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Mostra coletiva inédita no Inimá de Paula comemora cinco anos do museu

Obras de aproximadamente 30 importantes artistas ficam expostas ao público até o dia 05 de maio Música, artes plásticas e cinema estão na programação em homenagem ao aniversário de cinco anos do Museu Inimá de Paula. Inaugurado em 28 de abril de 2008, o MIP é hoje um dos mais respeitados centros culturais não só da capital mineira, mas de todo o estado. Para o mês de março, duas atrações iniciam as comemorações: o retorno do projeto “Série Sinfônica no Museu”, que está na terceira edição, com apresentação da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, ocorrido na última semana, e a abertura da exposição inédita “Do moderno ao contemporâneo na coleção mineira”, na qual cerca de 40 obras de renomados artistas, que pertencem a colecionadores mineiros, ficam acessíveis ao público no salão principal do Museu. Com curadoria de Guiomar Lobato, a mostra – que fica em cartaz entre 21 de março e 05 de maio – reúne peças dos artistas Amilcar de Castro, Arcangelo Ianeli, Beatriz Milhazes, Bruno Giorgi, Burle Marx, Ceschiatti, Charoux, Cícero Dias, Claudio Tozzi, Cruz Diez, Di Cavalcanti, Gerchman, Ianelli, Iberê Camargo, Inimá de Paula, José Bento, Krajberg, Lygia Clark, Marcos Coelho Benjamim, Mariana Palma, Maurino, Miguel do Rio Branco, Pancetti, Reinaldo Fonseca, Siron Franco, Tunga, Ubi Bava, Vik Muniz, Volpi e Waltercio Caldas. De acordo com Guiomar, a escolha das peças foi feita com base na transição do Modernismo para o Movimento de Vanguarda das artes plásticas: “Há seis meses, já queríamos uma mostra diferente para comemorar o aniversário do Museu, na qual as pessoas pudessem ter acesso a obras de diversos artistas num mesmo lugar. Já conhecíamos alguns colecionadores e isso nos ajudou a estreitar os contatos, apesar de ter sido uma tarefa árdua conseguir montar todo o acervo”. Para a exposição, foram selecionados quadros de boas épocas de cada artista e a pesquisa foi concentrada nos colecionadores mineiros e, algumas obras, ficam expostas ao público de BH pela primeira vez, como as de Beatriz Milhazes, Mariana Palma, Ubi Bava, Burle Marx (paisagista dos jardins do Aeroporto da Pampulha) e de Vick Muniz, que apesar de ser um dos mais conhecidos, não dispõe de suas obras expostas em lugar nenhum na cidade. “Reunimos um grupo de altíssimo nível. Nomes que se encontram em galerias e leilões em Minas, Rio e São Paulo”, completa a curadora. Dos artistas mais clássicos, destacam-se: Cícero Dias, paisagista que morava em Paris e pintava o Brasil dos sonhos, da saudade; Di Cavalcanti, lembrado pelas lindas mulatas; Pancetti, que terá dois de seus quadros na mostra e retratava marinhas em suas obras. Da fase intermediária, nomes como Volpi (um dos primeiros Modernistas do Brasil) e Krajberg – que trabalhava raízes de árvores que caíam na Mata Atlântica e as transformava em esculturas –, são os mais conhecidos. Já da fase mais vanguardista, Waltercio Caldas, Miguel Rio Branco, Cláudio Tozzi, Iberê Camargo e Reinaldo Fonseca são os mais cotados. Museu como lugar de Educação: O grande diferencial do Museu Inimá de Paula é que lá os visitantes podem apreciar as obras expostas com conforto, segurança e tranquilidade, além de contarem com a ajuda dos arte-educadores, funcionários especializados que atuam na instrução e acompanhamento do público, auxiliando-os no entendimento de suas dúvidas e difundindo o conhecimento específico de cada peça, de cada artista e de cada momento. Além disso, são colocamos captadores de público na porta do MIP a fim de atrair e incentivar as pessoas a entrarem e conhecerem as exposições que estão em cartaz, uma vez que entre os objetivos do espaço está o de angariar cada vez mais visitantes, mostrando a arte pela visualização e proximidade com as obras e viabilizando que eles saiam de lá com uma percepção enriquecida sobre o conceito da arte brasileira. Sobre Guiomar Lobato: Com mais de quatro décadas dedicadas ao estudo da arte e suas particularidades, Guiomar Lobato começou sua carreira com o curso de Museologia (no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro). A partir de viagens e com o trabalho que conseguiu em um Antiquário aprimorou seus conhecimentos e, pouco tempo depois, estudou História da Arte, com o professor Sérgio Manhani, e Filosofia da Arte, ministrada pelo mestre Moacir Laterza. Apesar de fazer parte da Fundação Inimá de Paula já há algum tempo, é curadora do MIP há apenas um ano e divide o cargo com o também curador Murilo de Castro. Guiomar é, ainda, especialista em avaliação de objetos de arte e dirige a galeria do PIC Cidade. Sobre o Museu: Cartão postal da Rua da Bahia, com mais de três mil metros quadrados restaurados, seis pavimentos, 120 portas e janelas totalmente recuperadas e uma homenagem ao grande artista Inimá de Paula. O Museu conta, hoje, com mais de 100 obras permanentes do mestre mineiro das cores que dá nome ao espaço, além de uma galeria virtual com suas 1860 peças catalogadas. Além disso, o MIP constantemente recebe mostras de artistas consagrados e da nova geração em seus salões. Com entrada gratuita para todos os visitantes, o Museu Inimá de Paula já é hoje, apesar de sua jovialidade, um dos principais endereços culturais de Belo Horizonte.

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