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Médico cardiologista Elson Violante lança, dia 14 de março, na sede do Sindicato dos Médicos de MG, o livro “Resistindo Sempre”

No livro, o cardiologista, militante político e sindical, fala sobre o Golpe de 64, sua militância política contra a Ditadura, a tortura e a prisão no DOI-CODI do Rio de Janeiro e faz reflexões importantes sobre o momento político do país. Um retrato realista de um período que não pode ser esquecido O médico cardiologista Elson Violante, um dos diretores mais combativos e presentes na história do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, lança, no dia 14 de março, o livro “Resistindo Sempre”. O lançamento acontece a partir das 19 horas, na sede do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, na rua Padre Rolim, 11 – esquina com avenida Contorno, no bairro Santa Efigênia. Publicado pela editora Biografa, “Resistindo Sempre” custa R$ 28, tem 115 páginas e está à venda na sede da editora, na rua do Ouro, 33, bairro Serra, com entrega domiciliar, e, em breve, nas melhores livrarias de Belo Horizonte. Mais informações pelo telefone (31) 2516-5208. Natural do Rio de Janeiro, o médico e militante político Elson Violante nasceu em 1942, formou-se em Medicina em 1972 pela Faculdade Nacional de Medicina (atual UFRJ) e chegou à capital mineira em junho de 1979. Atualmente, é aposentado pelo Banco do Brasil e pelo Ministério da Saúde. Na obra, Elson relata o Golpe de 1964, sua militância política contra a ditadura, a prisão e a tortura no DOI-CODI do Rio de Janeiro. Faz também uma importante reflexão sobre o socialismo e a União Soviética, os partidos comunistas e uma avaliação do governo Lula e do governo Dilma. Uma obra intensa e que retrata com realismo um dos períodos mais negros da história do país. O livro é ilustrado com mais de 25 fotos e documentos do período. O autor conta que resolveu escrever o livro após receber o destaque de “Personalidade Médica do Ano 2011”, na categoria Atividade Associativa /Defesa profissional, premiação organizada pelo Sindicato dos Médicos, pela Associação Médica e pelo Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais. “Eles me solicitaram um breve currículo. Ao escrever, comecei a pensar em tudo o que vivi e, incentivado pela minha família, resolvi colocar no papel a minha experiência e as minhas ideias sobre política”, disse. “São 27 anos desde o fim da Ditadura. Esse passado tenebroso precisa ser posto a limpo porque o silêncio que sempre rondou o tema, mesmo após o fim do Regime Militar, deixou o povo brasileiro pouco informado a respeito. Julgo importante citar esses acontecimentos porque não devem ser esquecidos. Não só pelos que viveram a Ditadura total ou parcialmente, mas também por aqueles que nasceram após seu término só tomaram conhecimento por meio de livros escolares. Foi uma página sombria e sangrenta da nossa história em que muitos foram torturados ou assassinados. É necessário todos saberem para que não deixem tal coisa se repetir. Enquanto isso, no Brasil, os torturados e assassinos estão livres, morrendo de morte natural ou até ocupando cargos. É um absurdo”, declarou. Em 2009, Elson Violante encaminhou um documento à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, um requerimento pedindo a declaração de anistiado político e indenização pecuniária com valores estabelecidos segundo o advogado. No dia 24 de janeiro de 2013, recebeu, pouco antes da impressão do livro “Resistindo Sempre”, correspondência da Comissão de Anistia, com a informação do deferimento do seu pedido, afirmando que irá receber uma declaração de anistiado político, com pedido de desculpas do Estado Brasileiro e uma reparação pecuniária, de acordo com critérios da Comissão, pelos anos de perseguição política. “É bom que se diga que essa indenização é aceita como uma reparação simbólica, pois o que aconteceu não tem preço”, disse. “Vale dizer que finalmente foi instalada a Comissão da Verdade, que visa a apurar os acontecimentos e as responsabilidades daqueles que praticaram torturas e assassinatos a serviço do Regime Militar, embora alguns queiram desvirtuar esse objetivo. Já se passaram 27 anos após o fim da Ditadura. Dentro de algum tempo já não haverá a quem responsabilizar”, ressaltou.

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