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A linguagem original da dança acrobática sobre esculturas artesanais de bambu poderá ser apreciada de 27 a 30 de março, no Teatro Sesiminas. Intitulada Teia, a quarta montagem da companhia Nós no Bambu propõe que os espectadores explorem o imaginário de diversas formas e ângulos. Durante o espetáculo, os intérpretes fazem referência à teia da própria vida, levando o público a se identificar com as performances.

Resultado de uma pesquisa feita durante dois anos, Teia (paralaxes do imaginário) é viabilizada pelo Edital de Manutenção da Petrobras.  O espetáculo é focado em duas vertentes principais: a investigação das esculturas artesanais de bambu e o aprimoramento artístico e técnico das intérpretes criadoras.

A montagem conta com renomados artistas internacionais, como o diretor italiano Roberto Magro e o músico e compositor belga Laurent Delforge, responsável pela trilha sonora original do espetáculo. Completando o time, os músicos George Lacerda, Ocelo Mendonça e Pedro Martins, e a cantora Andrea dos Santos imprimem na trilha a sonoridade brasileira que o grupo cultiva em seu trabalho. 

Nós no Bambu

Corpos, bambus e movimento: essa é a essência do grupo Nós no Bambu. Com seis anos de existência, seu repertório de dança acrobática sobre esculturas de bambu é mais uma faceta do imprevisível Circo Contemporâneo. A grandeza desse trabalho peculiar se dá na adaptação constante de tato e força, que resulta da interação das intérpretes com o bambu. Esse material natural sustenta os corpos das acrobatas e dá origem a uma arte única no mundo. A gramínea sempre desempenhou um papel importante no desenvolvimento da humanidade e, agora, impulsiona as criadoras de Nós no Bambu a desafiar a gravidade e os limites humanos.

A companhia iniciou suas atividades como representante da vertente artística do Sistema Integral Bambu, criado pelo professor de Educação Física Marcelo Rio Branco, em Brasília. O repertório da companhia soma quatro espetáculos, além de diversas performances e números. Em 2008, o grupo levou ao grande público seu projeto mais ousado até então, Uirapuru Bambu. Ultrapassa!, espetáculo inspirado nas provas de corrida de aventura,  estreou em 2010. Em 2012, nasceu Desdobrar, montagem que originou o curta-metragem Desdobráveis.