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No dia 22 de abril, a Aliança francesa Belo Horizonte lança o programa de exposições 2015, “Tous les moyens sont bons”, com a programação das mostras que irão ocupar o Salão Cultural Georges Vincent, mensalmente, durante o ano. Para apresentar o projeto, será também inaugurada uma coletiva com obras dos nove artistas que vão expor, individualmente ou em dupla, ao longo do ano.

Mais que uma instituição de ensino, a Aliança francesa é uma associação brasileira que tem o objetivo de divulgar a língua, as culturas francófonas e também a cultura local. Para 2015, a diretoria decidiu abrir seu espaço e dar oportunidade para novos artistas e lançou um edital para ocupação do Salão Cultural Georges Vincent. Uma comissão formada pelo diretor da AFBH, Pierre Alfarroba, e pelos renomados artistas Orlando Castaño e Guilherme Garcia, analisou os mais de 50 trabalhos recebidos e selecionou os que mais condiziam com a proposta.

Victor Silva e Lívia Chaves, Maria Eugênia Dornellas, Rick Rodrigues, Daniel Costa Filho e Guilherme Bita, César Augusto, Pedro Cortes e Sávio Leite – este representando uma retrospectiva do Festival Mumia, foram os escolhidos para sete exposições, que acontecerão de maio a dezembro de 2015. “Quase todos os projeto são com meios e expressões diversas, o que dá coerência ao programa. Além disso, os jurados são de diferentes instituições, Orlando da Guignard e Guilherme da Belas Artes... É uma tentativa de representação de diferentes talentos e visões artísticas da cidade” explica Pierre.

Além de ser uma “amostra” do que virá, a exposição de abertura é uma forma de reunir os artistas, mostrar a coerência do projeto, e lançar uma programação cultural regular. “Queremos fidelizar nosso público e habituá-lo a se lembrar de que, na terceira quarta-feira de cada mês, a Aliança francesa lançará uma nova exposição”, finaliza o diretor da instituição.

Proposta para a ocupação em 2015

O título que dá nome ao programa de exposições de 2015, “Tous les moyens sont bons”, é uma expressão francesa que, ao pé da letra, significa “todos os meios são válidos”. O nome justifica a diversidade dos materiais/suportes/meios/linguagem dos trabalhos selecionados que irão compor as mostras deste ano. Fotografia, gravura, pintura, audiovisual e instalações são algumas das mídias presentes.

Assim, e também como forma de retomar o que o título sugere, as exposições terão um formato além do tradicional. A Aliança francesa acredita que a obra de arte deva extrapolar a “moldura”, dentro dos limites da proposta genuína de cada trabalho. Dessa forma, o visitante se torna mais que um olhar passivo, mas entra em contato com o tipo de linguagem que a arte é feita.  Uma reflexão sobre o “fazer artístico”, com bate-papos, exposição de esboços e de ferramentas de manipulação do material e da técnica utilizada pode aproximar, mais organicamente, o público da arte em questão.

Foto: Divulgação