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Brasil registrou quase 9 mil casos de meningite em 2023

Especialista alerta sobre variações, tratamentos e formas de prevenção da doença

Na quarta-feira (24/04), é celebrado o Dia Mundial de Enfrentamento à Meningite. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no último ano foram registrados no Brasil cerca de 8.877 casos e 886 mortes pela doença.

Infectologista do Hospital Semper, em Belo Horizonte, o médico Leandro Curi explica que a meningite é uma doença causada pela inflamação das meninges, as membranas que revestem o encéfalo e o sistema nervoso central. “Existem tipos diferentes de meningite, dentre elas, asséptica (não é causada por nenhum vírus, germe, bactéria ou micróbio), química, autoimune e por câncer, além das infecciosas, que são causadas por micróbios como vírus, bactérias e fungos”, explica.

Em relação aos sintomas da enfermidade, o especialista afirma que eles variam dependendo do tipo de meningite, podendo ser mais abrupto ou arrastado, com ou sem febre, fator que diferencia os tipos de infecção. E no que se refere ao tratamento, o procedimento também é variado. “O tratamento da meningite depende da sua causa, envolvendo antibióticos para meningite bacteriana, antivirais para a viral e antifúngicos para a fúngica”, destaca.

Prevenção

O médico do Hospital Semper esclarece que as meningites

bacterianas, como as causadas por meningococos e pneumococos, são particularmente graves e a sua transmissão ocorre principalmente por gotículas respiratórias.

No que diz respeito a prevenção, ele ressalta que a vacinação desempenha um papel crucial na prevenção desse tipo de meningite. “No calendário vacinal, estão incluídas vacinas contra várias formas de meningite bacteriana, como as causadas por meningococos e hemófilos influenzae. Grande parte das vacinas contra a meningite estão disponíveis gratuitamente pelo Programa Nacional de Imunização”, afirma.

Atenção aos sintomas

O infectologista finaliza citando que os grupos mais vulneráveis à meningite bacteriana incluem crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas, por isso é fundamental a busca por atendimento médico diante de qualquer suspeita da doença. “Sintomas como dor de cabeça persistente, dor na nuca, febre alta, vômito e tontura devem ser valorizados e levados a sério, pois podem ser meningite e essa condição pode ser potencialmente fatal se não tratada adequadamente”, conclui o profissional.

Foto: Larissa Freitas

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