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Filarmônica de Minas Gerais apresenta a "Orquestra na Dança" na série Fora de Série, dia 26 de abril

O concerto integra a série “Fora de Série”, realizada aos sábados

Em um concerto de cores vivas e ritmos empolgantes da série Fora de Série, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais mergulha na alegria e no lirismo expressos em um trecho da ópera mais popular de Smetana, A noiva vendida: Dança dos comediantes, e na suíte orquestral de Glazunov a partir de peças pianísticas de Chopin. Na segunda parte do programa, dois compositores fundamentais do início do século XX retratam o exotismo de suas influências orientais: Holst, com a Suíte Japonesa, op. 33, e Respighi, com Belkis, rainha de Sabá: Suíte. O concerto será no dia 26 de abril, às 18h, na Sala Minas Gerais, sob a batuta do maestro associado José Soares. Em 2025, a série Fora de Série, realizada aos sábados, dedica-se à Orquestra na Dança. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira) e R$ 19,80 (meia).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e pelo Governo de Minas Gerais por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Mantenedor: Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Patrocínio: Pottencial Seguradora. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Governo de Minas Gerais, Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro José Soares, Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores.

o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (2021), recebendo os prêmios do júri e do público na competição. No Brasil, conduziu a Osesp, a Sinfônica do Paraná junto ao Balé do Teatro Guaíra, a Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, a Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro, a Orquestra de Câmara de Curitiba e a Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina. No Japão, regeu as orquestras Sinfônica NHK de Tóquio, New Japan Philharmonic, Sinfônica de Hiroshima e Filarmônica de Nagoya. Também conduziu a MÁV Symphony de Budapeste.

Soares é Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo. Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Claudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Liebreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop.

Foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Pärnu (Estônia). Ao final de 2021, recebeu o prêmio da crítica da Revista Concerto na categoria “Jovem Talento”.

Em 2025, José Soares retorna às orquestras no Paraná e no Rio de Janeiro, e tem concertos agendados com a Orquestra Sinfônica Brasileira e a Tokyo City Philharmonic, no Japão.

Repertório

Bedrich Smetana (Litomysl, República Tcheca, 1824 – Praga, República Tcheca, 1884) e a obra A noiva vendida: Dança dos comediantes (1863-1866/Rev. 1870)

Alexander Glazunov (São Petersburgo, Rússia, 1865 – Paris, França, 1936) e a obra Chopiniana, op. 46 (1893)

Gustav Holst (Cheltenham, Inglaterra, 1874 – Londres, Inglaterra, 1934) e a obra Suíte japonesa, op. 33 (1915)

Ottorino Respighi (Bolonha, Itália, 1879 – Roma, Itália, 1936) e a obra Belkis, a rainha de Sabá: Suíte (1931-1932/Rev. 1934)

Não seria exagero dizer que a dança, assim como a música, é parte integrante da vida social de todos os povos ao redor do globo.

Ela está presente nas festas populares, nas celebrações coletivas, nos ritos religiosos e nas mais diversas manifestações culturais, colocando o corpo em um estado de comunhão com os sons e com o momento. Logo, como outras expressões artísticas, a dança pode vir a representar um grupo de indivíduos, seus modos de ser, de agir e de pensar, contribuindo para consolidar uma identidade comum, seja por vias próprias ou pelo olhar alheio, e, assim, estabelecer conexões com outros indivíduos, de outras crenças e outros lugares.

Neste concerto podemos observar como as danças podem se tornar um elemento que simboliza – e, em alguns casos, orgulhosamente reafirma – a identidade de um povo, de uma região ou de uma nação. Abarcando um período que vai de meados do século XIX até o início da década de 1930, reunimos quatro grandes compositores europeus, de quatro nacionalidades distintas, que abordam, em peças pensadas para a dança, a cultura do seu próprio país ou a de terras bem mais longínquas.

Começamos o programa com Bedrich Smetana e uma dança extraída de sua ópera mais popular, A Noiva Vendida. Nascido em Litomysl, uma pequena cidade de 10 mil habitantes na região da Boêmia, Smetana foi pioneiro em aproximar a tradição musical de sua terra natal da linguagem sinfônica já consolidada no restante da Europa, tornando-se, assim, o principal nome do movimento nacionalista tcheco.

Composta entre 1863 e 1866, com uma última revisão datada de 1870, A Noiva Vendida foi uma das primeiras óperas com libreto escrito em um linguajar próximo daquele falado nas vilas da Boêmia no período (a autoria é do escritor Karel Sabina), e, com o tempo, tornou-se um verdadeiro ícone da música sinfônica tcheca. Ao longo de seus três atos, Smetana inclui diversos trechos diretamente inspirados pelas danças típicas da região, como a polca, o furiant e a skocná, uma dança rápida de origem eslava que serve de base para o número que ficou conhecido como “Dança dos comediantes”, responsável por apresentar ao público a trupe de circo no início do Ato III.

Na sequência, exploramos uma fascinante conexão entre a Rússia e a Polônia com a orquestração feita por Alexander Glazunov para quatro peças escritas por Frédéric Chopin para piano solo. Devidamente nomeada Chopiniana, a suíte orquestral de Glazunov elenca quatro formas musicais das quais Chopin se mostrou um verdadeiro mestre, e consegue a proeza de manter o brilho original das obras enquanto as reveste de uma roupagem orquestral de caráter notadamente russo.

A suíte abre com a famosa Polonaise Militar, e segue com um noturno – talvez a forma chopiniana por excelência – antes de retomar aos ritmos dançantes, apresentando uma mazurca e encerrando com uma tarantela. Em conjunto, as peças formam um breve mosaico de danças populares nos salões da Europa Central no século XIX, com enfoque na tradição polonesa, representada aqui pela polonaise e pela mazurca. Composta em 1893, a Chopiniana de Glazunov ainda daria origem anos mais tarde, em 1909, ao balé As Sílfides, produzido pelos Ballets Russes de Sergei Diaghilev e coreografado por Michel Fokine.

Na segunda parte do nosso repertório, embarcamos rumo ao leste com duas obras inspiradas na música e na cultura de países da Ásia. Escritas ainda na primeira metade do século XX, ambas deixam transparecer um certo exotismo no modo como os povos orientais eram vistos pelos europeus no período, ao mesmo tempo em que carregam um encantamento de seus compositores pelas qualidades únicas e maravilhosas que enxergavam nessas culturas distantes.

Mais conhecido por sua obra-prima orquestral Os Planetas, o inglês Gustav Holst construiu um catálogo de composições bastante diverso, no qual é possível perceber seu fascínio pela mitologia indiana e pela filosofia hindu, bem como o seu amplo conhecimento da música folclórica britânica. Foi provavelmente essa combinação bastante particular de interesses que levou o bailarino e coreógrafo japonês Michio Ito a procurá-lo para escrever uma suíte de danças inspirada na música de seu país. Na época, Holst estava ocupado compondo justamente Os Planetas, mas decidiu aceitar a comissão e, em 1915, finalizou a Suíte Japonesa. Apesar de alguns temas terem sido assobiados a Holst por Ito, a maior parte da obra retém o idioma musical característico de seu criador (como os ritmos cruzados em “Dança das marionetes”), promovendo esse curioso encontro entre diferentes matrizes sonoras.

Contemporâneo de Holst, o italiano Ottorino Respighi guarda algumas similaridades com o colega britânico: ambos foram alunos de Rimsky-Korsakov em São Petersburgo e ambos são compositores mais versáteis do que suas fantásticas obras mais conhecidas – no caso de Respighi, os poemas sinfônicos Fontes de Roma e Pinheiros de Roma – podem dar a entender à primeira vista. O pouco executado balé Belkis, Rainha de Sabá é um exemplo de partitura que demonstra outras facetas menos vistas de Respighi.

A Rainha de Sabá é uma personagem presente em narrativas bíblicas hebraicas e em textos relacionados ao Cristianismo, ao Judaísmo e ao Islamismo, com nomes e representações que variam de acordo com os povos e as regiões. A história mais conhecida é a de seu encontro com o Rei Salomão, e há indícios arqueológicos de que seu império tenha existido de fato na parte sul da Península Arábica e na costa leste da África, onde hoje é a Etiópia, mas sem consensos por parte dos estudiosos.

Na versão original do balé, Respighi recria a opulência desse reino empregando um conjunto orquestral gigantesco, que inclui coro, vários percussionistas e até uma banda adicional nos bastidores. Para a suíte, composta em 1934, o poderio sonoro é reduzido, mas a força inata da música é mantida. Combinando trechos de momentos diversos do balé completo, a Suíte de Belkis exibe de forma robusta o talento para orquestração de Respighi, favorecendo repetições e realçando o apreço pelo “exótico” em seu colorido.

Filarmônica de Minas Gerais
Fora de Série – Orquestra na Dança
26 de abril – 18h
Sala Minas Gerais

José Soares, regente
SMETANA A noiva vendida: Dança dos comediantes
GLAZUNOV Chopiniana, op. 46
HOLST Suíte japonesa, op. 33
RESPIGHI Belkis, a rainha de Sabá: Suíte

INGRESSOS: R$ 39,60 (Mezanino), R$ 54 (Coro), R$ 54 (Terraço), R$ 78 (Balcão Palco), R$ 98 (Balcão Lateral), R$ 133 (Plateia Central), R$ 172 (Balcão Principal) e R$ 193 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos: Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa | Pix

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2024 na categoria CD/DVD/Livros, com o álbum com obras de Lorenzo Fernandez. A Orquestra já havia recebido Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 18 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 100 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Foto: Alexandre Rezende

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