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Ballet Stagium (SP) volta a BH com espetáculo sobre universo de Ary Barroso

Dirigido por Marika Gidali e Decio Otero, grupo paulista completa 45 anos em 2016 e celebra sua trajetória, na qual demarcou seu espaço na dança brasileira.

O Ballet Stagium (SP) retorna aos palcos de Belo Horizonte para única apresentação de seu mais recente espetáculo “O Canto da Minha Terra”, com direção de Márika Gidali, idealização e coreografia de Décio Otero. A única apresentação acontece no dia 12 de março, sábado, às 21h, no Grande Teatro do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1046 – Centro). Ingressos e informações: www.sescmg.com.br/sescpalladium/

 

Na montagem, os artistas se lançam na tarefa de desbravar, através da dança, toda a poesia que ecoa na obra Ary Barroso. “O Canto da Minha Terra” também marca as comemorações dos 45 anos da companhia fundada por Gidali e Otero. Décadas marcadas pela existência e resistência, com amplos trabalhos artísticos, educativos, formativos e sociais.

 

Desta vez, envolvidos pela obra de Ary Barroso, autor de Aquarela do Brasil, um importante hino afetivo do País, a companhia propõe ao público que os sigam no intuito de descobrirem o que seus bailarinos querem dizer, expressar, apresentar, e representar em dinâmicas que remetem às experiências da companhia ao longo de seus 45 anos. Esta proposta atende sua característica de explorar o território de fronteira entre a dança e o texto verbal como seu lugar de criação.

 

Sobre a Companhia

A Cia. Ballet Stagium foi criada em 1971 por Márika Gidali e Décio Otero, através de um projeto amplo que visava criar uma política cultural para o País. Com o tempo, o grupo se transformaria numa escola “on the road”, dançando em diversos espaços, como palcos, ginásios, tribos, barcos, praças, penitenciárias e escolas.

 

A companhia foi fundada em plena ditadura militar, uma época de censura, repressões e violência. Temas como o racismo, violência, opressões e genocídios foram retratados em seu repertório, que em parceria com Ademar Guerra, desafiou a censura dançando textos proibidos na época como Navalha na Carne, de Plínio Marcos, sob o título Quebradas do Mundaréu, em 1975.

 

Através de seus artistas, a dança se extravasa para fora da cena, resultando em aulas, palestras, projetos educativos, programas sociais, seminários, pesquisas, conversas e escuta de artistas e platéias.

 

No Stagium, o palco se transforma em sala de aula, em que conteúdos artísticos de muitos tempos se apresentam em forma de dança. Além disso, eles acreditam que transformar a dança para a atualidade pressupõe intertextualidades com o teatro, música, cinema, literatura e novas mídias.

 

 O Ballet Stagium em seus 45 anos de existência, está em constante transito entre tradição e ruptura, estabelecendo uma estética própria e uma linguagem que propõe a refletir o Brasil em sua complexidade social, histórica e cultural.

 

FICHA TÉCNICA

Ideia e Coreografia: Décio Otero

Direção Teatral: Márika Gidali

Música: Ary Barroso

Trilha Sonora: Décio Otero

Música Incidental e Edição: Marcelo Aharon Gidali

Desenho de Luz: Edgard Duprat

Participação Especial: Célia e Celma

Bailarinos: Paula Perillo, Camila Lacerda, Roberta Silva, Raquel Gattermeier, Thais Morato, Eugenio Gidali, Marcos Palmeira, John Santos, Bruno Fortunato, Cristiano Nunes, Gustavo Lopes e  Alexandre Bóia.

Pesquisa: Decio Otero, Márika Gidali, Ademar Dornelles e Fabio Villardi

Fotos: Arnaldo Torres

Licenciamento Editora Aquarela do Brasil

Agradecimentos: Fundação Padre Anchieta - Rádio e TV Cultura

Duração: 60 minutos

Classificação: Livre 

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