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O Camareiro, com Tarcísio Meira e Kiko Mascarenhas
O Camareiro, com Tarcísio Meira e Kiko Mascarenhas
Convidado por Kiko Mascarenhas, idealizador do projeto e que também atua em “O Camareiro”, Tarcísio Meira quebra o jejum de 20 anos e volta aos palcos para narrar o drama de uma companhia de teatro esfacelada pela guerra. A direção é de Ulysses Cruz e o elenco se completa com os atores Lara Córdula, Karen Coelho, Silvio Matos, Ravel Cabral e Analu Prestes, nesta peça que trata sobre dedicação, devoção, paixão e mostra o avesso do teatro, seus bastidores e sua intimidade. “É como se o expectador estivesse vendo atrás das cortinas. Ao mesmo tempo, desvendando um mundo de fragilidade, sensibilidade e humor, que acompanha o ator antes de entrar em cena. As atuações são delicadas. Isso é interessante de ver”, adianta Tatyana Rubim, idealizadora do Teatro em Movimento. O espetáculo estreou em março do ano passado e, além do Prêmio Arte Qualidade Brasil 2015 na categoria melhor ator para Tarcísio Meira, “O Camareiro” lidera as indicações ao Prêmio Shell, o mais importante do teatro brasileiro, em seis categorias: Direção (Ulysses Cruz), Ator (Tarcísio Meira), Cenário (André Cortez), Figurino (Beth Filipeck e Renaldo Machado), Iluminação (Domingos Quintiliano) e Música (Rafael Langoni Smith e Laércio Salles). As apresentações ocorrem nos dias 19 e 20 de março, no Grande Teatro do Palácio das Artes.
Para a realização de suas atividades, em 2016, o projeto mantém a parceria de patrocínio com o Instituto Unimed-BH e Itaú, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O espetáculo
Durante a segunda Guerra Mundial um ator de teatro à beira de um colapso nervoso luta no limite de suas forças para interpretar mais uma vez o Rei Lear de Shakespeare. Mesmo senil e com sua saúde debilitada, o “Sir”, como é chamado por todos, lidera com tirania sua companhia, que começa a desmoronar. Ele conta com Norman, seu dedicado camareiro, que desdobra-se para atender às exigências de seu patrão, cuida de sua saúde e tenta ajudá-lo a lembrar suas falas, já que o senhor encontra-se confuso e desorientado. A dedicação e o esforço de Norman, que faz qualquer coisa para este homem que ele aprendeu a amar e respeitar, mostra que existe uma forte ligação entre eles e que ambos, ator e camareiro, são servidores de algo maior que eles mesmos: o teatro.
Ao contar o drama de uma companhia de teatro esfacelada pela guerra, o autor britânico Ronald Harwood, que também comemora seus 80 anos, cria uma metáfora sobre a dificuldade de se fazer escolhas, sobre continuar ou desistir, cumprir sua missão ou desertar. Com delicadeza, sensibilidade e uma grande dose de bom humor, o texto é uma homenagem a todos aqueles que dedicam suas vidas para que o teatro continue a existir.
Foto: Priscila Prade
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