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Obras do acervo da Fundação Clóvis Salgado são expostas na PQNA Galeria Pedro Moraleida

“Do Vermelho ao Azul” reúne produções que discutem a tensão entre opostos e as possibilidades da arte

Na arte, elementos que contrastam entre si e criam uma noção de opostos já foram amplamente explorados por diversos artistas ao longo da história. Essa contraposição é o fio condutor da exposição “Do Vermelho ao Azul”, que reúne 13 obras do acervo da Fundação Clóvis Salgado na PQNA Galeria Pedro Moraleida, no Palácio das Artes. A exposição busca explorar, por meio dessas produções, os limites e as possibilidades da arte, tendo o vermelho e o azul como pontos de partida para discussões mais amplas sobre a dualidade, a tensão e a harmonia que podem existir entre opostos ou elementos contrastantes. O período expositivo será de 18 de março a 8 de junho. A entrada é gratuita.

O título da mostra faz referência às cores predominantes nas composições do trabalho que abre e do que encerra o percurso da exibição. Essas cores simbolizam, também, os contrastes e as fusões presentes nas peças que compõem esse trajeto. As produções que fazem parte deste conjunto apresentam a diversidade de linguagens das artes visuais presentes no acervo da Fundação, abrangendo pintura, escultura, cerâmica, fotografia e gravura, além de refletir as diferentes visões e abordagens de artistas que contribuíram para o fortalecimento da arte contemporânea em Minas Gerais. Serão expostos os trabalhos de Amílcar de Castro, Ana Amélia Diniz, Beatriz Milhazes, Benedikt Wiertz, Evandro Machado, Fayga Ostrower, Fernando Velloso, Franz Krajcberg, Helena Netto, José Nemer, Lotus Lobo, Lorena D’Arc, Marina Nazareth.

A exposição “Acervo FCS: Do Vermelho ao Azul” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo.

Do Hemisfério Sul ao Norte – O vermelho e o azul são duas das três cores primárias e são conhecidas por passarem sensações antagônicas. Enquanto a primeira é conhecida por despertar sentimentos de paixão, energia e excitação, a segunda transmite uma sensação de calma, tranquilidade e paz. Na PQNA Galeria, o visitante irá se deparar com esse contraste através das obras circulares de Ana Amélia Diniz e Benedikt Wiertz, iniciando e finalizando a mostra, respectivamente. Ana propõe um objeto circular, em que tinta automotiva na cor carmim cobre a superfície de um objeto metálico, contendo outros círculos disformes em tom terroso. Ao final, uma cerâmica representa uma forma semelhante, porém na cor azul e sem detalhes, fragmentada em várias peças.

Nascida em Presidente Juscelino (MG), em 1929, Ana Amélia Diniz Camargos teve sete filhos durante o casamento e mudou-se para Belo Horizonte em 1950. Com os filhos já criados, ela entrou na Escola Guignard, onde teve aula com grandes nomes como Amilcar de Castro, Solange Botelho, Sara Ávila, Eymard Brandão e Lisete Meinberg. Fez curso de cerâmica com Peter Soldner, em Nova Jersey (EUA) e foi professora de pintura e cerâmica, desenvolvendo atividades como voluntária em comunidades carentes. Em BH, também foi professora em escolas da periferia e na Escola Guignard.

Do outro lado do Atlântico, nasceu Benedikt Wiertz, em Bonn, na Alemanha. Artista plástico, ceramista e professor, atualmente mora e trabalha na região da Serra da Moeda, em Brumadinho, no Ateliê Xakra. O espaço foi fundado ao lado da arquiteta e culinarista Joseane Jorge. Wiertz Iniciou sua formação em artes de forma autodidata ainda na Alemanha, em 1979, e mudou-se para a capital mineira em 1995. Entre 1998 e 2015, atuou como professor na Guignard e, de 2008 a 2012, também foi diretor da instituição. Enquanto ceramista, realiza peças tanto artísticas quanto utilitárias.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Palácio da Liberdade, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes, Palácio da Liberdade e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todas as pessoas.

Acervo FCS: Do Vermelho ao Azul
Período expositivo: 18/03/2025 a 08/06/2025
Horário: Terça a sábado de 09h30 às 21h, domingo de 17h às 21h 
Local: PQNA Galeria Pedro Moraleida (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro)
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita
Informações para o público: (31) 3236-7307 / www.fcs.mg.gov.br

Foto: Benedikt Wiertz

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