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Frei Betto é convidado do projeto “Olhares sobre o Golpe de 64-50 anos depois”

Coletânea de imagens e depoimentos sobre o golpe cívico-militar de 1964 ficará exposta durante um mês no hall do prédio 8 da PUC Minas em Contagem

Com o objetivo de “descomemorar” os 50 anos do golpe de 1964 e relembrar a luta heroica travada pela liberdade, para que os crimes e atrocidades perpetradas pela ditadura não se repitam jamais, a exposição “Olhares sobre o golpe de 64-50 anos depois” reunirá, do dia 14 de abril ao dia 17 de maio, imagens e depoimentos sobre período no hall do prédio 8 da PUC Minas em Contagem.

 

O frade dominicano e escritor Frei Betto, autor de mais de cinquenta livros, participará de uma conferência no dia 22 de abril, terça-feira, como parte das atividades do projeto. A conferência será realizada a partir das 8h e contará ainda com a presença do pró-reitor da PUC Minas em Contagem, Robson dos Santos Marques; e a presidenta da Fundação Cultural de Contagem-Fundac, Renata Lima. A entrada para a conferência é gratuita, aberta ao público e os participantes poderão obter certificado.

 

“Os 50 anos do Golpe Militar estão vivos na memória do país como um período de tenebrosas violações de liberdade e dos direitos humanos. A prefeitura municipal de Contagem e a PUC Minas em Contagem contam com uma programação diversificada para ‘descomemorar’ os 50 anos da ditadura militar. ‘Olhares sobre o golpe de 64-50 anos depois’ terá conferência, exibição de filmes e exposição com a releitura do momento do golpe sob a ótica de jornalistas, pesquisadores, cartunistas e outros atores desse processo político”, explicou Tiago Alves, coordenador de Políticas de Memória e Patrimônio Cultural em Contagem.

 

Sobre a Exposição

A exposição conta com grandes painéis com imagens e fotos que foram pesquisadas para representar os vários momentos do golpe civil-militar. Haverá fotos e reproduções de veículos de comunicação de momentos marcantes como o incêndio da sede da União Nacional dos Estudantes (UNE), no fatídico 1º de abril.

 

Os filmes exibidos durante a exposição 

Durante o projeto, haverá a exibição dos filmes “1964 - Um Golpe contra o Brasil”, de Alípio Freire, no dia 23 de abril, com comentários do professor doutor em sociologia, Juracy Costa Amaral; “Dossiê Jango”, de Paulo Henrique Fontenelle, no dia 30 de abril, com comentários do professor mestre em economia, Flávius Marcus Lana de Vasconcelos; e “O dia que durou 21 anos”, de Camilo Tavares, no dia 07 de maio, com comentários da professora doutora em ciências sociais, Júlia Calvo.

 

Sobre os filmes

1964 - Um Golpe contra o Brasil

O filme discute as razões que levaram ao golpe cívico-militar que derrubou o governo do presidente João Goulart a partir de depoimentos de personagens que viveram o período. O filme é uma produção do Núcleo de Preservação da Memória Política e da Televisão dos Trabalhadores (TVT), com apoio do Memorial da Resistência de São Paulo e da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

 

Dossiê Jango

João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1º de abril de 1964. Depois do fato, o ex-presidente se refugiou na Argentina, onde morreu em 1976. Foi enterrado imediatamente, deixando as circunstancias de sua morte no país vizinho sem muitas explicações. Hoje, acredita-se que foi um assassinato premeditado. Dossiê Jango traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.

 

O dia que durou 21 anos

No longa de Camilo Tavares as revelações dizem respeito à participação do governo dos EUA na articulação do golpe que derrubou a democracia brasileira há 50 anos. O jornalista Flávio Tavares, que é pai do diretor e também um dos produtores do longa, foi fundamental para buscar documentos secretos e gravações de áudio da Casa Branca, que evidenciam os papéis da CIA e dos próprios presidentes John F. Kennedy e Lyndon Johnson na ação que demoveu Jango do poder.

 

Frei Betto

Frade dominicano e escritor, autor de mais de 50 livros, muitos deles traduzidos no exterior. Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Assessor de movimentos sociais, recebeu diversos prêmios por sua luta em prol dos direitos humanos. Ganhou também uma série de prêmios literários, como o Jabuti, em 1982 e em 2005; Juca Pato, quando foi eleito pela União Brasileira dos Escritores (UBE) Intelectual do Ano, em 1986; e autor da Melhor Obra Infantojuvenil em 1998. Em 2009, foi agraciado com o prêmio ALBA de Las Letras em reconhecimento pelo conjunto de sua obra literária.

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