” e eu te respondo “ninguém, provavelmente”.
Mas talvez isso que seja o mais divertido em “Dois por Dois”. O EP cria esse clima quase inocente de uma época em que as pessoas cantavam na janela de quem queria “pegar” ( ao invés de dar MATCH ), em que bêbados românticos se apaixonavam por “meretrizes” em Paris e em que os cachorros ofereciam ossos para suas cadelas depois de um show no canil.
Por essas e outras que o EP “Dois por Dois” pode ser recomendado para pessoas que gostam de um rockinho cheio de linhas criativas de guitarra, dobras de violões, backings espertos e levadas que explicam o nome disco.