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Seleção de espetáculos mineiros encerra a Mostra Cine Brasil Teatro e Música em maio
Espetáculos encerram a Mostra Cine Brasil Teatro e Música. Projeto do Cine Theatro Brasil Vallourec apresentou 26 atrações locais, nacionais e internacionais em exibições e atividades de formação para artistas e público.
Após grande sucesso junto ao público, se encerra em maio a Mostra Cine Brasil Teatro e Música. O projeto desenvolvido pelo Cine Theatro Brasil contou com atrações diversificadas em 26 espetáculos de teatro e música entre agosto de 2014 e abril de 2015. Para concluir a programação, uma celebração ao teatro mineiro com a Mostra Boa Nova, uma parceria com o Galpão Cine Horto, Centro Cultural do Grupo Galpão. Entre 13 e 17 de maio, seis espetáculos de sólidos grupos do teatro contemporâneo belo-horizontino se apresentarão no Grande Teatro e na praça em frente Cine Theatro Brasil.
“Concluímos a Mostra Cine Brasil Teatro e Música com muito orgulho e a certeza de um resultado maravilhoso, pois o projeto cumpriu seu papel de intercâmbio e formação cultural na cidade. Em nove meses de atividades, oferecemos uma programação própria e de alta qualidade artística, que reuniu um público amplo e diversificado. A colaboração de artistas respeitados, como o Grupo Galpão, possibilitou também formação para novos artistas e estudantes”, comemora Sandra Campos, gestora de planejamento e ação cultural do Cine Theatro Brasil.
O Galpão Cine Horto é responsável pela curadoria dos espetáculos de teatro e produção das atividades formativas durante todo o projeto e divide com a Rede Plateia – rede de formação artística – uma função de mobilização de público; com foco em fortalecer uma rede de diálogo público-artista, estimulando a experiência do espectador com o teatro.
“Encerramos essa etapa da Mostra Cine Brasil com espetáculos que representam a vanguarda do teatro contemporâneo feito em Belo Horizonte. São seis grupos de linguagens e trajetórias bem distintas, artistas consagrados com décadas de história no teatro; novos atores, mas já com uma produção pulsante. E juntos formam um interessante mosaico da produção teatral na cidade”, diz Leonardo Lessa, Coordenador Geral do Galpão Cine Horto.
Sobre “Dente de Leão”
Um grupo de alunos troca ideias sobre suas vidas e projeta o futuro enquanto mata aulas no auditório do colégio. No final do ano, pais e professores se juntam aos estudantes na esperada Feira de Ciências. Insatisfeitos com seus destinos, os adolescentes preparam uma apresentação capaz de questionar as imagens que representam e abalar as instituições que os rodeiam. Sexto espetáculo do Espanca!, Dente de Leão é uma visão sobre um delicado processo de aprendizagem a que estamos expostos desde cedo: a representação. A peça busca mostrar como se aprende - brincando - a representar papéis. Na família, na escola, no trabalho ou no palco. Pai, mãe, irmã, professor, aluno ou Hamlet.
Sobre “De Tempo Somos”
Com direção musical e arranjos de Luiz Rocha, os atores cantam e executam, ao vivo, 25 canções de trabalhos mais antigos como “Corra enquanto é tempo” (1988) e “Álbum de Família” (1990), passando por “Romeu e Julieta” (1992), “Um Molière Imaginário” (1997), “Partido” (1999), até espetáculos mais recentes como “Tio Vânia” e “Eclipse” (ambos de 2011), além de músicas que surgiram em workshops internos e que chegam a público pela primeira vez. “A cantoria é a celebração do encontro, da festa, da disposição para seguir em frente (apesar de tudo que nos faz pender para o chão!), do espírito libertário e contestador inerente a toda reunião festiva”, explica Lydia Del Picchia. Em cena, o grupo foge ao rótulo de espetáculo e experimenta um formato de sarau com cantoria, festa e poesia.
Sobre “THÁCHT”
Com execução de trilha ao vivo em piano e violino e muito humor negro, “Thácht” aborda fragmentos da vida de Rafa e Rufo, artistas de variedades que vivem de suas recordações. Os dois cômicos desenvolvem um diálogo absurdo, usando de forma única a musicalidade nas palavras e instigando o imaginário do espectador. Conversas sobre médicos e outros elementos da condição humana, inerentes à velhice se misturam a vagas lembranças do picadeiro. O espetáculo conta também com a participação da diva transformista, Siboney, uma cantora que ganha vida nas memórias da dupla e a curiosa presença de uma mulher de um atirador de facas.
Sobre “NOTURNO”
A trama central de “Noturno” acontece em um encontro casual entre colegas de adolescência, numa tarde ensolarada de domingo. Cinco jovens, legítimos representantes da classe média brasileira, reúnem-se para assar uma carne à beira de uma piscina, cuja água, verde musgo, está parada há tempos. Essa seria uma situação comum na vida dessas pessoas, se não fosse a iminente ameaça do fim do mundo que paira no ambiente e já se concretizou em outras regiões do planeta. “Noturno” dá continuidade à pesquisa em dramaturgia original do grupo, mas também representa uma inédita experiência artística em sua trajetória. Após realizar seis espetáculos com textos criados colaborativamente em processo de ensaios, essa montagem parte de um texto previamente escrito.
Sobre “À tardinha no Ocidente”
Como um desabafo sobre a história política brasileira, nasce o espetáculo “À Tardinha no Ocidente”, concebido de forma compartilhada entre as atrizes da Primeira Campainha – Marina Arthuzzi, Marina Viana e Mariana Blanco – e as artistas convidadas Dayane Lacerda e Denise Leal, sob direção de Byron O’Neill. O texto traz a difícil missão de percorrer momentos históricos do Brasil, do descobrimento, ao Império, ao grito do Ipiranga, aos dias atuais. O espetáculo estabelece um panorama lúdico da história política do país e coloca em jogo alguns personagens desta trama: a Utopia, a Anarquia, a Monarquia, a República e a Ditadura. Tudo contato a partir brincadeiras de rua - queimada, rouba bandeira, mamãe da rua, pique cola, pique esconde - música, paródia, jingles célebres de campanhas políticas, metáfora por vezes diretas e ácidas, uma sátira por vezes protesto.
Sobre “De banda pra lua”
“De banda pra lua” conta as aventuras dos irmãos Tonico e Bié, e sua mula Madrugada. Juntos eles voltam de uma festa e se perdem à noite na roça. O mundo da imaginação das crianças é o palco perfeito para essa misteriosa e terna história povoada de seres encantados, como São Jorge, o dragão, a lua e aparições de outro mundo. A montagem encontrou na direção de Eid Ribeiro uma proposta de encenação que prioriza o trabalho do ator e dá prosseguimento a uma das marcas do Armatrux, a inovação na construção de espetáculos. A encenação se utiliza do teatro de sombras, técnica essencial para a estética do espetáculo e ingrediente perfeito para a construção de um mundo encantado.
Foto: Divulgação
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