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Espetáculo de rua Mbaé’Tatá apresenta mitos e lendas das florestas em cidades do interior de Minas Gerais
Trupe de Truões, de Uberlândia, passeia com espetáculo em Ouro Preto, Mariana, Catas Altas, Jeceaba, Congonhas e Itabirito
Em cada região brasileira, há lendas e mitos próprios. Algumas se parecem com as nativas de outras regiões, o que mostra unidade e particularidades de uma cultura tão rica como a nossa. O fogo-fátuo, fenômeno natural, é explicado de muitas formas na cultura popular: é a cobra de fogo; a cobra grande; o fogo que anda; ou o Boitatá. Este ser misterioso é contado em suas várias facetas pela Trupe de Truões, com o espetáculo Mbaé’Tatá. De 28 de março a 6 de abril, o espetáculo visita as cidades mineiras de Ouro Preto, Mariana, Catas Altas, Jeceaba, Congonhas e Itabirito.
O distrito ouro-pretano de Antônio Pereira é o primeiro a receber o espetáculo, no dia 28 de março (sexta-feira), às 14h, na E.E. Professora Daura de Carvalho Neto. No dia seguinte, 29 de março (sábado), às 18h , é a vez de Mariana, com o palco montado na Praça Gomes Freire. No domingo, 30 de março, às 18h, Ouro Preto recebe a Trupe de Truões na Praça da Ufop (estacionamento do Centro de Artes e Convenções). Na semana seguinte, o espetáculo Mbaé’Tatá chega a Catas Altas, no dia 2 de abril (quarta-feira), às 14h, no Ginásio Lindolfo do Carmo. Em Belo Vale, o palco é a Praça da Prefeitura, no dia 3 de abril (quinta-feira), às 18h. Já em Jeceaba, a quadra da Escola Zuleika abre as portas para as lendas, no dia 4 de abril (sexta-feira), às 14h. No sábado, 5 de abril, às 18h, é a vez da Praça JK de Congonhas receber o espetáculo. Por fim, a turnê se encerra na Praça do Centenário, de Itabirito, no domingo, 6 de abril, às 18h. Todas as apresentações têm entrada franca e contam com interpretação em Libras.
Mbaé’Tatá é um espetáculo feito para a rua, que traz a mineiridade na narrativa, na estética e nas técnicas. Mesclando medo, curiosidade e encantamento, por meio de contadores de causos, a encenação tem técnicas de perna de pau e máscaras, a inspiração na tradição da Folia de Reis e dos benzedores, que aliam o sagrado à ancestralidade indígena, com seus preciosos conhecimentos sobre as florestas e seus habitantes, mágicos ou não. Por meio de poemas, conversas, rituais, advinhas e canções, Mbaé’Tatá é um espetáculo envolvente, emocionante e que promove consciência da preservação da cultura e do meio ambiente.
Além do apoio de todas as prefeituras municipais, suas respectivas secretarias e algumas instituições locais, essa circulação acontece por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. É uma realização da Trupe de Truões e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais/Governo de Minas Gerais.
O espetáculo
Em Mbaé’Tatá, o público é recebido por três personagens mascaradas que representam o poder da natureza e do feminino. São elas que, com máscaras e pernas de pau, abrem o espetáculo, conduzindo o olhar da plateia para a necessidade de proteger os bichos e a mata, convocando a Cobra dos Olhos de Fogo.
Em seguida, o Boitatá é saudado por cantadores, com canções, adivinhas e prosas, que envolvem o público por meio do acordeom e da percussão. Os arranjos criam um jogo de conversas e brincadeiras que evoca a participação dos espectadores.
Por fim, três velhos benzedores contam causos do Boitatá, visto nas matas, lagoas e quintais, com versos e bendições. Você sabe o que fazer se encontrar um ser transparente e com olhos de fogo em meio à floresta? Pois os benzedores vão ensinar como espantar, se proteger e se curar do encontro com a Cobra Grande. Uma ladainha cantada por eles também vai pedir proteção aos seres da floresta.
Com muitas cores, contrastando tons terrosos com verde e azul, o figurino de Mbaé’Tatá proporciona diferentes nuances em que se pode perceber uma labareda de fogo. Com peças que se sobrepõem e se complementam, as indumentárias são feitas com tecidos e materiais variados, com caimentos e texturas que proporcionam identidade aos personagens que perpassam a narrativa. A inspiração da Folia de Reis é visível no figurino, e também na estrutura narrativa.
A trilha sonora foi desenvolvida em parceria com os músicos Manoel Moura, Daniela Borela, Naldo Luiz e Danilo Aguiar. As cenas contam com trilhas instrumentais, e os atores cantam ao vivo, também sendo responsáveis pela execução das alfaias e dos sinos.
Desde 2022, a Trupe de Truões percorre Minas Gerais, tendo apresentado Mbaé’Tatá 48 vezes, em cidades, distritos e comunidades. Em 2024, foi a vez da cidade de São Paulo-SP receber o espetáculo, no Sesc Campo Limpo, durante o XVII Festival Internacional Paideia de Teatro para a Infância e Juventude. Em 2025, as cidades de Ouro Preto, Mariana, Catas Altas, Jeceaba, Congonhas e Itabirito abrem as portas para as lentas do Boitatá, com a Trupe de Truões.
Trupe de Truões
Fundada em 2002, em Uberlândia-MG, a Trupe de Truões é um grupo de teatro profissional e, também, é núcleo regional do CBTIJ (Centro Brasileiro Teatro para a Infância e Juventude) e Ponto de Cultura. Desde sua criação, mantém o Espaço Cultural Ponto dos Truões, dedicado a apresentações teatrais próprias e de outros artistas, às aulas da Escola de Teatro da Trupe de Truões e a eventos culturais como a Mostra de Teatro Casa Aberta, a Mostra de Cinema Casa Aberta, o Seminário de Teatro Infantojuvenil, entre outros.
Ao longo de seus 23 anos de trajetória, a Trupe tem investigado diversas possibilidades de criação cênica, estimulada por estudos de procedimentos dramatúrgicos e da narração, pesquisas sobre a expressividade e ressignificação do corpo do ator, além do aprofundamento no universo da comicidade, do teatro de animação, sombras e objetos. Em suas montagens mais recentes voltadas ao público infantil, a Trupe de Truões tem ampliado seu olhar sobre os temas abordados em seus espetáculos. Isso ocorre tanto por meio de reflexões e estudos internos como pela participação em oficinas e congressos que discutem o teatro para crianças e jovens. Até o momento, a Trupe já estreou mais de 15 espetáculos artísticos, consolidando seu papel no cenário cultural da região de Uberlândia e de todo estado de Minas Gerais.
Ficha Técnica
Criação, direção e atuação: Cássio Machado, Ricardo Augusto e Ronan Vaz
Dramaturgia: Cleusa Bernardes, Cássio Machado, Ricardo Augusto e Ronan Vaz
Preparação de elenco / Oficina de pernas de pau: Aline Correa
Preparação musical / Oficina de percussão: Manoel Moura
Preparação vocal: Daniela Borela
Cenário, figurino e maquiagem: Ronan Vaz
Adereços e bordados: Flávio Arciole e Ronan Vaz
Máscaras: Lu Antunes
Trilha sonora: Danilo Aguiar
Arranjos / Gravação da trilha musical: Naldo Luiz
Concepção de luz: Ronan Vaz
Técnico de iluminação e operação de som e luz: Vinicius Neia
Técnico de som / Eletricista: Antônio Dutra
Produção teatral: Estrupício Produções Artísticas
Produção local: Luciene Nogueira
Produção executiva: Lara Pires
Serviço: Espetáculo Mbaé’Tatá, da Trupe de Truões
Em cena de 28 de março a 6 de abril de 2025
Entrada franca
28 de março (sexta-feira), às 14h
Na E.E. Professora Daura de Carvalho Neto de Antônio Pereira (distrito de Ouro Preto)
29 de março (sábado), às 18h
Na Praça Gomes Freire, em Mariana
30 de março (domingo), às 18h
Na Praça da Ufop (estacionamento do Centro de Artes e Convenções da Ufop), Pilar, em Ouro Preto
02 de abril (quarta-feira), às 14h
No Ginásio Lindolfo do Carmo, em Catas Altas
03 de abril (quinta-feira), às 18h
Na Praça da Prefeitura, em Belo Vale
04 de abril (sexta-feira), às 14h
Na quadra da Escola Zuleika, em Jeceaba
05 de abril (sábado), às 18h
Na Praça JK, em Congonhas
06 de abril (domingo), às 16h
Na Praça do Centenário, em Itabirito
Foto: Zé Barreta
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