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Dormir mal pode estar associado ao aumento do risco de Parkinson e Alzheimer
Entenda como o sistema glinfático, descoberto na última década, é responsável pela prevenção às doenças neurodegenerativas
Muita gente já sabe que o sono é fundamental para o alinhamento de várias funções no organismo, tal como o reparo dos tecidos, o crescimento muscular e a síntese de proteínas. Enquanto estamos dormindo, é possível repor energias e regular o metabolismo, fatores essenciais para manter corpo e mente saudáveis.
Nos últimos anos, no entanto, estudos associam o efeito específico de dormir bem ao sistema nervoso, apontando a relação do sono com a prevenção de doenças como o Alzheimer e outras demências. Para a médica da Família e professora de Habilidades Médicas e dos Internatos do UniBH, Neoma Mendes de Assis, a informação não apenas procede como também contempla além das estruturas nervosas.
“Uma boa noite de sono nos garante diversos benefícios, como na produção de hormônios e de neurotransmissores que auxiliam nas sinapses, na conexão de um neurônio com o outro, no nosso funcionamento cerebral, e possibilita melhoras, inclusive, no sistema imunológico. A gente fica mais forte, mais vivo, mais disposto para vida, o que pode prevenir o desenvolvimento de doenças dessa natureza”, conta.
Isso acontece porque nosso organismo conta com o funcionamento de um sistema de eliminação de toxinas no cérebro, denominado Sistema Glinfático. Ele é similar ao Sistema Linfático que possuímos no resto do corpo, responsável pela remoção de líquidos e toxinas dos espaços entre as células. A descoberta de que o cérebro também apresenta um sistema de eliminação de toxinas surgiu apenas entre 2016 e 2019, demorando tanto para ser revelada pois, peculiarmente, esse sistema trabalha mais ativamente durante o sono noturno (faxina cerebral).
E quanto à prevenção às doenças degenerativas? Diagnósticos como Parkinson e Alzheimer se caracterizam justamente pelo acúmulo de determinadas proteínas no cérebro. Além disso, a interrupção da atividade das sono ondas lentas (sono profundo) aumenta os níveis de deposição beta amilóide de forma aguda e a piora da qualidade do sono durante vários dias aumenta a deposição de proteína Tau (também relacionada com doenças neurodegenerativas). Estes efeitos são específicos para proteínas derivadas de neurônios, o que sugere que eles são impulsionados por alterações na atividade neuronal durante o sono interrompido.
Desta forma, melhorar a qualidade do sono ou tratar distúrbios do sono poderia aumentar a depuração do beta amilóide e proteína Tau ao longo da vida e auxiliar na prevenção da doença de Alzheimer e doenças neurodegenerativas. Ainda que o desenvolvimento dessas doenças acontece por uma série de fatores ainda não totalmente esclarecidos, uma coisa já se sabe: a má qualidade do sono pode ser um deles. Essa é mais uma comprovação da importância de respeitar os ritmos do dia e da noite e não apenas do ato de dormir, para que nossa vida funcione da melhor maneira possível.
“Há uma grande discussão na medicina sobre um número certo de horas de sono, mas sabemos que oito horas é suficiente. Há pessoas que com seis ou sete horas se sentem bem, e há pessoas que precisam de oito, nove, dez horas de sono para se sentir descansado. É muito importante a gente entender que essa quantidade de horas não é um fator específico, exclusivo e que devemos observar ações que precisam ser modificados no nosso dia a dia para uma noite de sono mais reparadora”, destaca a professora, enumerando algumas dicas para a hora de dormir:
- Prepare o ambiente, diminua as luzes e estímulos, evite falar alto, ter discussões e resolver problemas na hora de dormir;
- Escolha bem os alimentos, faça a última refeição até duas horas antes de dormir, evitando comidas muito gordurosas;
- Faça atividade física;
- Evite uso de telas na hora de dormir;
- Faça atividades relaxantes, como ler livros ou colocar músicas brandas.
Sobre o UniBH
Com recém-completos 60 anos de fundação, o UniBH alia tradição e inovação acadêmica, fazendo parte do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. Reconhecido pelo MEC como o melhor centro universitário privado de Belo Horizonte, a instituição oferece mais de 100 cursos de graduação e pós-graduação e investe constantemente em melhorias no ensino, reforçando a educação transdisciplinar, focada no desenvolvimento de profissionais do futuro.
Sobre a Ânima Educação
Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade do país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por mais de 400 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior e em mais de 700 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.
Em 2022, a Ânima foi um dos destaques do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. Além disso, o CEO, Marcelo Battistela Bueno, foi premiado como Executivo de Valor, no setor de Educação, no Prêmio Executivo de Valor 2022, que elege os gestores que se destacaram à frente de empresas e organizações. A companhia também se destacou no Finnce & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.
Foto: Freepik
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