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41ª Campanha de Popularização Teatro e Dança chega a Nova Lima com o Projeto Caminho das Artes

Grupos se uniram para descentralizarem cultura e fortalecerem arte local

   O projeto “Caminho das Artes” integra a Campanha de Popularização Teatro e Dança pelo segundo ano consecutivo. A proposta foi criada em 2009 e acontecerá de 28 de fevereiro a 8 de março, em Nova Lima. “Os grupos com sede em Nova Lima perceberam que podiam abrir seus próprios espaços para apresentações de espetáculos de teatro e dança, em vez de serem somente locais para ensaios ou depósito de materiais. Desde então, construíram casas para apresentações abertas ao púbico e a entrada na Campanha de Popularização possibilita maior visibilidade a essa importante iniciativa”, explica o coordenador da Campanha, Rômulo Duque. As renomadas companhias Quik, Primeiro Ato, Armatrux, Cia. Suspensa e Grupo Atrás do Pano abrem as suas sedes para apresentações próprias e de convidados. O acesso do público a esses espetáculos será facilitado pelo Sinparc (Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais) que colocará um ônibus gratuito à disposição para transportar os espectadores interessados.

 

   O público poderá assistir oito espetáculos: “A morte de Antônio Preto”, produzido por Eneida Baraúnas; “Armatrux – A Banda”, do Grupo Armatrux; “Clara a negra”, dirigido por Paula Manata; “Mundo Perfumado”, do Grupo Primeiro Ato; “Olympia”, do Grupo Teatro Andante; “Por parte de pai”, do Grupo Atrás do Pano; “Ressonâncias”, da Quik Cia de Dança; e “Uma surpresa para Benedita”, do Grupo Trampulim.

 

Os grupos que formam o projeto “Caminho das Artes” são unânimes em afirmarem que o objetivo é formar um público diferenciado, promovendo a descentralização da cultura, além de criarem uma rede fortalecida de artistas que fazem parte da iniciativa. “Todas as vezes que os artistas se reúnem em prol de favorecer uma região com trabalhos culturais de qualidade isso tem grande importância. Há uma rede de parceria que viabiliza a produção artística, em tempos que faltam políticas públicas para a arte. A região está árida culturalmente e queremos formar uma plateia com acesso a trabalhos de qualidade para que as pessoas possam assistir teatro e dança na própria região delas. Isso amplia o vocabulário do público. A intenção é abrir e dividir nossos espaços”, afirma Suely Machado, diretora do Grupo de Dança Primeiro Ato.

 

A diretora da Quik Cia de Dança, Letícia Carneiro, avalia que somente por meio dessa união dos artistas será possível formar um público diferenciado. “A intenção também é fortalecer os espaços culturais, garantindo oportunidades para a comunidade acessar essas companhias e a região”, observa.

 

Para a atriz do Grupo Atrás do Pano, Myriam Nacif, é muito importante cativar e aproximar o público dos espetáculos. “O Caminho das Artes atende quem fica fora de Belo Horizonte e é importante estimular a participação do público de outras regiões. Temos vários grupos atuando na mesma região, possibilitando crescerem entre si com trocas de informações. Como a Campanha é um evento já reconhecido pelo público, a parceria fortalece os grupos e as suas sedes, além da oportunidade de mostrar que é possível fazer teatro em outros espaços”.

 

A atriz do Grupo Armatrux, Tina Dias, também reforça a ideia de que o Caminho das Artes é um meio de fortalecer o trabalho dos artistas e aproximar a comunidade dos espaços em que atuam. “O Centro de Arte Suspensa Armatrux – C.A.S.A. – receberá cinco dos oitos espetáculos desse projeto. Ela conta que o projeto tem mais uma novidade para agradar o público. O C.A.S.A. abrigará o famoso bar “Pastel de Angu”, do empresário Deco Lima, durante os dias do projeto. Teremos muitas surpresas nesse espaço, além dos famosos pastéis de angu, com os sabores tradicionais de queijo com cenoura, frango e carne. O bar funcionará antes e depois das apresentações”.

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