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Comunidade judaica de BH celebra páscoa

Mais de cinco mil judeus que vivem na capital mineira iniciam, nesta segunda-feira, dia 14, comemorações do Pessach, Páscoa Judaica

Na noite de 14 de abril, próxima segunda-feira, cerca de sete mil judeus que vivem em Minas Gerais, sendo mais de cinco mil em Belo Horizonte, darão início às comemorações do Pessach, a Páscoa Judaica, celebração que marca a libertação do povo judeu da escravidão no Egito (que ocorreu por volta de 1300 A.C.). A Páscoa Judaica dura sete dias e começa com o Sêder Hagadá, que conta a narrativa bíblica do Êxodo do Egito e realiza-se o jantar de Pessach.

 

Mas, neste ano, as atividades que fazem parte da celebração começam antes mesmo do pôr do sol. Os alunos adolescentes da Escola Theodor Herzl, vão organizar, no dia 14, às 11h, o Sêder de Pessach, que simboliza o jantar cerimonial judaico em que se recorda a história do Êxodo e a libertação do povo de Israel da escravidão. A atividade será encenada para os estudantes entre três e 12 anos, como forma de inseri-los no contexto cultural e simbólico das tradições judaicas.

 

 Segundo Marcos Brafman, Presidente da FISEMG – Federação Israelita do Estado de Minas Gerais, a liberdade, em todas as suas dimensões, é uma das características marcantes dos valores judaicos, razão pela qual a celebração do Pessach é extremamente importante. 

 

Conheça a simbologia dos alimentos do Pessach

Matzá – Alimento básico da festa. É uma espécie de bolacha não fermentada feita de farinha de trigo e água, sem sal nem açúcar. O pão é considerado o alimento básico, mas a matzá é o pão mais básico ainda, a comida mais simples feita pelo homem.

Zroá - Pedaço de osso de cordeiro ou galinha grelhado - Simboliza o poder com que Deus tirou os judeus do Egito e recorda o carneiro pascal, que era sacrificado no Templo de Jerusalém.

Maror - Raiz forte - Erva amarga que remete ao sofrimento dos judeus escravos no Egito.

Charosset - Mistura de nozes, canela, cravo, passas, maçã e vinho tinto- Representa a argamassa com a qual os judeus trabalhavam na construção das edificações do faraó. Ainda que lembre o trabalho escravo, sua doçura traz a esperança de liberdade.

Beitzá - Ovo cozido – Depois da destruição do Segundo Templo em Jerusalém, pelos romanos, tornou-se impossível celebrar os sacrifícios do Pessach. O ovo os substituiu e serve de lembrança aos antigos sacrifícios.

Karpass – Salsão - A verdura molhada em água salgada representa as lágrimas derramadas pelos judeus no Egito.

 

Os alimentos são colocados em um prato especial (“keará”) em frente ao lugar do chefe da família. Ao lado, coloca-se uma vasilha com água salgada, para lembrar as lágrimas derramadas durante o período de escravidão. Nessa água, devem ser molhadas todas as verduras antes de serem levadas à boca.

 

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