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“Raia 30, O Musical” chega a BH e celebra carreira de Claudia Raia

O espetáculo faz um grande mergulho na trajetória de Claudia Raia e traz personagens que marcaram a carreira da atriz, bailarina, cantora e pioneira de musicais no Brasil.

Uma artista que nunca fugiu da raia, nem dos palcos, Claudia decidiu celebrar esta importante data presenteando o público com mais uma superprodução, o projeto “Raia 30, o musical”. “O espetáculo conta a história de uma pessoa que desde pequenininha quis uma carreira artística, que sonhou, foi atrás desse sonho, e conseguiu realizá-lo. São estilhaços de memórias contados de maneira muito dinâmica”, define Claudia Raia. Espetáculo estará pela primeira vez em Belo Horizonte, para apresentações nos dias 06, 07 e 08 de maio no Sesc Palladium.

 

Tancinha, Tonhão, Sally Bowles, Sheila, Charity Valentine. Figuras importantes em sua vida profissional, como também sua mãe Odette e sua irmã Olenka, são homenageadas no musical, que tem texto de Miguel Falabella e direção de José Possi Neto. Bailarinas, as duas foram as maiores incentivadoras e as pessoas que a introduziram ao universo do ballet clássico. Essas personagens e tantas outras são peças que formam este grande, eclético e colorido mosaico que representa os 30 anos de carreira de Claudia Raia.

 

“Uma viagem que conta a realização de um sonho”, como define o diretor da produção, José Possi Neto, “Raia 30, o musical” diverte o público com esquetes humorísticas e emociona com números musicais totalmente novos, além de apresentar números consagrados de seus espetáculos anteriores revisitados sob um olhar contemporâneo. “Teremos a Claudia praticamente o tempo todo em cena, se transformando fisicamente e esteticamente. Ela vem muito engraçada e, ao mesmo tempo, muito emotiva”, revela o diretor.

 

Para ajudar a narrar a própria história, a artista conta com a ajuda do grande companheiro e um dos mais importantes atores de musical do país, Marcos Tumura, com quem divide o palco em “Raia 30, o musical”.

 

O coreógrafo americano Lennie Dale, que a encantou com o seu Dzi Croquettes, e o grande diretor de TV, Walter Clark, figuras primordiais no início de sua carreira, aparecem em cena. Suas personagens mais emblemáticas da TV e do teatro também não são esquecidas.

 

As passagens mais transformadoras de sua vida estão presentes: a ida para Nova York e o contato com os musicais e a arte de Bob Fosse, uma das grandes referências da atriz; a viagem para a Argentina e a experiência com o corpo de baile do teatro Cólon; a estreia em “Chorus Line” e a entrada no mundo televisivo.

 

Outro grande momento da carreira de Claudia é retratado no espetáculo: sua passagem pelo teatro de revista, formato da trilogia que a consagrou no teatro musical brasileiro nos anos 90: “Não fuja da Raia”, “Caia na Raia” e “Nas Raias da Loucura”.

 

“As nossas carreiras acabam se misturando com a vida real, mas eu não gostaria de transformar esse show num confessionário, muito menos numa pornochanchada, já que, graças a Deus, eu nunca fui santa”, adverte Claudia Raia à plateia, vestida de si mesma, ainda nos primeiros minutos de espetáculo.

 

A superprodução é construída com oito cenários que fazem referência ao estilo adotado pelos grandes espetáculos dos anos 50, a época áurea dos musicais. Para uma releitura bem humorada e moderna, são utilizados elementos do “rococó hollywoodiano”, com inspiração no universo estilístico da designer Dorothy Draper. “A gente brinca muito em cima das superproduções e da maneira hollywoodiana de fazer a atração dos fãs, mas de uma forma mais simples e divertida. O cenário é o tempo todo muito colorido e as cores são bem berrantes. Eu vejo esse musical como uma apoteose pop da Claudia Raia”, explica Gringo Cardia que assina a direção de arte e a cenografia.

 

Uma trajetória aclamada

Sua carreira artística teve início no ballet e, aos 13 anos, ela já dançava nos Estados Unidos. O talento para os palcos também foi reconhecido no teatro. Grande pioneira dos espetáculos musicais no Brasil, atuou em mais de dez produções nas quais interpretou, cantou, dançou e sapateou. Como uma das maiores entusiastas da arte no país, é a responsável pela versão brasileira de diversos espetáculos da Broadway, nos quais desempenha o trabalho também de produtora. 

 

A trajetória teatral inclui atuações e produções em “Chorus Line” (1984), “Splish splash” (1988), “Não Fuja da Raia” (1991), “Nas Raias da Loucura” (1993), “Caia na Raia” (1996), “O Beijo da Mulher Aranha” (2001), “Batalha de Arroz num Ringue Para Dois” (2004), “Sweet Charity” (2006), “Pernas pro Ar” (2009), “Cabaret” (2011), “Crazy For You” (2013) e “Chaplin, O Musical” (2015).

 

Claudia estreou na televisão brasileira aos 17 anos, no programa “Viva o Gordo”, da Rede Globo, interpretando a personagem Carola, que fazia dupla com Jô Soares no quadro “Vamos malhar”. A atriz ganhou reconhecimento a partir de atuações memoráveis na TV, como no papel de Tancinha, na novela “Sassaricando” (1987), e da presidiária Tonhão, no programa “TV Pirata” (1988).

 

Desde então Claudia trilha um caminho de sucesso nas produções da emissora e coleciona trabalhos memoráveis em telenovelas. Seu último grande sucesso foi a paranormal Samantha, da novela “Alto Astral” (2015). A atriz também conquistou o público com trabalhos em “Rainha da sucata” (1990), “Deus nos Acuda” (1992), “Engraçadinha” (1995), “O Beijo do Vampiro” (2002), “A Favorita” (2008), “Tititi” (2010) e “Salve Jorge” (2013).

Foto: Renato Mangolin

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