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Cena Instrumental Mineira ganha novos acordes
XIII Prêmio BDMG Instrumental consagra jovens compositores, arranjadores e instrumentistas A 13ª edição do Prêmio BDMG Instrumental apresentou, neste último final de semana, dias 26, 27 e 28 de abril, no Teatro Sesiminas, os novos rostos do cenário instrumental em Minas Gerais. Dentre os doze músicos que concorreram ao Prêmio, quatro já podem preparar o repertório para os shows em Belo Horizonte e São Paulo. Os vencedores desta edição, Leo Eymard, Lucas Telles, Pablo Passini e Rafael Macedo têm, a partir de hoje, mais uma importante conquista em suas carreiras. Os músicos foram selecionados pela comissão julgadora do Prêmio, composta pelos renomados Cristóvão Bastos, Célio Balona, Fernando Araújo, Léa Freire e Zé Nogueira; pelos jornalistas Eduardo Girão, Júlio Assis, Patrícia Cassese e Patrícia Palumbo, e pelos representantes do SESC SP, Henrique Rubin e Sonoe Juliana Fonseca. O júri também premiou o melhor instrumentista, Breno Mendonça (sax), e o melhor músico acompanhante, Bruno Vellozo (contrabaixo). O arranjo de Rafael Macedo para a composição de Tom Jobim, Inútil Paisagem, foi eleita a melhor de toda a premiação. Para o presidente da comissão julgadora, Cristóvão Bastos, ficou visível a personalidade dos músicos durante as apresentações, em especial, nos quatro contemplados pelo Prêmio, com linguagens musicais diferentes. O músico e compositor ainda destacou a importância da premiação e a possibilidade de se reunir, em um mesmo evento, candidatos estreantes e ganhadores de outras edições. “O festival é como se fosse uma escola. As pessoas se preparam muito e o nível está crescendo cada vez mais. É um exemplo que sai de Belo Horizonte para o país”, afirmou Cristóvão. Os vencedores do XIII Prêmio BDMG Instrumental, além de serem premiados em dinheiro, R$9.000 cada, também realizarão shows em Belo Horizonte, no Teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, e em São Paulo, no programa Instrumental Sesc Brasil, gravado pelo SESC TV e transmitido, ao vivo, pela internet. Na capital mineira os músicos terão a oportunidade de escolher um convidado especial para participar da apresentação. O primeiro show da série está previsto para junho. O gerente de ações culturais do SESC SP, Henrique Rubin, percebe esta oportunidade de levar os músicos mineiros para São Paulo como uma forma de descentralizar a produção artística no país. “Esta iniciativa é muito importante. Com o Prêmio, passamos a ter um conhecimento maior do que se faz em Minas”, afirmou. Esta é a segunda vez que o representante do SESC paulista vem à premiação e, para ele, os candidatos estão cada vez melhores e mais preparados. Saiba mais sobre os vencedores: Leo Eymard – Violão O primeiro contato deste belo-horizontino com a música foi aos cinco anos, quando começou a aprender piano. Graduado em música pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), participou de vários cursos com importantes nomes da música, como André Mehmari, Cristóvão Bastos, Alessandro Penezzi e Rogério Caetano. Em 2012, Leo Eymard se apresentou no Savassi Festival de Jazz e no Projeto Pizindin, este último, interpretando composições de Yamandu Costa. Neste mesmo ano, venceu o concurso de viola do programa Terra de Minas, da rede Globo Minas. O músico atuou como produtor musical, arranjador e instrumentista do espetáculo “Cantos e Andanças”, e das aulas show "Na Carreira" e "Um dia me contou esse andarilho", excursionando por diversas cidades brasileiras e da América Latina. Seu nome tem sido divulgado por meio do seu trabalho, como instrutor de música, no site Cifra Club. Atualmente, o violonista está se preparando para a gravação de um álbum com composições e arranjos instrumentais de sua autoria. Lucas Telles – Violão Natural de Juiz de Fora, o violonista e compositor é graduado em música, com habilitação em violão pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Lucas Telles também é formado pela Promusic Escola de Música, onde lecionou de 2007 a 2010. Participou de concursos e mostras de violão, como Fred Scheneiter, no Rio de Janeiro (2007 e 2011); Festival Nacional de Violão do Piauí (2008); Concurso Souza Lima, Concurso de Violão Musicalis (2009) e MASP (2011), em São Paulo. Foi selecionado pelos programas do BDMG Cultural, Jovem Músico, em 2009, e Jovem Instrumentista, em 2011. Classificou-se, também, em terceiro lugar, no concurso de composição do I Festival Choro Novo, em 2011. Fez oficinas com Alessandro Penezi, Rogério Caetano, Ulisses Rocha, Toninho Horta, Hélio Delmiro, entre outros. O músico, de 24 anos, já dividiu palco com Marku Ribas, Waldir Silva, Ausier Vinícius, Mauro Zockratto, Pablo Dias e grupo Capela em Trio. Bacharelando em composição pela UFMG, Lucas Telles se divide entre os estudos e o seu grupo, Toca de Tatu, que lançará o primeiro álbum, “Meu amigo Radamés”, no primeiro semestre de 2013. Pablo Passini - Guitarra O guitarrista argentino, formado na Universidad Nacional de La Plata (UNLP), atuou, até 2010, no cenário jazzístico de Buenos Aires. Sua história no Brasil e, em território mineiro, começou com uma bolsa de estudos para mestrado, em música, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Paralelo aos estudos, Pablo Passini deu continuidade a sua carreira artística no circuito instrumental de Belo Horizonte, ao lado de Lucas Viatti, Wagner Souza, Felipe José Abreu, Carol Serdeira, Túlio Araújo, André “Limão” Queiroz, Rafael Martini, Enéias Xavier e Gustavo Amaral. O músico participou, também, de shows e gravações com a Big Band Palácio das Artes e com os músicos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) e João Bosco. Acompanhado por Felipe Continentino, Breno Mendonça, Frederico Heliodoro e Fred Selva, o guitarrista levou seu projeto de música autoral para o Festival Cervantino, na Argentina, em 2012. Rafael Macedo – Piano O compositor, arranjador e pianista de Belo Horizonte é veterano no Prêmio BDMG Instrumental. Formado em educação artística, com habilitação em música, pela Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), venceu, em 2006, a 6ª edição da premiação. Junto ao grupo Quebrapedra, Rafael Macedo também foi contemplado pelo Prêmio Funarte de Circulação. Além de seu disco autoral, “Quase em Silêncio”, lançado em 2009, o músico já gravou com Leonora Weissmann, Graveola e o Lixo Polifônico, Leopoldina Azevedo e Elefante Groove, grupo do qual foi integrante. Em seu currículo, aulas com Rubner de Abreu, Guilherme Antônio, Luis Henrique, Thiago Nunes, Alice Belém, Júlia Canton e Joana Boechat. Dentre as atividades atuais do compositor, destaque para as aulas ministradas, desde 2008, na Fundação de Educação Artística, e participação no Misturada Orquestra. Rafael Macedo participou da gravação do primeiro disco do grupo, em 2011, com coparticipação na direção musical do álbum, ao lado de Mauro Rodrigues, João Antunes, Rafael Martini e Trigo Santana. Uma das faixas do CD é de sua autoria, com parceria de Igor Rajão.
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