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Belo Horizonte entra no circuito dos museus internacionais
Personagens históricos e fictícios, riquezas do solo e do subsolo, eras do metal, projeto educativo com conteúdo que se renova. Tudo isso e muito mais no Museu das Minas e do Metal EBX Acervo virtual, imagens cenográficas fortes, efeitos holográficos (miragens), atrações interativas e projeto educativo inovador inserem o Museu das Minas e do Metal EBX em Belo Horizonte, no roteiro dos mais modernos do mundo, uma parceira da EBX Investimentos com o governo de Minas Gerais. O investimento é de R$ 25 milhões, num projeto ousado: adequar um prédio do final do século XIX e tombado pelo IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) às necessidades de um museu contemporâneo, que ocupa 6 mil m², com 18 salas de exposição e cerca de 50 atrações em 3D e 2D. A inauguração será em 22 de março, às 19 horas, e a abertura ao público, em meados de abril, após um período de soft open, com duração de aproximadamente 15 dias, para grupos convidados. O prédio da antiga Secretaria da Educação, que integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade e vai abrigar o MMM, foi inaugurado em 12 de dezembro de 1897, junto com a nova capital, que ainda era chamada Cidade de Minas. Para romper com o Império e o estilo colonial das construções de Ouro Preto (Patrimônio da Humanidade/Unesco), sede da antiga capital, o prédio, assim como a cidade, foi construído em estilo eclético, sob forte influência francesa tanto na fachada externa quanto na decoração interior, repleta de elementos art nouveau, em função dos movimentos políticos e culturais daquela época. Com a assinatura de Marcello Dantas, autor do projeto museográfico, toda a proposta é voltada para o conhecimento e o entretenimento. Para ele, “somente Minas Gerais poderia ter um museu como este”, dada as características do estado, a história econômica, social e cultural da sua atividade mineradora, a riqueza do subsolo e suas paisagens cravadas nas montanhas de minério de ferro. Foram selecionadas 11 minas – ferro, ouro, diamante, nióbio, zinco, pedras coradas, manganês, grafita, alumínio, calcário e água – para contar a história de Minas e do país a partir de personagens como Dom Pedro II e a imperatriz Tereza Christina, uma das poucas mulheres a mergulhar nas profundezas da Mina de Morro Velho (acreditava-se que quem usava saia – mulheres e padres – provocava acidentes em minas), Mendelleev e a tabela periódica, o barão Wilhem Ludwig von Eschwege, entre outros. Formado em Cinema e Televisão e pós-graduado em Telecomunicações Interativas pela New York University, ele tem entre seus trabalhos a direção artística do Museu da Língua Portuguesa (SP) e o Museu do Caribe, na Colômbia, e, mais recentemente, a exposição 50 anos de carreira do cantor e compositor Roberto Carlos. Além da museografia moderna, novo recorte conceitual e grandes espaços doam também nova vida à coleção de mineralogia do Museu Professor Djalma Guimarães, que terá tratamento especial, além de uma sala em homenagem a esse importante geólogo mineiro. O MMM propõe uma curiosa viagem pelas eras do metal e seus desdobramentos na história da humanidade. Um novo olhar sobre o patrimônio cultural de Minas Gerais e o desenvolvimento econômico: do ciclo do ouro à indústria de microprocessadores. O projeto arquitetônico que permitiu compatibilizar novas ideias e a preservação do patrimônio público é do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, com acompanhamento feito pelo seu filho, o também arquiteto Pedro Mendes da Rocha. Paulo Mendes da Rocha recebeu em 2000 o prêmio Mies Van der Rohe de Arquitetura Latino-Americana por sua obra de renovação da Pinacoteca do Estado de São Paulo e, em 2006, o prêmio Pritzker, considerado o “Nobel da Arquitetura”. A direção dos trabalhos de criação e instalação do museu é sinalizada pela diretora de Projetos Culturais e Sociais da EBX, Helena Mourão, que acompanha pessoalmente todas as etapas dos processos nos diversos segmentos para a criação de um museu que pode ser definido como “extraordinário”. Ela conta com o apoio dos departamentos jurídico, financeiro, de comunicação, de engenharia, entre outros do Grupo EBX. Como se pode perceber, a escolha da equipe de criação do MMM envolveu um critério básico: alguns dos melhores profissionais do mercado, lembrando que a temática do conteúdo do arquiteto e do museógrafo foi proposta pelo governo do estado. Daí em diante, todos os prestadores de serviço foram selecionados seguindo a mesma linha de qualidade para a elaboração de todos os projetos, desde a restauração, pelo Grupo Oficina do Restauro, o mesmo que fez a restauração do Palácio da Liberdade, passando pelo projeto de restauro arquitetônico, da Século 30 – Restauro e Arquitetura, pelo gerenciamento do Projeto Arquitetônico, AFT com o escritório de arquitetura de Ângela Arruda, execução da obra projetos de Engenharia da Uni Construtora, especializada em ampliação de shoppings, obras de restauração no Rio, Tiradentes e Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte, até a fiscalização da obra, a cargo da Concremat. Ao todo, foram 593 pessoas para transformar o MMM em realidade.
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