Notícias

Teatro em Movimento e Oi Futuro apresentam “O Homem Elefante”, de Bernard Pomerance

 

O Teatro em Movimento e o Oi Futuro apresentam o espetáculo “O Homem Elefante”,  de Bernard Pomerance, um dos textos mais premiados da dramaturgia mundial. No Brasil, os idealizadores do projeto são os atores mineiros Daniel Carvalho Faria, Davi de Carvalho e Vandré Silveira, da Cia Aberta (RJ), que dividem a cena com Regina França, atriz convidada, e são dirigidos por Cibele Forjaz e Wagner Antonio (SP). A peça fica em cartaz no Teatro Oi Futuro Klauss Vianna, de 8 a 10 de maio - sexta-feira, às 21h; sábado, às 20h; e domingo, às 19h. 

 

A montagem expõe conflitos e preconceitos humanos, a partir da história verídica de um jovem  deformado, que é explorado e mal tratado por um showman. Vandré Silveira, o protagonista da peça, diz que “O Homem Elefante” expõe `o quanto não aceitamos como natural tudo o que nos parece grotesco`. “Todos nós somos um pouco como o este Homem, carregamos nossas estranhezas, mas ocultamos a nossa monstruosidade, o outro lado de nossa natureza”, diz.

 

O projeto Teatro em Movimento tem o patrocínio do Oi Futuro, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

 

“O Homem Elefante”

O texto de Bernard Pomerance é inspirado na história verídica de John Merrick, jovem com uma terrível deformação, que viveu em Londres na segunda metade do século XIX e virou atração de freak shows (shows de aberrações). “O Homem Elefante” tornou-se mundialmente conhecido com a adaptação para o cinema de 1980, assinada pelo cultuado diretor americano David Lynch. Com John Hurt no papel-título, o longa-metragem foi indicado a oito Oscars. Na Broadway, a história de John Merrick estreou em 1979 e teve inúmeras montagens. Recentemente, a peça voltou aos palcos novaiorquinos tendo o astro Bradley Cooper como protagonista. 

 

Merrick (Vandré Silveira) era explorado e mal tratado pelo showman Ross (Daniel Carvalho Faria), até ser resgatado pelo jovem médico Dr. Treves (Davi de Carvalho), sendo acolhido para observação num prestigiado hospital londrino. No hospital, Merrick passa de objeto de piedade à coqueluche da aristocracia e dos intelectuais, com a ajuda de uma famosa atriz, Sra. Kendal (Regina França), que o apresenta à sociedade londrina. Mas a sua esperança de um dia poder ser "um homem como os outros" acaba por se revelar um sonho que nunca será realizado. 

 

Os atores mineiros Daniel Carvalho Faria, Davi de Carvalho e Vandré Silveira fundaram no Rio de Janeiro, onde residem, a Cia. Aberta. Quando escolheram montar o texto de Bernard Pomerance, convidaram Cibele Forjaz para conduzir a encenação. Convite aceito, mas com uma condição: teriam que se mudar para São Paulo. Não hesitaram e durante um ano fizeram a imersão na cidade, através de workshops para a construção da encenação. Wagner Antônio juntou-se ao grupo para dividir a direção com Cibele e conduzir a Luz do espetáculo. 

 

A Cia. Aberta tem em sua trajetória uma investigação criativa por meio de parcerias artísticas, novas dramaturgias e diversas linguagens de encenação e atuação. O desejo de estabelecer uma parceria criativa com a diretora Cibele Forjaz na concepção do espetáculo “O Homem Elefante”, vem de uma identificação com seus métodos de pesquisa e direção (pouco ortodoxos e nada cartesianos), a partir de conceitos como a dramaturgia do espaço, o épico- dramático-ritual e o pensamento do aqui e agora no teatro. 

 

Companhia Aberta

Criada no Rio de Janeiro, em 2011, pelos atores mineiros (radicados no Rio de Janeiro) Daniel Carvalho Faria, Davi de Carvalho e Vandré Silveira. Em 2012, o grupo estreou o primeiro espetáculo, “Farnese de Saudade”, a partir da vida e obra de Farnese de Andrade. A estreia aconteceu em 2011 no Rio de Janeiro, onde o espetáculo realizou duas temporadas. Em abril de 2014, estreou em São Paulo, na Caixa Cultural São Paulo. Em junho do mesmo ano, foi convidado a se apresentar na cidade do artista plástico (Araguari / MG), em duas sessões históricas, uma vez que o artista nunca foi homenageado em sua terra natal. O monólogo foi vencedor do Prêmio Questão de Crítica (RJ/2012) - categoria Cenário. Indicado ao mesmo prêmio na categoria Especial (pela pesquisa do projeto) e indicado ao Prêmio Shell (RJ/ 2012) - na categoria Cenário. O espetáculo foi convidado a participar do Festival Home Theatre 2014, onde o ator Vandré Silveira recebeu ainda o Prêmio de Melhor Interpretação. Em 2013, a companhia aberta estreou o seu segundo espetáculo: “Vermelho Amargo”, baseado na obra homônima de Bartolomeu Campos de Queirós (vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2012 na categoria Melhor Livro do Ano). O espetáculo – contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2012 e indicado ao Prêmio Cesgranrio de Teatro 2013 (Melhor Cenografia) – estreou no Rio Janeiro cumprindo três temporadas. Participou como espetáculo convidado da Mostra SESC Cariri 2013 e da Mostra Fringe/ Festival de Curitiba 2014. Em julho de 2014, Vermelho Amargo estreou em São Paulo, no SESC Pinheiros. 

 

Cibele Forjaz 

Diretora iluminadora e fundadora coletivo teatral Cia. Livre (SP). Docente e Pesquisadora do Departamento de Artes Cênicas da USP. Em 25 anos de trabalho profissional, participou ativamente dos coletivos: A Barca de Dionísos (1986-1991); Teatro Oficina Uzyna Uzona (1992-2001), onde trabalhou por dez anos como assistente do encenador José Celso Martinez Correa. Na Cia. Livre dirigiu “Toda Nudez Será Castigada”, (2000/01); “Um Bonde Chamado Desejo”, de Tennessee Williams (2002); “Arena Conta Danton”; “VemVai - O Caminho dos Mortos”, (2007/09), “Raptada pelo Raio” (2009/2010), e “A Travessia da Calunga Grande” (2012). Em parceria criativa entre a Cia. Livre e outros grupos e artistas-criadores: dirigiu “Woyzeck, O Brasileiro” (2003/04), “Rainha [(S)]” (2009), “O Idiota – Uma Novela Teatral” (2011), e “Madame B” (2012). Ganhou vários prêmios, entre eles, APCA 1989, Mambembe 1996, APCA 1998, Qualidade Brasil 2002, APCA e Shell 2004, Shell 2007 e APCA 2010. 

 

Wagner Antônio 

Artista formado pela Escola Livre de Teatro de Santo André e um dos fundadores do coletivo teatral 28 Patas furiosas. Assinou a luz em diversas produções recebendo indicações para prêmios nacionais como melhor Iluminador. Dentre os diretores que trabalhou destacam-se: Antônio Rogério Toscano, Luiz Fernando Marques, Roberto Alvim, Juliana Galdino, Cibele Forjaz, Adolf Shapiro, Caetano Vilela e Gerald Thomas. Sua participação na companhia Club Noir de Roberto Alvim e Juliana Galdino rendeu-lhe o reconhecimento da crítica pelo trabalho requintado da iluminação em “Pinokio” (2011) e uma indicação ao Prêmio Shell de iluminação em 2010 por “H.A.M.L.E.T”. Outro grupo parceiro é a Mundana Companhia, onde fez parte da equipe de criação do espetáculo “Pais e Filhos” do diretor russo Adolf Shapiro, assinando a luz junto com Cibele Forjaz. Parceria que rendeu a indicação para o Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro na categoria projeto visual. 

 

 

Foto: Divulgação 

Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.