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É dada a largada para o FIT-BH 2016

Evento acontece de 20 a 29 de maio. Fundação Municipal de Cultura anuncia primeira atração internacional, que será o espetáculo de abertura do festival.

 

O espetáculo francês "Le Girafe", da Compagnie Off, foi a atração escolhida para abrir a programação do Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte – FIT-BH 2016. Realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura, o evento terá sua 13ª edição de 20 a 29 de maio, reunindo mais de 20 atrações – locais, nacionais e internacionais – além de várias atividades paralelas. A grade de espetáculos busca reacender o caráter de resiliência que perpassa a produção artística contemporânea.

 

Em meio a muita música, um show pirotécnico e chuva de papel picado disparado por canhões, girafas gigantescas, com pescoços ornamentados pelas luzes de um colar de pérolas, serão conduzidas pelos integrantes da Compagnie Off em consonância com a proposta de dialogar e interagir com o local e seus transeuntes. Vale lembrar que o espetáculo já viajou pelos quatro cantos do mundo - em Roma, por exemplo, a apresentação do grupo francês atraiu mais de 120 mil pessoas. E com a memória desta e outras experiências em vários países mundo afora, "Le Girafe" pretende transformar a abertura do FIT 2016 numa vivência única - e inesquecível - para a cidade.

 

Ao longo dos 22 anos de realização, o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas Oliveira, destaca que “O FIT é uma das mais vigorosas ações de política pública da cultura da capital, aliando cultura, diversão, arte e reflexão. E a abertura da nova temporada destaca, neste ano, o aspecto lúdico, irreverente e inusitado da ocupação da cidade. É muito além da troca de vivências do Teatro entre artistas - a diretriz de uma opção clara pela convivência dos cidadãos e que, mais uma vez, busca reforçar que é o espaço urbano, a cidade de todos, o lugar da experiência, da troca, da paz e da resiliência: essa que está na base da transformação do outro, onde a arte/ética/estética, no calor do encontro, é força de maior luz".

 

A COMPAGNIE OFF

 

Fundada por Philippe Freslon em 1986, na cidade de Tours, a Compagnie Off  notabilizou-se, ao longo dos anos, por abraçar uma pesquisa artística alicerçada sobre temas universais - como o amor ou a morte  - trabalhados sob o prisma da ficção e em sintonia com os lugares nos quais os espetáculos são apresentados. A composição urbana e humana está, pois, no coração das montagens da Off, considerada, atualmente, uma das companhias europeias mais emblemáticas do universo do teatro de rua. As criações da Off mesclam elementos extraídos dos universos circenses e operístico a pinceladas da arte contemporânea, mas sempre alinhadas com a arte da performance -  e tendo o adicional de cenografias monumentais.

 

Entre os espetáculos já encenados pela companhia, está, por exemplo, “Le Gros” (1990). Nele,  componentes de dez nacionalidades levaram às ruas uma intervenção plástica e bufona, trabalhando sobre  o “não texto”: ali, o movimento conduzia a narrativa. Já no ano seguinte, “Le Défilé Fantastic” se inspirava nas festas medievais, e o canto lírico entrava como elemento enriquecedor. O conceito “ópera de rua” volta a ser explorado em “Les Sept Pechés Capitaux”, espetáculo de 1993, que mais uma vez se vale do uso de objetos cenográficos monumentais – agora, com ingredientes extraídos do surrealismo. Três anos mais tarde, “Les Baisers du Cinéma” homenageou a sétima arte.  Mais um salto temporal e, em 1999, estreia “Les Roues de Couleurs, Technoprocession” (1999), parada hipnótica conduzida pela música Techno. Foi no ano seguinte que a Compagnie Off estreou “Le Girafe, Opérette Animalière”, espetáculo que o grupo traz agora à capital mineira. A montagem, que pode ser descrita como uma majestosa parada,  conjuga a narração clássica de uma opereta à representação plástica e poética das girafas. 

 

A trajetória do grupo contempla outras montagens – como “Le Palais des Découvertes” (1993), “Carmen Opéra de Rue” (1999) ou “Va Donner aux Poissons une Idée de ce qu’est l’Eau” (2004) - que se notabilizaram por também propor uma parada, mas dentro de um espaço circular, uma espécie de “gaiola”, em um movimento de centrifugação que, em um determinado momento, abria espaço para um desenlace inusitado.

 

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