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Documentário “Tereza por Direitos” estreia em BH com debate sobre o trabalho doméstico
Evento integra ações do Abril das Trabalhadoras
Em alusão ao Dia das Trabalhadoras (27 de abril), a Associação de Trabalhadoras Domésticas Tereza de Benguela convida para a estreia do documentário “Tereza por Direitos”, no sábado, 26 de abril de 2025, às 18h, no Cine Belas Artes (Rua Gonçalves Dias, 1581 – Lourdes, BH). A sessão é gratuita, com confirmação de participação pelo link: https://forms.gle/Yx8izDFsGx3jzS8L8.
"Valorizar e proteger o trabalho doméstico é uma das formas mais urgentes de enfrentar as desigualdades estruturais no Brasil. A Inspeção do Trabalho e a Delegacia Sindical em Minas Gerais do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (DS-MG/SINAIT) apoiam iniciativas como esta por reconhecer o papel essencial das trabalhadoras domésticas e a importância de garantir seus direitos", afirma Cynthia Saldanha, Auditora-Fiscal do Trabalho e coordenadora regional do Projeto de Fiscalização do Trabalho Doméstico e de Cuidados (SRTE/MG), que participa do evento pela Inspeção do Trabalho e também pela DS-MG/SINAIT (Delegacia Sindical do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho em Minas Gerais).
O filme acompanha a luta das trabalhadoras domésticas por direitos, dignidade e visibilidade, mostrando histórias reais de resistência e organização. Após a exibição, haverá um cine-debate com representantes do movimento sindical e da fiscalização do trabalho, dentro das atividades da Campanha Nacional pelo Trabalho Doméstico Decente 2025, cujo tema este ano é “O controle da jornada das trabalhadoras domésticas como direito trabalhista essencial à promoção do trabalho decente”.
A Auditoria-Fiscal do Trabalho, por meio do Projeto de Fiscalização do Trabalho Doméstico e de Cuidados da SRTE/MG, participa do evento e do debate, contribuindo com dados e análises sobre a situação da categoria e as ações de fiscalização realizadas em Minas Gerais.
DADOS REVELAM DESIGUALDADE E INVISIBILIDADE NO SETOR DOMÉSTICO
Apesar dos avanços legais, o trabalho doméstico no Brasil ainda é marcado por altos índices de informalidade e desigualdade. Em 2023, segundo a PNAD Contínua do IBGE, 76% das trabalhadoras domésticas não tinham carteira assinada — o que significa que três em cada quatro profissionais estavam fora da proteção legal garantida por lei.
As mulheres representam 92% da categoria, sendo 65% negras. A informalidade impacta diretamente seus salários: uma trabalhadora sem carteira assinada recebe, em média, 40% a menos do que aquelas formalizadas — um índice ainda mais severo entre mulheres negras.
Em Minas Gerais, o número de domésticas informais caiu de 1,5 milhão em 2016 para 411.290 em 2022, mas a informalidade ainda persiste. No Sudeste, eram 1,67 milhão de trabalhadoras informais em 2022. Belo Horizonte, embora abaixo da média nacional (48,69%), ainda registra 38,13% de informalidade no setor.
Fontes sugeridas para entrevistas:
Cynthia Saldanha – Auditora-Fiscal do Trabalho, coordenadora regional do Projeto de Fiscalização do Trabalho Doméstico e de Cuidados (SRTE/MG). Pode comentar sobre os dados da campanha, os operativos em Minas e os direitos trabalhistas.
Renata Aline – Fundadora e presidente da Associação de Trabalhadoras Domésticas Tereza de Benguela
Evento: Estreia do documentário “Tereza por Direitos” + Cine-debate Data: 26 de abril de 2025 (sábado)
Horário: 18h
Local: Cine Belas Artes – Rua Gonçalves Dias, 1581 – Lourdes, Belo Horizonte
Entrada gratuita com inscrição prévia: https://forms.gle/Yx8izDFsGx3jzS8L8
Foto: Reprodução/Instagram
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