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O "Teatro em Movimento" traz a Belo Horizonte a comédia musical "Mondo Machete

O "Teatro em Movimento" investe no musical criativo, original e diferente de Silvia Machete na comédia "Mondo Machete", a se realizar nos dias 16 e 17 de abril, sábado, às 20h, e domingo, às 19h, no Teatro Sesiminas. Segundo a Curadora do projeto, Tatyana Rubim, "Silvia tem 20 anos de estrada, onde a originalidade caminha junto com uma extrema qualidade. E este é o principal critério de escolha do nosso trabalho, há 15 anos". O projeto é patrocinado pelo Instituto Unimed-BH e pelo Itaú, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. 

 

"Mondo Machete" é Silvia Machete, em versão musical e bem humorada. É o primeiro teatro musical sobre uma cantora ainda viva: ela mesma. E, como é a única capaz de manobrar o bambolê e ao mesmo tempo cantar "My Favorite Things", sem perder o rebolado nem afinação, o musical tem essa "pegada" irreverente. No palco, ela conta sua história em 20 canções e mostra seus atributos cênicos, presentes em seus shows, em 20 anos de carreira. Com texto de Filipe Miguez, direção geral de Cesar Augusto e direção musical de Fabiano Krieger, o espetáculo mistura realidade e ficção e comemora os 20 anos de carreira da cantora. 

 

Conhecida por seus shows performáticos, com repertório misto de samba, bossa nova, rock e bolero, agora, no teatro, ela interpreta a si mesma, mas também uma ex-espiã em Cuba, ex-namorada de Elvis Presley e ex-prisioneira de Alcatraz, entre outras aventuras e desventuras. No palco, acompanhada de quatro músicos, Silvia Machete troca de figurino dez vezes e defende mais de vinte canções. O set list traz músicas autorais, como “Toda Bêbada Canta” e “Extravaganza”, a criações de outros compositores, como “A Mulher Solteira” e o “Homem Pavão”, da paulista Blubell, “My favorite things”, de John Coltrane e “Bang Bang”, de Nancy Sinatra. “Levo para o palco tudo o que eu sei fazer e esta personagem surrealista, lúdica e brincalhona que já está nos meus shows. É divertido tanto para quem já me conhece quanto para quem ainda não me viu no palco”, adianta Silvia. 

 

Na grande árvore genealógica da música brasileira, Silvia Machete é o galho moderno que outrora sustentou as folhagens de Carmen Miranda, Emilinha Borba, Maria Alcina, Miriam Batucada e Rita Lee, divas dedicadas à mais deliciosa gandaia das artes - a diversão do ilustre auditório. Ela é a filha da Chiquita Bacana, tropicalista com toda razão. O pai é desconhecido, mas, entre uma marchinha e outra, Lamartine Babo ou o General da Banda assumiriam a paternidade numa boa. 

 

Machete canta muito bem, compõe com bom gosto e transita sem preconceito por todos os gêneros, da rumba ao rock, da balada ao samba. No repertório do musical tanto tem Rodgers e Hammerstein como Assis Valente, tudo na certeza da sabedoria que está grafitada em purpurina no copo do seu liquidificador filosófico: "O que vier eu traço". Acima de tudo, a arte da molecagem. Há cantoras brasileiras que recebem uma pomba gira quando estão no palco. Nada contra. Silvia Machete prefere apresentar-se com uma carnavalesca pomba de isopor pousada na cabeça. 

 

Para continuar pedindo ajuda ao mundo das rimas, na MPB Machete está menos para Elizete, a Divina Enluarada, do que para chacrete, vedete, periguete e todas as absurdetes que não ficam exigindo a gravidade do respeito. Ela mete bronca, mete os peitos, não se faz de séria. Dança hula- hula, faz acrobacias, tira onda de sexy em cima de uma bola de exercícios de pilates. A mulher é fogo na roupa, para usar o título de uma chanchada, um gênero que ela reescreve com performance de última geração. 

 

Definitivamente, não quer salvar o samba de raiz nem afinar de novo o chorinho no mesmo tom do velho cavaquinho. Quer pulgas mil na geral e o neon piscando a letra de Rita Lee, uma das músicas que canta no musical: "Sucesso, aqui vou eu". 

 

Em 1962, o filme "Mondo cane" ficou famoso por documentar o escândalo da perversão. "Mondo Machete" é o escândalo de diversão! Num cenário de cantoras compenetradas, dedicadas todas as noites a inscrever seus nomes na histórias das casas de telecoteco da Lapa, Silvia agora está de maiô em grande teatro. Sabe que é grave a crise, que já se tentou de tudo para resolvê-la, mas não o bambolê. É a sua proposta. Vem a público repetir, como faz há 20 sacudidos anos, e agora em formato de musical, que a alegria é a prova dos nove, toda envolvida por cenário e figurino contemporâneo.  

 

FICHA TÉCNICA 

Com – Silvia Machete / “Os Carecas de Saber” Músicos - Fabiano Krieger (guitarra), Thiago di Sabbato (baixo), Danilo Andrade (teclado), João di Sabbato (bateria) / Artistas convidados: Fabiano Lacombe e Thadeu Matos / Texto e Versões Brasileiras – Filipe Miguez / Direção Geral – Cesar Augusto / Direção Musical – Fabiano Krieger / Vozes em OFF - Cesar Augusto, Eduardo Dussek e Ronaldo Tapajós / Assistente de Direção – Thadeu Matos / Cenografia - Beli Araújo / Figurino - Marcelo Olinto / Iluminação - Cesar de Ramires / Coreografia e Direção de Movimento - Luciana Brites / Desenho de Som -  Fabiano França / Programação Visual – Pedro Colombo / Fotografia Artística - Murillo Meirelles / Tratamento de Imagem - Henri Junqueira / Assistente de fotografia - André Fontes e Fabian Alvarez / Vídeo - Clara Cavour / Cenógrafa Assistente – Marieta Spada / Adereços de Cenografia – Beli Araújo e Marieta Spada / Arte Telão de Cenografia – Diego Barcellos / Cenotécnico – André Salles e equipe / Costureira de Cenografia – Déa Alexandre de Souza / Visagismo – Márcio Mello / Aderecista – Othon Spenner / Bordados – Patrícia Muniz / Costuras – Lúcia Lima / Assistente de Figurino – Leandro Bacellar / Assistente de Visagismo – Roberta Theodoro / Operação de Som - Luiz Motta / Contra-regra – Thiago Paschoa  / Roadie – Edson Oscar / Microfonista – Victor Licazali / Produção Executiva e Musical - Isabela Alves / Assistente de Produção - Ana Sol / Produção - Jonas Klabin Realização em Belo Horizonte: TEATRO EM MOVIMENTO - 15 anos celebrando o teatro-, com o patrocínio do Itaú e do Instituto Unimed-BH, via Lei Federal de Incentivo à Cultura/ Produção local: Rubim Produções

 

Teatro em Movimento

O projeto Teatro em Movimento, coordenado pela Rubim Produções, de Tatyana Rubim, foi criado há 15 anos, com o objetivo de descentralizar o acesso às grandes montagens do eixo Rio-São Paulo, promovendo a circulação dos mesmos para Belo Horizonte que tornou-se, ao longo do tempo, praça relevante para a apresentação de importantes repertórios. Além disso o projeto também atua em outros Estados e o outras cidades. Desde então, contabiliza 176 montagens, que somam mais de 522 apresentações, envolvendo cerca de 550 artistas, em 14 cidades, 27 teatros e público superior a 380 mil pessoas.

 

Inicialmente, atuando em Minas Gerais e seu entorno, o projeto trouxe à capital mineira e algumas cidades do interior, espetáculos com peso nacional, tendo no elenco atores como Bibi Ferreira, Selton Mello, Renata Sorrah, Thiago Lacerda, Grace Passô, Débora Falabela, Yara de Novais, Mateus Solano, Glória Menezes, Antônio Fagundes, Nicete Bruno, Paulo Goulart, Marco Nanini, Luana Piovani, Lilia Cabral, Rodrigo Lombardi, Cláudia Raia, Marisa Orth, Paulo Gustavo, Julia Lemmertz e muitos outros.  Dentre os espetáculos que o projeto deslocou para a capital mineira estão “Hamlet”, “Incêndios”, “Esta Criança”, “Gonzagão – a Lenda”, “Bibi Ferreira – Histórias e Canções”, “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf”, “O Grande Circo Místico”, “New York, New York”, “Bem-vindo, Estranho”, “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes”, “Cassia Eller – o Musical”, “Azul Resplendor”, “Poema Bar” e muitos outros.

 

O projeto também já atuou em outras cidade brasileiras, como São Luiz (MA), Vitória (ES) e Aracajú (SE), Corumbá(MS), São Paulo (SP), Mangaratiba (RJ), Canaã dos Carajás.(PA)  Em Minas Gerais, além de Belo Horizonte, o projeto atua ou já atuou em Imperatriz, Açailandia, Paraopebas, Mangaratipa, Itabirito, Mariana, Ourilandia, Ouro Preto, Araxá, Tiradentes, Betim, Contagem, Ipatinga, Nova lima e Juiz de fora. Os resultados do projeto vão além da inclusão das cidades na circulação das montagens. A iniciativa possibilita a formação de um espectador mais crítico e de um público mais preparado e habituado a lotar as salas dos teatros. A ideia é consolidar o hábito de ir ao teatro e fomentar a cultura das artes cênicas, por isso os espetáculos acontecem ao longo do ano e não concentrados em um curto período como nos festivais. O teatro, sendo um agente de transformação social, é capaz de atuar como um difusor de ideias e de cultura podendo ser usado como um instrumento de comunicação. Para ratificar a potencialidade de transformação social e cultural do teatro e colocar em prática os objetivos do projeto, o Teatro em Movimento ainda promove, sempre que possível, oficinas gratuitas, palestras e workshops para profissionais da área e interessados. Dessa forma, cria-se uma rede de circulação de informação fortalecendo a possibilidade de sustentabilidade do setor cultural.

Foto: Divulgação

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