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Para saudar a rainha do rock e dos discos

Em mais uma edição mensal, Feira do Vinil agita amantes da música ao som de Rita Lee, artista brasileira que mais vendeu cópias de discos

Não é novidade que Beagá tem um ponto de encontro mensal para os amantes da música oriunda dos velhos, mas você saberia dizer qual é o artista nacional campeão de venda de discos? Se quiser saber mais, é só pintar na próxima Feira do Vinil e CDs Independentes, que a Discoteca Pública realiza no próximo sábado (10/05), na Galeria Inconfidentes, a partir das 10 horas. Essa edição renderá homenagem à Rita Lee, conhecida como a rainha do rock brasileiro e artista que vendeu o maior número de discos no país.

 

Ao longo de 51 anos de carreira, Rita vendeu mais de 55 milhões de cópias, o que lhe rendeu 30 discos de platina, 10 discos de ouro e cinco de diamante, entre discos solo e com os grupos OS Mutantes e Tutti Frutti.  Grande referência para diversas gerações do rock nacional, Rita Lee foi pioneira ao ser uma das primeiras cantoras de rock, estando à frente dos vocais do grupo Os Mutantes (de 1966 a 1972), e depois do Tutti Frutti (1973 a 1978), até seguir carreira solo.  A voz doce da moça de personalidade forte e rara beleza encantou diversas gerações com sua poética irônica e ácida de canções de sucesso como “Baila comigo”, “Desculpe o auê”, “Lança perfume”, entre outras.

 

Paixão crescente pelas bolachas

Com o boom da música digital e o aumento cada vez mais crescente de downloads de mp3 e até venda de faixas em canais como o iTunes, ninguém imaginaria que o “tiozão” das paradas de sucesso conquistaria tanto espaço com novos adeptos. A Feira se consolidou como um ponto de encontro para quem curte música de verdade. O público tem crescido, especialmente do público feminino, sem distinção de idades. Atualmente, quem freqüenta o evento pode se deparar músicos, DJs, pesquisadores e curiosos, todos procurando por um bom e velho vinil. Entre expositores locais, de Rio e São Paulo, o freqüentador pode comprar, vender e trocar discos, de formatos diferentes que vão desde os compactos de sete polegadas até “long players” de dez e 12 polegadas. Em destaques discos raros, relançamentos e álbuns de artistas contemporâneos lançados em vinil – a exemplo de Tulipa Ruiz, Curumin, Bnegão, Criolo, entre outros. O frequentador também pode encontrar uma grande variedade de CDs de artistas independentes de todo país, com preços a partir de R$ 10,00, além de equipamentos como vitrolas e toca-discos.

 

A Feira do Vinil e CDs Independentes é realizada por meio de benefícios da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e já se consolidou na capital mineira como ponto de encontro de pesquisadores, expositores, colecionadores, músicos, DJs e curiosos apaixonados por música.

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A Discoteca Pública

Idealizada pelo colecionador e pesquisador musical Edu Pampani, paulistano radicado em Belo Horizonte há mais de uma década, o espaço foi inaugurado a partir de sua coleção pessoal de vinis.  Atualmente, funciona no tradicional bairro Floresta, na capital mineira, à Rua Itaúna, nº 192, com funcionamento para visitas de segunda à sexta-feira, das 10 às 19 horas, com entrada franca.

O lugar preserva mais de 60 anos de história da música popular brasileira gravada nos discos de vinil ao abrigar um acervo de mais de 15 mil discos, entre LPs de 10 e 12 polegadas e compactos de sete polegadas, lançados a partir da segunda metade do século XX por inúmeros selos e gravadoras, nacionais e estrangeiros.  Atualmente, todo o acervo está em processo de catalogação na página da entidade – www.discotecapublica.com.br – e quase 30% dele já está disponível para consulta, com capas, rótulos e fichas técnicas com diversas informações no site.  “Podemos hoje afirmar que a Discoteca Pública é um lugar raro e único hoje no Brasil para quem quer ir e escutar exclusivamente música brasileira“, afirma Edu Pampani, coordenador do espaço.

 

Além da Feira do Vinil e CDs Independentes, a Discoteca é responsável também pelo projeto A Música Que Vem de Minas, que consiste em levar a produção musical independente de Minas Gerais a diversos lugares com a comercialização e distribuição de discos dos artistas em festivais, feiras e demais eventos por todo o Brasil. 

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