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Pré-temporada do Festival Literário Internacional homenageia Wander Piroli

A Fundação Municipal de Cultura realiza, na próxima quarta-feira, 15 de abril, uma homenagem ao escritor Wander Piroli, um dos mais vigorosos representantes do conto brasileiro e da literatura infanto-juvenil. Participam da mesa Fabrício Marques, Olavo Romano, Branca Maria de Paula, Luiz Carlos Abritta e diversas outras pessoas que estudaram e conviveram com o escritor belo-horizontino.

 

Nascido em Belo Horizonte, Wander Piroli viveu boa parte de sua vida no bairro Lagoinha, região com a qual sempre teve uma forte relação e que aparece de forma recorrente em sua literatura. Formou-se em Direito e foi funcionário público durante vários anos, mas encontrou seu caminho no jornalismo e na literatura. Trabalhou nos principais veículos de comunicação da cidade, como U?ltima Hora, Dia?rio de Minas, Suplemento Literário, Estado de Minas, Ra?dio Guarani, Ra?dio Inconfide?ncia, Hoje em Dia.

 

Publicou seu primeiro livro de contos, “A Mãe e o filho da Mãe”, em 1966, pela Imprensa Oficial. Anos antes disso, ganhou o Concurso Nacional de Literatura Prêmio Cidade de Belo Horizonte, em 1951, com o conto “O troco”. Embora tenha iniciado sua carreira como ficcionista escrevendo para adultos, foi na literatura infanto-juvenil, com a publicação de “O Menino e o Pinto do Menino” (1975), que o seu nome ficaria inscrito definitivamente: o livro teve até hoje mais de 30 edições. No ano seguinte, publicou a história infantil, “Os rios morrem de sede”, com a qual ganhou o Prêmio Jabuti de 1977.

           

“Eis um autor totalmente inserido no conceito de universo refletido na própria aldeia. Wander Piroli coloca a Lagoinha e Belo Horizonte no mundo das palavras capazes de contar o cotidiano com riqueza e sinceridade. Seus textos têm lirismo, verdade e encantamento. Uma escrita aparentemente sem pretensão ficou na história literária e jornalística da cidade e merece ser relembrada a cada momento em que se lança o olhar para os livros. O FLI-BH não poderia acontecer sem ressaltar um dos autores que escrevem a memória da capital com literatura de alta qualidade”, explica Leida Reis, uma das curadoras do Festival.

 

O “áspero lirismo de Piroli” é o tema da palestra do escritor e jornalista Fabrício Marques, que abre o evento.  Fabrício vem pesquisando há alguns anos a relação entre escritores de Belo Horizonte e a capital mineira, no período de 1940 ao início do século 21, e as imagens da cidade construídas por eles.

 

A homenagem trará também depoimentos de nomes como a escritora, fotógrafa e roteirista Branca Maria de Paula; a professora da Faculdade de Letras da UFMG Letícia Malard; o escritor e jornalista Carlos Herculano Lopes; o escritor e presidente da Academia Mineira de Letras Olavo Romano; além de Luiz Carlos Abritta, escritor e presidente da Academia de Letras do Ministério Público.

 

O evento conta com a parceria da Academia Mineira de Letras e da editora Cosac Naify, que já editou quatro obras de Pirolli: o inédito Três menos um igual a sete, O menino e o pinto do menino, Os rios morrem de sede e O matador, e está relançando toda a obra do escritor.

 

A programação integra a pré-temporada do Festival Literário Internacional, o Pré FLI-BH, que nos meses de abril e maio realizará oficinas de leitura, escrita literária e ilustração, mostra de cinema, narrações de histórias e rodas de leitura nas 20 bibliotecas públicas municipais espalhadas pela cidade. A programação completa do Pré FLI-BH está disponível no site www.bhfazcultura.pbh.gov.br

 

Foto: Divulgação  

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