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Violão clássico para todo mundo apreciar
Em sua segunda edição, projeto Elegia ao Violão já levou gratuitamente recitais, palestras e filme para onze CCults de BH. Em 2013, a iniciativa continua a todo vapor. Próxima parada: Vila Marçola, 28 de Fevereiro, às 19h30 Muito se diz sobre as preferências dos brasileiros entre os vários estilos musicais. Em um país de sonoridades tão ricas e marcantes, é difícil apontar uma que seja mais apreciada do que outra. Mas como em todo ambiente de grande diversidade, há também alguns estigmas arraigados: “esse tipo de música não é bom”, “este é brega”, “este já saiu de moda”. E o que dizer, então, da música clássica? “Preços altos para poder desfrutar”, “música da elite”, “o povo não gosta e não sabe apreciar”. Mas, para além desses juízos, é possível se deparar com as seguintes impressões: - Iniciativa fantástica! Que toque a todos quanto puder, pois esta arte é divina e bela. Parabéns! - Rodrigo Eloi, artista plástico. - Foi sensacional. Primeiro pelo seu domínio do instrumento, em seguida, pela ótima reação do público. Belo projeto (...), prova de que todas as comunidades, por mais periféricas que sejam, se sensibilizam com a boa música. - Ângelo Andrade, músico e gestor do Centro Cultural Alto Vera Cruz. - (...) ouvir, sentir e degustar o Ricardo extraindo do violão histórias, sensações e emoções. Adorei e recomendo! - Márcia Araújo, poetisa e gestora do Centro Cultural Pampulha - Seu talento e simpatia, acompanhados da boa música com a qual você nos presenteia, deixam nossa vida mais doce e menos áspera na construção dia-a-dia. -Francisco Mendonça, advogado. Com apoio do Fundo Municipal de Cultura, o projeto Elegia ao Violão tem oferecido de forma gratuita um arrojado recital de música clássica para violão. Buscando promover o intercâmbio de saberes e oferecer um contato vivo entre o público e os grandes mestres do violão, o violonista Ricardo Marçal está percorrendo todos os 16 Centros Culturais da PBH. O próximo recital – o décimo segundo desta temporada - será dia 28 de Fevereiro, às 19h30, no CCult Vila Marçola. Como na primeira edição do projeto (2011), a reação do público tem sido empolgante. E o melhor: em todos os locais em que o projeto retornou para a temporada 2012-2013, registrou-se um crescimento de público extremamente significativo. Tal fato vem confirmar as premissas básicas do projeto: a existência de uma demanda por vivências musicais clássicas, que pode e deve ser cultivada em benefício de toda a população. E contribuindo ainda mais para este cenário, o violão, instrumento universal, brasileiro por vocação e mineiro por excelência, atingiu uma posição respeitável no cenário mundial da música clássica: nunca se produziu tanto em torno dele, seja em eventos, concertos, festivais, seminários, cursos, ou no fazer musical propriamente dito, compreendendo ensino, composição de novas obras e performance. Recital Nesta segunda edição, o recital Elegia ao Violão: morte ou despertar trás novamente um repertório representativo da história do violão, incluindo uma homenagem ao centenário do compositor inglês Benjamin Britten - que escreveu uma das mais importantes obras para o instrumento: o intrigante Nocturnal, op. 70. A peça apresenta uma noite de insônia e de sonhos confusos como metáfora da agonia e da morte. Nocturnal cumpre o papel de núcleo do recital, em torno do qual orbitam as demais peças - em todas elas, o som do violão metaforiza a vida no tempo: como um sino ou uma gota d"água, delicada ou vigorosamente brotando do tanger das cordas para daí prolongar-se, indefinidamente, até a fronteira imaterial onde não se sabe se é silêncio. Repertório: - Domenico SCARLATTI (1685-1757) Sonata K. 206 - Giulio REGONDI (1822 – 1872) Etude n. 5 - Allegretto - Benjamin BRITTEN (1913 – 1976) Nocturnal after John Dowland, Op. 70 - Francisco TÁRREGA (1852 – 1909) Recuerdos de la Alhambra - Federico MORENO-TORROBA (1891 – 1982) Sonatina Ricardo Marçal O violonista belo-horizontino Ricardo Marçal (30) tem se dedicado a uma agenda cada vez mais intensa como concertista. Seus diversos projetos artísticos têm em comum o ideal de lançar luz sobre o potencial humanizador da música clássica no cenário cultural contemporâneo. Ricardo tornou-se bacharel em Música pela UFMG, na classe do professor Fernando Araújo, e foi bolsista do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão por dois anos. Prosseguindo seus estudos regulares como aluno particular do aclamado violonista Fábio Zanon, a convite do maestro Oscar Ghiglia tem se aperfeiçoado anualmente nos cursos de verão da Accademia Musicale Chigiana de Siena, na Itália. Paralelamente à carreira como solista – com concertos por Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo –, Marçal está prestes a sair em uma turnê estadual com o Quarteto Barros abordando o repertório original para violão e quarteto de cordas do início do séc. XIX, e participa da criação do terceiro espetáculo do quarteto de violões Corda Nova, sempre com obras especialmente comissionadas. Como pesquisador, prepara um artigo sobre o repertório oitocentista de música de câmara com violão em parceria com o historiador Gerson Castro e é professor dos cursos de história da música e apreciação musical da Academia de Ideias, em BH. Além disso, coordena a criação de uma série de música de câmara nos municípios mineiros de Betim, Brumadinho, Contagem, Crucilândia e Esmeraldas. Site: http://www.ricardomarcal.com
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