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Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresenta trechos de óperas no Teatro Francisco Nunes
Público terá segunda chance para ouvir ‘Suíte de Câmara Nº2’, de Villa-Lobos
A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais realiza concerto no Teatro Francisco Nunes que vai reunir trechos de algumas das óperas mais conhecidas de Richard Wagner e Giuseppe Verdi, com a participação da soprano mineira Eliseth Gomes. O programa, que tem regência do maestro titular da OSMG, Marcelo Ramos, busca homenagear as origens do Francisco Nunes, inicialmente palco de montagens operísticas. Suíte de Câmara Nº2., de Villa-Lobos, volta ao repertório da OSMG após recente apresentação no museu Inimá de Paula.
Expoentes de vertentes musicais muito distintas da música clássica, Verdi e Wagner são reconhecidos pela importante contribuição que deram ao gênero em seus países, respectivamente, Itália e Alemanha, sendo reconhecidos como grandes representantes da escola operística mundial. O programa leva ao Francisco Nunes composições líricas que deram o tom do teatro, inaugurado em 1950.
Segundo o regente titular da OSMG, Marcelo Ramos, na década de 70, antes da inauguração do Palácio das Artes, o Teatro Francisco Nunes já funcionava como um importante polo cultural em Belo Horizonte, atraindo grandes artistas e companhias teatrais do Brasil e do exterior, recebendo, entre outros, orquestras e temporadas líricas. Depois disso, o teatro passou por duas reformas, uma em 1980 e outra entre 2009, que terminou em 2014, sendo devolvido à comunidade como um dos mais modernos palcos mineiros, com capacidade para 543 pessoas. A Fundação Clóvis Salgado sempre teve relação muito próxima com o Teatro Francisco Nunes, que já recebeu inúmeras apresentações da Orquestra Sinfônica e do Coral Lírico de Minas Gerais.
Eliseth Gomes Interpreta Giuseppe Verdi – O concerto começa com a interpretação de Os Mestres Cantores de Nuremberg, de Wagner, com a OSMG. Em seguida, a Orquestra Sinfônica executa obras de Giuseppe Verdi, começando pela abertura da ópera La Forza del destino, quando convida a solista Eliseth Gomes para interpretar: Pace pace mio Dio, de Il Trovatore,Morrò, de Um Baile de Máscaras e Ritorna Vincitor, de Aida.
Segunda oportunidade para ouvir Villa-Lobos – No encerramento do programa, a OSMG volta a interpretar a Suíte de Câmara No. 2, de Villa-Lobos, “a composição volta ao programa graças ao sucesso da apresentação dedicada à Villa Lobos no início do mês. O público foi tamanho que algumas pessoas precisaram ir para casa porque o Museu não suportava. Por isso, decidimos repetir alguma composição, para dar uma segunda oportunidade”, explica Marcelo Ramos.
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais - Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das grandes orquestras do país.
O repertório interpretado pela OSMG inclui desde o clássico tradicional, como balés, concertos, sinfonias e obras sacras, até o mais significativo da música popular, com a série Sinfônica Pop.
A Orquestra apresenta-se em eventos locais e nacionais, além de cidades do interior de Minas, com o intuito de difundir a música erudita e democratizar o acesso de diversos públicos a esse gênero musical. A OSMG atua também na temporada de óperas produzidas pela Fundação Clóvis Salgado.
Maestro Marcelo Ramos – Mestre em Regência Orquestral pelo Cleveland Institute of Music (EUA) e Doutor em Artes e Regência Orquestral na Ball State University (EUA), foi regente nas orquestras Amazonas Filarmônica, Teatro Nacional Cláudio Santoro e Sinfônica de Minas Gerais, onde dirigiu óperas e concertos sinfônicos. Participou de master classes internacionais com Michael Tilson Thomas, Kenneth Kiesler, Kurt Masur, Ronald Zollman e Alexandder Polistchuk. No Brasil, estudou regência com Eleazar de Carvalho e Dante Anzolini. Regeu as principais orquestras brasileiras no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Brasília e Espírito Santo. Além de regente, é violoncelista e arranjador. Já produziu três CDs com obras inéditas de compositores mineiros – a série Ofício de Trevas – e obras para bandas.
ELISETH GOMES (soprano) – Natural de Belo Horizonte, Eliseth Gomes é bacharel em canto pela Universidade Estadual de Minas Gerais e, atualmente, é uma das mais renomadas cantoras líricas do país. Tem se apresentado em teatros de Ópera do país e do exterior sob a regência de conceituados maestros como Holger Kolodziej, Danielle Gatti e Marcelo Ramos, entre outros. Sua carreira teve início no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, durante as récita da ópera Porgy and Bess, de George Gershwin. A estreia internacional foi na Itália, nos Teatros Comunale, de Bologna, e no Reggia Emilia, com a Ópera La Traviata. No currículo de Eliseth também há apresentações em Portugal, Espanha e Suíça. A soprano já interpretou Aída, da Ópera Aída; Liù da Ópera Turandot; Violetta da Ópera La Traviata; Micaela da Ópera Carmem; Mimi da Ópera La Bohème; Bess, Serena e Clara da Ópera Porgy and Bess; e Alice Ford, da Ópera Falstaff. Eliseth Gomes também participou como solista de várias gravações: Ofício das Trevas, sob a regência do Maestro Marcelo Ramos; Missa da Coroação, de Mozart, sob regência do Maestro Benito Juarez; Cantata 202 de J. S. Bach, com regência do Maestro Francisco Guimarães, e Missa dos Quilombos, de Milton Nascimento; Além do álbum CD Sacros Eliseth Gomes.
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