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No dia 14 de abril, às 19h, a Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube, CCMTC, promove uma visita guiada pela mostra “Gravuras e Aquarelas”, com o autor das obras, Mário Zavagli. Na ocasião o artista vai contar a história da inspiração para pintar as gravuras, os artistas viajantes do século XIX.

O Brasil do século XIX ainda era um local desconhecido para o velho mundo. Os europeus tinham grande curiosidade em saber como era este lugar tão distante, e exuberante. Sendo assim, para sanar essa curiosidade foram promovidas expedições com cientistas e desenhistas. Estes artistas tinham como objetivo retratar a fauna e a flora do país, para mostrar aos europeus.

Essas expedições eram missões diplomáticas que tinham como objetivo registrar para os países de origem, tais como Inglaterra, Áustria, Alemanha, Inglaterra, Dinamarca, França, imagens do Brasil, observando sua diversidade de fauna, flora, território, relevos e as oportunidades de riquezas e trabalhos.

Nessas viagens, histórias incríveis aconteceram, incluindo fatos curiosos, que Mário Zavagli sabe contar e mostrar em suas obras. É um mergulho na história do país, reconhecendo a sua exuberância e riqueza. Essas expedições mapearam e identificaram espécies desenhando-as por meio das técnicas de aquarela e gravura.

É deste período também a evolução na forma de fazer cópias das obras. Foi criada pelo bávaro Alois Senefelder, a técnica de gravação e impressão mais rápida, em maior número e mais barata, denominado processo de produção litográfico. Isso data por volta da década de noventa dos anos 1700. Muitos dos artistas que aqui estiveram registrando as imagens do país, passaram a editar, em casas de impressão europeias, gravuras em fólio, em álbuns, ou mesmo em livros. Alguns importantes exemplos destas publicações são os álbuns “Voyage pittoresque Dans le Brésil” (1835), editado a partir da obra de Johann Moritz Rugendas, e “Voyage pittoresque et historique au Brésil” (1834,35 e 38) da obra de Jean-Baptiste Debret.

Foto: divulgação