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Via das Artes, promovida pela Fundação Clóvis Salgado, encanta foliões com organização e diversidade durante o Carnaval de Belo Horizonte
Milhares de pessoas se reuniram nas avenidas Amazonas, Andradas e Brasil, onde a passagem de dezenas de blocos e atrações artísticas variadas prometem animar o público ao longo dos quatro dias de folia
O Carnaval de Belo Horizonte começou a todo vapor neste sábado (1º/3). A Via das Artes, organizada pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), em correalização com a Prefeitura de Belo Horizonte, reuniu milhares de foliões ao longo do dia. Este é o ano inaugural do projeto, que faz parte do programa AMA – Ano Mineiro das Artes, da Secult-MG. Três das maiores vias da capital mineira, as avenidas Amazonas, Andradas e Brasil, abrigam a passagem de dezenas de blocos e atrações artísticas ao longo de todos os quatro dias de folia. No fim da manhã, próximo à Avenida Amazonas, em frente ao Cine Theatro Brasil, uma das torres sonorizadas animava o público, que cantava e dançava ao som da seleção com clássicos do funk, rap e do hip-hop. À tarde, foi a vez do Bloco da Calixto se apresentar para uma Praça Sete lotada. Já na Avenida dos Andradas, os blocos Tchanzinho e Volta Belchior arrastaram uma multidão.
De 2024 para cá, a estrutura da festa foi aprimorada. A Avenida Brasil foi incorporada ao roteiro e a sonorização, inaugurada há um ano, está presente nas três vias, o que permite ao folião, de onde quer que esteja, em todo o percurso do bloco, se divertir de forma mais livre, sem necessariamente ter que se concentrar na proximidade do trio. Mesmo com o tempo nublado no início da tarde, o público não perdeu o entusiasmo na nova via incluída nesta edição da festa. O casal Katherine Lima e Matheus Fraga curtiu o desfile de blocos que começou na Avenida Brasil. Ela se mudou para Belo Horizonte no ano passado, e ele é da capital. Ambos elogiaram a organização da festa neste ano, e ficaram surpresos com a diversidade de atrações previstas para os quatro dias. “Eu estive aqui em 2024, e posso dizer que a festa está muito mais organizada e bem estruturada neste ano”, contou Katherine. “Frequento o Carnaval de Belo Horizonte desde o início, e é bacana demais ver essa programação com DJs, VJs, slams e tantas outras iniciativas”, destacou Matheus.
A poeta Regiane Abelha, por sua vez, participou da “Alvorada Poética” que abriu as atividades durante a manhã de sábado na Avenida Amazonas. Na programação, uma competição de poesia falada (“slam”) com a participação da Cia Circunstância e convidados, do Grupo ID Experimental do Estúdio ID Investiga Dança, do Grupo Café com Batuque e dos artistas-performers Marcelino Xibil, Julliano Mendes, Abelha e Nívea Sabino, todos em cortejo percorrendo a via. Regiane falou da importância da inclusão de outras linguagens artísticas no carnaval de rua de BH. "Essas artes sempre estiveram aqui, mas é fundamental tê-las reunidas. Trazer a poesia para o carnaval é algo mágico, é mostrar que ela emerge da cidade, e que todo tipo de arte pode se encaixar nessa festa de rua que a gente tanto ama", celebrou a poeta.
A programação da Via das Artes segue até a terça-feira (4/3), das 8h às 20h. Além das três avenidas, há atrações diversas também em outros pontos da capital mineira: no Palácio da Liberdade (“Palácio do Samba”), na Praça da Liberdade (“Atrium da Liberdade”) e na Avenida Assis Chateaubriand (“Bloco Arrastão Eletrônico”).
Foto: Secult MG
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