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Encerrando o projeto que leva aos palcos o espetáculo “A Besta Fera dos Cabelo Negro”, a Cia Juntaostrem de Teatro oferece mais uma oficina e faz mais duas apresentações da montagem original. No dia 12/03, quarta-feira, às 19h30, apresentação gratuita do espetáculo no Centro Cultural Salgado Filho, na rua Nova Ponte, 22 - Salgado Filho. Dia 13/03, quinta-feira, no Centro Cultural São Geraldo, que fica na rua Silva Alvarenga, 548, às 18h30, será realizada a Oficina de Pesquisa Histórica do Congado. As inscrições podem ser feitas pelo wpp (31) 9 9906-1446, nos Centros Culturais em que serão realizados ou pelo link https://bit.ly/3CEzitg. Já no dia 15/3, sábado, às 20h, na Funarte, que fica na rua Januária, 68, no bairro Floresta, será realizada a última apresentação da temporada da peça “A Besta Fera dos Cabelo Negro”. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados na bilheteria da Funarte, uma hora antes da apresentação. A classificação é livre.

Ministrada pela historiadora e atriz Marina Linhares no Centro Cultural São Geraldo, a oficina de Pesquisa Histórica do Congado. Quando foi criada a peça “A Besta Fera dos Cabelo Negro” foi feita uma pesquisa acerca do Congado, nesta oficina, a historiadora mostrará essa pesquisa abordando os pontos mais relevantes, criando identificação com os participantes. Durante o encontro será apresentada uma pequena cena do espetáculo.

A peça “A Besta Fera dos Cabelo Negro” é a segunda montagem da Cia. Juntaostrem. “Através de bom humor e uma história cativante de um viajante, o espetáculo traz a reflexão sobre como o medo pode nos impulsionar ou nos aprisionar”, revela Marina Galeri, diretora e dramaturga. A cena mostra um viajante que busca o medo e à medida que vai andando pelo mundo se depara com situações que provocam este sentimento, é assim que o público se reconhece. “O viajante encontra com algumas figuras em sua jornada em busca do medo, o público vai se reconhecendo nas situações que os personagens se encontram: o medo de ficar sozinho, o medo de ser feliz, o medo da morte, o encontro com a fé e a coragem, o ir com medo mesmo”, observa Galeri.

Uma característica da Cia. Juntaostrem é a exaltação do que é de Minas Gerais. “Toda a história vem embebida de muita mineiridade, exaltando a nossa rica cultura por meio do linguajar, da tradição, da oralidade e dos ‘causos’, do sincretismo cultural e religioso e elementos do congado mineiro”, conta Marina Linhares co-fundadora da cia e atriz do espetáculo. A presença do Congado no espetáculo é um tempero à mais. “O Congado é uma manifestação tombada como patrimônio imaterial de minas Gerais em agosto de 2024, é importante a gente trazê-lo, mas muito importante também, ressaltar que ele é ancestral, que ele vem da cultura negra, que ele é resistência, sabe?”, afirma Galeri, a dramaturga da peça. O ator e preparador corporal Gladyson Luiz observa que “desde a época das Minas de Ouro, os negros escravizados professavam sua fé através do Congado, dos cânticos, das rezas, da dança, da musicalidade, da percussão. Eles conseguiam manter, a sua fé, cultuar os seus ancestrais e isso veio resistindo ao longo do tempo, e hoje é uma das manifestações culturais mais fortes aqui de Minas”, diz. O ator Bén Johnson Pereira entende que o Congado, para além de uma expressão cultural é uma marca em sua vida. “Eu vejo o congado voltando em minha vida após 20 anos. Em diversas vezes vi minha avó sendo coroada como Rainha, meu irmão pagando promessa e sempre usando as vestes. Nesta peça, o nosso corpo movimenta sobre as ondas do tambor, sobre os nossos medos, nossas inconstâncias e trabalhar isso no outro é tão profundo que chega a ser um universo que não tem limite. Como ator e preparador corporal nós vamos extraindo dos corpos a história e nuances dos nossos antepassados e marcando tudo aquilo que o grupo tem como característica: somos mineiros, somos raízes e terras”, atesta.

A montagem, que tem duração de aproximadamente de 45’, conta com seis atores no palco, Bén Johnson Pereira, Glaydson Luiz, Júnior Fernandes, Marina Linhares, Raphael Breno, Rogério Alves. A atriz Marina Linhares ressalta que “A besta fera dos cabelo negro” é um espetáculo criado, produzido e encenado por atores mineiros. “A peça é totalmente mineira e para o público mineiro, produzida com muito amor, dedicação e orgulho. Um enredo instigante com cores, música, humor e reflexão, capaz de agradar públicos de todas as idades”, atesta Marina Linhares.

Ficha técnica

Direção e texto: Marina Galeri
Elenco: Bén Johnson Pereira, Glaydson Luiz, Júnior Fernandes, Marina Linhares, Raphael Breno, Rogério Alves
Iluminação: Laurent Porto
Preparação corporal: Bén Johnson Pereira e Glaydson Luiz
Musicalização: Raphael Breno, Bén Johnson Pereira e Glaydson Luiz
Preparação Vocal: Bruno Messias
Mentoria de dança cênica: Huderson Rodrigues
Coordenação de Produção: Marina Galeri
Produção: Izabela Oliveira
Cenário e adereços: Rogério Alves, Marcelo Moreira, Moisés Galeri, Ivete Parreiras
Boneco: Rogério Alves e Marcelo Moreira
Ilustração: Marcelo Moreira
Assessoria de Comunicação: Camila de Avila
Figurinista: Mentoria de Anna Oliveira
Costureira: Ivone Mendes
Fotografia: Larissa Castro
Vídeo: Matheus Ferreira de Aquino (Naja)
Operador de áudio: Eugenio Ferreira

Serviço: A besta fera dos cabelo negro, Cia Juntaostrem

Data: 12 de março, quarta
Horário: 19h30
Local: Centro Cultural Salgado Filho (na Rua Nova Ponte, 22 - Salgado Filho)
Ingressos: Gratuitos, com retirada no próprio Centro Cultural uma hora antes

Data: 15 de março, sábado
Horário: 20h
Local: Funarte (Rua Januária, 68, no bairro Floresta)
Ingressos: Gratuitos, com retirada na bilheteria da Funarte uma hora antes

Oficina de Pesquisa Histórica do Congado
Data: 13 de março, quinta-feira
Horário: 18h30
Local: Centro Cultural São Geraldo (Rua Silva Alvarenga, 548. São Geraldo)
Ingressos: pelo wpp (31) 9 9906-1446, nos Centros Culturais em que serão realizados ou pelo link https://bit.ly/3CEzitg.

Foto: Larissa Castro