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Cia. de dança estreia espetáculo Origami

A peça coreográfica perpassa as etapas minuciosas da criação de um Origami, a arte japonesa de dobrar o papel. O passo a passo, a paciência, a atenção, cada dobra, cada detalhe, a simplicidade dos movimentos, um seguido do outro, resultam em uma obra única. O espetáculo convida os espectadores resgatar a beleza da simplicidade. O que se enfatiza é a necessidade de vivenciar e observar o processo de construção, um por vez, os movimentos, etapa por etapa. Cuidar dos detalhes que, muitas vezes, passam despercebidos pelas pessoas devido ao cotidiano turbulento. “A proposta é sensibilizar a platéia. Um momento meditati4vo, de reflexão. De pausa”, explica a diretora da Trama, Joelma Barros. A colaboradora artística da Cia. Joanna Wanner, vai além: “Origami nos leva a um estado contemplativo. Me passa serenidade, uma espécie de vida ideal, algo que não existe no mundo ocidental”, diz. As dançarinas não são ali mulheres. São corpos que oscilam de acordo com as 4 estações do ano. Com sensações de frio, calor, tranquilidade, inquietude. Momentos sublimes e intensos. A música é contemporânea. O movimento das bailarinas cria imagens puras, no sentido de simplicidade. “Isto me inspirou a pesquisar sons mais puros e alternativos, sem alterações e intervenções eletrônicas, gerando um ambiente peculiar, traduzidos em uma sonoridade mais rústica”, explica o responsável pela trilha sonora, Cristian Martins. Como a plástica do espetáculo é muito intensa, um figurino singelo foi a melhor opção. “Quando, em maio de 2008, Joelma Barros me deu a notícias de que o próximo espetáculo da Trama se chamaria Origami, comecei a pesquisa do figurino, conta Érica Lorentz, figurinista da Cia. Ela fez vários esboços, desenhos mais estruturados, peças bem elaboradas. Pensou até em um figurino mais minimalista. “Juntamente com o grupo, concluímos que roupas simples, desconstruídas, confortáveis e fluidas tinham a cara do espetáculo. Em menos de 3 anos de formação, a Trama Cia de Dança já está no segundo espetáculo. O primeiro, Pequenas Punições Diárias, foi apresentado em Belo Horizonte em 2007, com mais 3 reapresentações em 2007 e 2008. Recentemente, o grupo se apresentou em Curitiba- PR. “A idéia de trabalhar coletivamente é que move as bailarinas da Trama. Na Cia não há superior e sim uma equipe em sintonia. A opinião de todos é respeitada e é isso que faz com que o resultado seja mais prazeroso, pois as conquistas são fruto de um trabalho somado”, diz Joelma. Desenvolver etapas isoladas que se conectam como partes de um todo é o desafio da criação coletiva, que vem sendo contornado devido ao respeito e aos objetivos em comum da Trama.

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