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O Sesc Palladium abre a programação 2015 do Em Residência e convida os artistas Alma Quintana (México), Lutz Baumann (Alemanha) e Anaïs Bouts (França) para um encontro de 5 a 17 de maio. Na residência, serão trabalhadas ferramentas de composição coreográfica, problematizando as questões do corpo, com foco na experiência e na memória. Esses elementos serão explorados a partir da temática do trabalho Aparición, da coreógrafa Alma Quintana, e por último será realizada uma aproximação visual desses elementos. As inscrições são gratuitas pelo e-mail educativopalladium@sescmg.com.br. É necessário enviar minicurrículo. As vagas são limitadas. Nos dias 16 e 17 de maio será apresentada ao público a mostra do processo realizado durante a residência. O evento será no Foyer da Augusto de Lima, com entrada gratuita.

 

No dia 29 de abril, Alma Quintana conversará com o público sobre a sua prática artística, seu interesse no processo de pesquisa interdisciplinar e projetos realizados recentemente, como as parcerias com o Inhotim e Sesc Palladium, ambas em abril. O encontro será no Teatro de Bolso Júlio Mackenzie, às 19h. A entrada é gratuita.

 

O Consejo Nacional para la Cultura y las Artes, o Fondo Nacional para la Cultura y las Artes eo Fundo de Ajudas para as Artes cênicas Ibero-americanas IBERESCENA apoiam a artista Alma Quintana com o trabalho Aparición.Duration para participação no Projeto Em Residência.

 

SOBRE O EM RESIDÊNCIA

O projeto tem o objetivo de estabelecer uma plataforma de dinâmica intercultural que promova o intercâmbio de saberes no âmbito da pesquisa e de metodologias de criação artística. Promove o encontro de artistas de diversas linguagens, a fim de estimular a colaboração, permitindo a exploração de contextos para o desenvolvimento de práticas autônomas e proporcionando aos participantes oportunidades de aperfeiçoamento profissional.

 

SOBRE APARICIÓN.DURATION

Aparición.Duration é uma das obras que integra o projeto de investigação Aparición, um solo de dança em que são utilizadas peças de madeira com enfoque na percepção e na presença do corpo. Das práticas desenvolvidas, emergem explorações acerca dos fenômenos da experiência e da memória. Em Aparición.Duration surge a pergunta: o que é que se move? O corpo como estrutura, objeto, sobre aquilo que trata de ocupar o espaço e o tempo, o que aparece e se modifica por meio da pele, da madeira, da voz e dos movimentos. No Sesc Palladium, será desenvolvida uma versão expandida desse solo em colaboração com Anaïs Bouts e Lutz Baumann, além de artistas de Belo Horizonte.

 

SOBRE ALMA QUINTANA

Artista independente com atuação na dança e na coreografia. Seu trabalho aborda a investigação em torno da experiência individual e coletiva sobre a dramaturgia do corpo, da percepção e da relação corpo mente como um fenômeno da produção de conhecimento. Formada em dança contemporânea pela ENDCC_INBA (Escola Nacional de Dança Clássica e Contemporânea - País), colaborou com os seguintes coreógrafos: Jihyun Youn (KR), Ana Trincão (PT), Pierre-Yves Diacon (CH), Alice Pons (FR) e Sandra Go?mez (CO). Integra o projeto internacional Interferencias, do qual foi coordenadora entre 2010 e 2012, e, em sua segunda edição, foi uma das organizadoras da publicação Interferencias: El Libro/The Book. Também integra o Colectivo AM, com o qual organizou a Sala Tomada, o livro Recetario Coreogra?fico, un Roadbook Texto en Proceso e o Projeto Pulpo.

 

Com o apoio do Epro Danza 2012, realizou Arrecife, em residência no Teatro Pradillo, em Madrid, apresentando-se no Museo Universitario de Arte Contempora?neo (MUAC) e no Teatro El Milagro.

Com o Iberescena (2014-2015), teve apoio para a criação coreográfica para residência do projeto Elefante Vermelho, desenvolvido no Inhotim – Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico. Recebeu a Bolsa Fonca Jovem Criadores (2013-2014), estudou na SNDO Theaterschool, em Amsterdam (2011-2012), e ganhou a Bolsa DanceWeb (2009) para participar do Impulstanz Dance Festival, em Viena. Em 2010, foi convidada para participar do Skite, projeto organizado por Jean Marc Adolphe em Caen, França. Seus trabalhos foram apresentados no Me?xico, no Brasil, na Alemanha e em Viena. Atualmente, dedica-se ao projetoAparicio?n, contemplado pelo Programa de Fomento a Proyectos y Coinversiones Culturales (2014-2015) para a sua difusão em diversos países em 2015.

 

SOBRE ANAI?S BOUTS

Coreo?grafa e bailarina (1979, França). Com formação em Dança, Filosofia e Yoga, Anai?s Bouts trabalha com técnicas de educação somática, arte conceitual e composição espacial. Tem interesse pelos processos de criação, projetos colaborativos e interdisciplinares, bem como pelas distintas maneiras pelas quais a ação coreográfica pode desafiar e questionar os modos habituais da apresentação e da produção cênica. Seu trabalho tem sido apresentado em diversos teatros e festivais da Europa e do México. Colaborou como intérprete e coreógrafa com os seguintes artistas internacionais: Jocle?cio Azevedo, Athina Vahla, Frauke Requardt, EDge, Tim Shore, Mauricio Ascencio, Galia Eibenschutz, Carlos Amorales, entre outros. Foi contemplada com o título de coreógrafa emergente pelo Prêmio Bonnie Bird New Choreographers Award (2007). Desde 2011, Anai?s vive na Cidade do México, onde desenvolve trabalhos em dia?logo com o artista visual Rodrigo Valero-Puertas e com o Colectivo La Mecedora.

 

SOBRE LUTZ BAUMANN

Artista visual e curador, realiza seu trabalho de maneira independente nas artes visuais, em fotografia, filme e instalação. Sua prática está baseada em projetos de site specific, nos quais os contextos, as investigações históricas, viagens e entrevistas se convertem em fontes importantes para a concepção final dos seus trabalhos. Sua pesquisa questiona o lugar das imagens, examina o modo como a fotografia tem servido para dar forma à concepção estética, às posturas e aos códigos sociais. A realidade imediata é um elemento relevante em sua obra, e seu foco se dirige à natureza do que vemos e a sua verdade; compondo-se dos seguintes aspectos: observação/percepção, as interpretações e associações subjetivas e a experiência do observador.

 

Suas instalações buscam, nas tecnologias de produção das imagens e nas noções de vigilância, a exploração do modo pelo qual diferentes dispositivos midiáticos se utilizam do poder, da memória e da resistência. Esse procedimento se assemelha ao da performance, manifestando-se na forma da construção e da apresentação. Ao não se comprometer com formatos tradicionais e convencionais de apresentações, seu trabalho propõe uma reflexão sobre a fotografia e suas questões.

 

Foto: Divulgação