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Cia. Pierrot Lunar celebra 20 anos com intensa programação no Espaço Aberto

A Cia. Pierrot Lunar abre as comemorações de suas duas décadas de atividades, e dos cinco anos do Espaço Aberto Pierrot Lunar, com a 9ª edição do Bazar de Histórias, no dia 16 de março, a partir das 15h, em sua sede (Rua Ipiranga, 137, Floresta, esquina de Rua Pouso Alegre), com entrada franca e classificação etária livre para todos os públicos. O evento, que já se tornou tradição da Cia., busca novos modos de encontro e relacionamento com o público, pautado pela proximidade, assim como pela troca de experiências, lazer, arte, consumo, cultura e diversão. Durante o Bazar, serão anunciadas, ao público, as atividades que compõem a programação comemorativa do vigésimo aniversário de fundação da trupe. Ainda em março, a Cia. Pierrot Lunar recebe o grupo português Coletivo 84, que, pela primeira vez, vem ao Brasil, onde apresentará o premiado espetáculo “Horror ou breve estudo sobre a paralisia”, além de conferência sobre o tema “Dramaturgia contemporânea portuguesa – as textualidades do século XXI”. Em abril, estreia o espetáculo “Tudo de Nós”, inédito da Pierrot Teen, nova geração de atores da Cia. A Cia. em seus 20 anos Ao refletir sobre o tempo, a Pierrot Lunar percebe que completar 20 anos é reconhecer a maturidade alcançada nesse percurso, aliada ao vigor e à jovialidade próprios da idade. Nesse sentido, a Cia. se volta à reflexão em torno da juventude, por meio da constituição de um grupo de formação de jovens atores, a Pierrot Teen, sua segunda geração, cujos atores também têm 20 anos. Mais do que compartilhar o legado da experiência acumulada, ao longo dessa trajetória, a Pierrot Lunar acolhe as inquietações e os novos paradigmas trazidos por esse jovem elenco. Tal trabalho compreende o compartilhamento de sua pesquisa de linguagem de teatro narrativo-performativo, realizada por meio de abordagens teóricas e de práticas-experimentais, aplicadas à construção de um espetáculo inédito. Batizado como “Tudo de nós”, e com estreia agendada para abril, a peça tem dramaturgia e direção de Juarez Guimarães Dias e de Léo Quintão, a partir de textos escritos pelos próprios atores. Neise Neves, atriz e produtora da trupe, destaca Belo Horizonte como polo de teatro feito coletivamente: “Como atriz, ser integrante de um grupo permite que eu não fique parada esperando convites. Tenho que trabalhar e manter-me viva. O grupo nos possibilita continuar pensando, refletindo e experimentando teatro. Nesses 20 anos, a Cia. Pierrot Lunar nos permitiu desenvolver uma linguagem, buscar outras referências e somar ao que foi construído. Isso para nossa profissão é fundamental. É a maneira que encontramos de fazer teatro fora do Rio ou São Paulo, inclusive para abrirmos portas para este eixo.” Para Léo Quintão, ator, produtor e diretor: “O trabalhar em grupo é um belo exercício de crescimento pessoal e profissional. Chegarmos aos 20 anos da Cia. Pierrot Lunar com algumas diferentes formações, e com uma história de muito trabalho, realizações e conquistas, me faz ter a certeza de que a escolha por essa profissão foi acertada. Muita pesquisa, encontros, amizades e sonhos, muitos sonhos ainda por vir, e um prazer enorme de realizar novos trabalhos com essa Cia., que ajudei e ajudo a construir.” Juarez Guimarães Dias lembra os primeiros contatos com o grupo: “Quando fizemos o ‘Atrás dos olhos...’, percebemos que tínhamos identificação estética e ética, pois estávamos em busca de algo semelhante: um espaço onde pudéssemos investir em pesquisa de linguagem, que nos proporcionasse rotina de criação e experimentação, de crescimento em conjunto. Começou como um namoro que, sete anos depois, se converteu num casamento, e na minha entrada oficial para o grupo. Só tenho a agradecer a abertura e a generosidade de Neise e Léo, para que, juntos, investíssemos em saltos vertiginosos no abismo da criação.” Próximas atrações 9º BAZAR DE HISTÓRIAS 16 de março, sábado, às 15h ENTRADA FRANCA No Bazar de Histórias, o público pode fazer compras de artigos variados (sapatos, bolsas, artesanato, obras de arte, brechó, bijous, camisetas, Cds e LPs) e de repente ouvir uma história, assistir a shows musicais, cenas teatrais, curtas-metragens e performances, apreciar exposições, participar, degustar as comidas do nosso bar e, claro, tomar uma bebida gelada. Para essa edição, estão confirmadas as atrações: o palhaço e mágico Nilton Haribol, performances de Silvia Góes e Fábio Schmidt, recital com Priscilla Cler e suas alunas de canto, leitura encenada da atriz italiana Anita Mosca, show de rock’n roll com a banda Road Runner, o grupo Pierrot Teen mostra novos fragmentos de seu primeiro espetáculo; DJ Juá fica responsável pela seleção musical do bazar e ainda comanda a festa “MPB – Música Pra Balançar”; na seção canja musical, participam Luiz Rocha e Neise Neves. Em 2008, como parte das reflexões do grupo sobre a compreensão do público, foi proposta a realização do evento, então denominado de “Bazar de histórias”, que tivesse os seguintes princípios: ser aberto ao público e aos artistas da cidade, ter a entrada franca, reunir gastronomia, quitutes, brechó, discos e livros, artesanato e apresentações artísticas. Ao desconstruir as fronteiras entre arte e cotidiano, artista e espectador, o Bazar revelou-se um sucesso, também por aliar entretenimento e arte, chegando agora à sua 9ª edição. O projeto também é oportunidade para a Pierrot Lunar testar a recepção do público ao compartilhar etapas de processo e fragmentos de espetáculos em criação, como “Sexo”, “Acontecimento em Vila Feliz” e Pierrot Teen. Já se apresentaram em edições anteriores: a banda Todos os Caetanos do Mundo, Janaína Moreno, Cia Circunstância, músicos da Banda Mais Bonita da Cidade, Grupo Maria Cotia, Luiz Rocha, Júlia Branco, Anita Mosca, Ludmilla Ramalho, Mariana Jacques, a contadora de histórias Gislayne Matos, Luciano Luppi, Coral Campanha, curtas-metragens da Carabina Filmes, lançamento de livro de Gilza Santos. CONFERÊNCIA “DRAMATURGIA CONTEMPORÂNEA PORTUGUESA – AS TEXTUALIDADES DO SÉCULO XXI” 26 de março, terça-feira, às 10h ENTRADA FRANCA sujeita à capacidade do Espaço. A dramaturgia portuguesa contemporânea a partir de 1974 entra numa nova era democrática que a Revolução de Abril promoveu, esta nova era/concepção de cultura traduziu-se num apoio financeiro às companhias emergentes da década de 70 e que ofereceu assim a emancipação criativa, sem o peso da censura do Estado Novo, ao "teatro independente". Durante a sessão proposta, o dramaturgo e pesquisador Mickael de Oliveira irá abordar de que forma a dramaturgia portuguesa se desenvolveu no seio das estruturas do teatro independente, de 1974 até 2004, através dos pontos que guiam sua pesquisa: A Noção de Repertório e a Multiplicidade de Autorias; O Teatro Português Contemporâneo e a Dualidade Entre as Figuras do Dramaturgo e do Encenador: O Repertório; O Cânone enquanto Matriz Orientadora do Repertório – Transmissão e Tradição. Em seguida, terá foco o percurso de alguns dramaturgos mais representativos do fim do século XX e início do século XXI, debruçando-se sobre os processos criativos através do conceito de “pós-dramático”, tratando dos autores que escrevem do e para um determinado palco e ideário cénico, seguindo a terminologia de Hans-Thies Lehmann ou de Bruno Tackels, quando este os descreve como “Escritores de Palco”. Por fim, apresenta-se o trabalho do Colectivo 84 e do seu próprio percurso enquanto dramaturgo, e em específico a obra "Horror ou breve estudo sorbe a paralisia", apresentado em Março e Abril em Buenos Aires, Belo-Horizonte e Rio de Janeiro. ESPETÁCULO “HORROR OU BREVE ESTUDO SOBRE A PARALISIA” 29 e 30 de março, sexta e sábado, às 21h Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Capacidade: 100 lugares Reservas e informações: (31) 2514-0440 “O corpo da juventude é o lugar por excelência do horror e da política” “Horror" é uma criação teatral de John Romão, com textos de Mickael de Oliveira, música de Daniel Romero (.tape.) e desenho de luz de José Álvaro Correia. Estreou em Junho de 2011 no Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa, Portugal) e em março/abril terá uma digressão por Buenos Aires, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, respectivamente. Perante a sociedade do corpo, em que um filme porno hardcore serve a didática para a aprendizagem erótica, o corpo deixa de ser um mistério. O horror é mais do que uma reação momentânea a algo, um estado profundo em que nos reconhecemos fora dos mistérios, fora do mundo animal. A peça trata a nudez do corpo como forma de anunciar os conteúdos viscosos que horrorizam e seduzem; trata de profanar o corpo, a sua beleza, revelando em primeiro lugar as suas partes secretas. O obsceno, a blasfémia, a abertura do corpo a todo o possível. Num cenário político e económico decadentes, os intérpretes trabalham dentro de um círculo de atração e de horror, oferecendo uma incursão pela impossibilidade de se voltar a ser ingénuo. FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA Direcção e espaço cénico: John Romão Textos: Mickael de Oliveira Com: Carlos Aragão, John Romão e Mariana Tengner Barros Desenho de luz: José Álvaro Correia Música: Daniel Romero (.tape.) Colaboração coreográfica: Elena Córdoba Colaboração de vestuário: Carlos Sáez Ripoll Director técnico: Nuno Patinho Fotografias: Susana Paiva Co-produção: Colectivo 84 e Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa) O Colectivo 84 usufrui do Apoio à Internacionalização do Governo de Portugal | Secretaria de Estado da Cultura – Direcção Geral das Artes. ESTREIA DE “TUDO DE NÓS” (PIERROT TEEN) 19 a 28 de abril, sexta e sábado às 20h e domingo às 19h Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) Capacidade: 60 lugares Reservas e informações: (31) 2514-0440 Tudo de nós é um espetáculo autobiográfico sobre quatro jovens amigos que, reunidos num quarto, revivem, encenam e discutem questões de sua adolescência e juventude. Laura, Luciana, Malu e Matheus são atores-personagens da peça, cuja dramaturgia reúne prioritariamente textos escritos por eles, assumidos tanto pelo seu autor quanto por outros atores, colocados para o público para se perceber no outro e reconhecer-se nele. Aos textos pessoais somam-se na tessitura dramatúrgica fragmentos do clássico romance O apanhador no campo de centeio (de J. Salinger), músicas, notícias, textos enviados pelo público, narrativas, excertos do diário de montagem. O trabalho, portanto, parte do individual para compreender o universal ao confrontar essas identidades com as dos espectadores, convidados a intervir no espetáculo, diluindo as fronteiras entre realidade e ficção. O espetáculo busca romper os lugares-comuns a partir da memória e desejo de expressão dos atores e espectadores e revela a qualidade humana no que é oferecido por eles, ressaltando que as principais questões da adolescência são universais. O ineditismo da proposta está em oferecer espaço de fala para que o adolescente/ jovem fale por si para seus pares, aspecto raramente encontrado na literatura, cinema e teatro que muitas vezes encerram-se em visões adultas sobre o tema e personagens, resultando em pontos-de-vista muitas vezes equivocados, parciais e estereotipados. Os atores do grupo Pierrot Teen, nascidos no início dos anos 1990, compõem a Geração Y, também chamada geração do milênio ou geração da Internet, sendo sucedida pela geração Z. Portanto, sua proposta ultrapassa o espaço do teatro para colocar-se em contato e diálogo com seus pares, envolvendo-se nas novas práticas de relacionamento, promovendo uma interlocução e interatividade com espectadores e internautas por meio das redes sociais (página no Facebook, blog no Tumblr e perfil no Twitter). O tema da adolescência foi proposto pelos atores, pois, segundo eles, é um assunto que diz respeito diretamente às suas vidas e ainda não foi devidamente abordado pelas instituições (Escolas, Família etc. e o próprio Teatro) pelas quais passaram. Frente a esta demanda, recursos da Antropologia, da Sociologia, das Ciências Políticas e da Literatura foram trazidos por pensadores, intelectuais e professores que colaboraram no aprimoramento conceitual do elenco e com ele discutiram suas experiências pessoais, utilizados para pensar o tema e construir a dramaturgia do espetáculo. Cultura e adolescência, identidade social, política e economia foram categorias analíticas trabalhadas pelos atores, diretores e orientadores e funcionaram como instrumentos de reflexão sobre o tema; livros e filmes serviram como um recurso complementar de inspiração, debate e criação. Todos os encontros foram registrados pelos atores em um diário, espaço de expressão pessoal e também voltado à construção da memória artística da montagem, seus exercícios, questões e apontamentos. FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA Textos e atuação Laura Canedo, Luciana Leitte, Malu Falabella e Matheus Soriedem Dramaturgia e encenação Juarez Guimarães Dias e Léo Quintão Preparação vocal Priscilla Cler Espaço cênico, Trilha Sonora e Produção de Moda Cia Pierrot Lunar e Pierrot Teen Supervisão e Orientação sociológica Mara Greide Orientação de pesquisa de linguagem Juarez Guimarães Dias Produção Executiva Neise Neves Direção de Produção Léo Quintão Colaborações Neise Neves, Luiz Rocha, José Ricardo Faleiro Carvalhaes, Ed Andrade, Bruno Cerezoli, Anita Mosca, Rita Gusmão e Branca Maria de Paula Realização Cia Pierrot Lunar Site: http://www.espacoabertopierrotlunar.blogspot.com

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