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Ricardo Frei poeta, intérprete e compositor, faz show de lançamento do CD solo "Fora da Asa" nesta quinta- feira dia 09 de abril

No dia 9 de abril (quinta-feira), Ricardo Frei, um dos expoentes da nova geração de letristas e compositores, lança o álbum solo “Fora da Asa”. O show de lançamento começa às 20h, no Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec (Rua dos Carijós 258, Praça Sete, Centro). Ingressos à venda na bilheteria do teatro, que tem horário de funcionamento: de segunda a sábado, de 11h às 21h, aos domingos, de 11h às 19h.

                                                                    

A ideia de fazer o CD surgiu durante uma das aulas de canto com a artista e amiga Paula Santoro, no Rio de Janeiro (RJ).  Aluno há dois anos da cantora, Ricardo conta que Paula foi uma das incentivadoras. Segundo a artista, “Frei consegue um resultado maravilhoso e raro em seu álbum de estreia: unir a sofisticação e a modernidade sem cair no lugar comum. Composições, arranjos, músicos, produtor musical, mixagem e sua voz - potente e doce ao mesmo tempo - criam uma ambiência sonora que deve ser ouvida com atenção pelos ouvidos dos que amam a Música. Que este álbum seja o primeiro de muitos sucessos!”, diz Santoro, que participa como intérprete na canção “Fotografia” e assina a direção de voz do álbum.

 

Sérgio Santos também faz participação especial em “Fora da Asa”, como intérprete de “Cantoria”, canção composta por ele com Paulo César Pinheiro, que chega a público pela primeira vez. "Foi um enorme prazer ter participado do disco de Ricardo Frei. Não apenas pelo prazer de ter dividido vozes com ele, mas por ter descoberto um intérprete seguro, com um lindo timbre de voz e já musicalmente maduro. Além disso, sou grato por estar inserido em um trabalho tão bem produzido, com repertório sofisticado, arranjos cuidadosos, cuidado técnico e, sobretudo, com os pés fincados no Brasil. Parabéns ao Ricardo e a todos envolvidos nesse belo trabalho.", diz o músico e compositor mineiro.

 

Inspirado no poema “Fora da Asa” de Manoel de Barros, Ricardo Frei dedica a canção-título do álbum ao poeta brasileiro e diz que a escolha do repertório e suas composições possuem um diálogo forte entre música e poesia, mas num lugar marginal. “Assim como a poesia do grande Manoel, e também a de Arnaldo Antunes e Leminski, é sonora, quando eu penso em música, penso em canção ligada à poesia, à musicalidade da língua. Pra mim a expressão fora da asa traduz algo fora do lugar, ideias fora de lugar; é o ponto fora da curva. Esse CD lida com uma poética que não é lírica, é a poética do asfalto, do cotidiano”, explica Frei.

 

Sobre Ricardo Frei

Ricardo Frei começou a cantar em 1986, quando tinha apenas 10 anos, no Coral Infanto Juvenil da Fundação Clóvis Salgado. Lá também estudou flauta e violino. Passada a infância ligada aos estudos de música erudita, Ricardo Frei se entregou ao universo da música popular. Passou a se dedicar ao contrabaixo com Ivan Correia, piano com os professores Robério Molinari e Daniel Augusto. Foi aluno da Fundação de Educação Artística de Minas Gerais e do Centro de Formação Artística do Palácio das Artes. Estudou canto com Neide Ziviani, Celinha Braga, Paula Santoro e Felipe Abreu. Atuando profissionalmente, gravou com diversos músicos e cantou por anos nas principais casas noturnas e nos maiores eventos de Belo Horizonte, com os grupos Sambalaio, Cordão da Saideira, Zine.Som, Aparelho e Mulamavela. Sua experiência, curiosidade e vontade de conhecer música o transformou em um pesquisador de referência no campo de estudos de cultura e música. Cursa composição na UFMG, onde se formou jornalista e mestre em História da Música Brasileira. É professor e orientador de História da Música Popular Brasileira, Produção Executiva e de Paisagens Sonoras na PUC-MG. Após anos de carreira, veio a vontade de gravar o primeiro CD solo autoral, “Fora da Asa”, que acaba de sair do forno.

 

Faixas CD "Fora da Asa" 

Da Vida (Compositor e letrista: Ricardo Frei)

Canção que fala da vida e da morte. Uma canção que lembra o interlocutor da fragilidade do “dorso em seu próprio corpo”, perecível. Uma vida ávida de por coisas vitais que sempre se mostram furtivas; que não recusa o inexorável esvair-se. Enfim, a vida que teima.

 

Fotografia (Compositor: Flávio Tris / Intérpretes: Ricardo Frei e Paula Santoro)

É uma canção que liricamente estaciona o olhar e nos mostra o estranhamento da retenção do movimento neste procedimento que é mágico, ilusório e contínuo.

 

Cantoria (Compositor: Sérgio Santos / Letrista: Paulo César Pinheiro)

No enredo do disco é o plot point. A virada do momento de pulinânime interrompido pela vontade de cantar. É quando o narrador anuncia que através do sonho canoro se redimirá, se valerá, podendo assim reencontrar o sentido da vida

Quando o Samba Vem (Compositor: Geraldinho Alvarenga / Letrista: Ricardo Frei)

Uma bossa que conta sobre o convite irrecusável que o samba faz ao sambista, convocando-o e dando a ele a oportunidade rítmica, histórica e sensível de ser um cantor, um sambista.

 

Escuridão do Mar (Compositor e letrista: Ricardo Frei)

O narrador busca na fé a força para continuar vivendo e cantando. Devoto, inebriado com as coisas do mar, diante do céu que se escurece bem em cima do mar, diz-se filho de Iemanjá, de Janaína do Mar e mostra ao mesmo tempo o prazer, o temor e a vontade dúbia de ser levado por Inaê.

 

Fora da Asa (Compositor e letrista: Ricardo Frei)

A canção título do disco retoma uma poesia curta e imensa de Manoel de Barros: Poesia é voar fora da asa. A canção diz sobre a dificuldade do narrador em abandonar as coisas reais e que existem para, assim, encontrar a sua poesia, para fazer de sua vida uma poesia inventada, furtiva, alucinante ... como um voo onírico.

 

Reza (Compositor: Edu Lobo / Letrista: Ruy Guerra)

Outra canção que retoma a relação entre o homem e o sagrado. No entanto, serve para mostrar a contínua perseguição da felicidade, a repetição do mundo que se levanta e se põe naturalmente repetindo os desejos, as querências, os medos e as tristezas. Traz um canto de dúvida quanto à escolha de viver o canto da vida.

 

Como um Rio (Compositor e letrista: Ricardo Frei)

Frente às dúvidas, eis um canto de liberdade. Canta-se e exorta-se o risco. Entendendo a vida como um Rio que não para de correr, o narrador sugere ao interlocutor que se arrisque, que se jogue no rio para remar, junto, contra ou, apenas, se deixar levar.

 

Cancioneta (Compositor: Flávio Tris / Letrista: Luiz Gabriel Lopes)

Uma canção de amor.... a liberdade! Uma relação ao mesmo tempo desejada e distante. Porém, livre!

 

Herói – (Compositor: Alexandre Andrés / Letrista: Bernardo Maranhão) – O fim parcial do enredo chega com esta canção, onde o narrador, depois de tantas idas e vindas, de enfrentar os obstáculos tenebrosos, reafirma a certeza de viver, de cantar; revigora as forças, faz de suas experiências histórias que o fortalecem como um herói do cotidiano, do real, da vida que ele resolveu viver.

 

Foto: Valéria Marques

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