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A Rua da Bahia, em Belo Horizonte, é um dos corredores culturais mais ricos da cidade. O local abriga uma verdadeira coletânea de estilos e épocas arquitetônicas. Em um simples passeio por sua extensão, é possível observar obras que vão do neoclássico ao contemporâneo, passando pelo modernismo de Oscar Niemeyer.

A partir deste mês, reconhecer estes ícones da arquitetura ficará mais fácil para moradores e turistas. A Fundação Municipal de Cultura, em parceria com a Belotur, inaugurou nesta terça-feira, dia 8, um grande projeto de sinalização interpretativa para o local.   O projeto “Bahia Revelada - Sinalização Interpretativa do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte” prevê a instalação de placas bilíngues e totens que identificam os bens imóveis considerados Patrimônio Cultural do Município. A instalação será finalizada nos próximos dez dias.

As placas trazem informações históricas sobre os prédios, estilo de construção, famílias e visitantes ilustres que por ali passaram, entre outros dados. A intenção é aproximar a população e turistas daquele bem. Além de ler a informação in loco, o visitante poderá ainda acessar informações mais detalhadas daquele bem cultural e histórico através de um QRCode. Também serão instalados totens com orientações indicativas, mapas e percursos de caminhadas nas proximidades do corredor da Rua da Bahia. A ideia é facilitar o localização destes bens pelos visitantes.

Para Leônidas Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Cultura, o projeto Bahia Revelada quer resgatar uma vontade histórica de Belo Horizonte: a de mostrar as histórias, edifícios e lugares dessa rua tão emblemática para a cidade. “Ao interpretar esses trajetos, criamos um novo olhar sobre o espaço urbano que toma ainda outro significado ao tornar-se elo de dois grandes espaços da cultura, a Zona Cultural Praça da Estação ao Circuito Cultural Rua da Bahia. Revelando a rua como espaço de vida e encontro e revelando ainda sua memória para o cidadão”, completa.

A ação na Rua da Bahia faz parte de um projeto maior desenvolvido pela Diretoria de Patrimônio Cultural da FMC que tem como objetivo fornecer aos moradores e aos turistas e visitantes informações sobre a história de Belo Horizonte, o seu processo de ocupação e sobre os seus exemplares arquitetônicos mais representativos, reconhecidos pelo instrumento do tombamento, orientando sua caminhada pela cidade, possibilitando a descoberta e o reconhecimento dos lugares mais referenciais e simbólicos da capital.

Segundo Mariana Guimarães Brandão, técnica de patrimônio cultural da FMC e coordenadora do projeto, a intenção é que a sinalização interpretativa seja instalada em todos os conjuntos urbanos protegidos. “O objetivo final é criar um projeto piloto com esse primeiro trecho, que se estenderá para o restante dos conjuntos urbanos protegidos. Dessa maneira, o projeto permeará praticamente toda a área compreendida pelo perímetro da Avenida do Contorno, núcleo histórico original de Belo Horizonte, estimulando, assim, moradores e visitantes a desenvolverem um processo de valorização de seu patrimônio cultural e de pertencimento à sua cidade”, afirma.