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Seminário Arte Popular e Contemporânea, um solo para novas discussões
O Seminário Arte Popular e Contemporânea: Relações e Olhares possíveis chegou ao final do dia, com saldo positivo e oportunidade para futuras discussões. A parte da manhã contou com o debate entre os artistas Erli Fantini, Lucas Dupin, Bruno Amarante e Yara Tupinambá, com o tema Tradição e Inovação: arte popular e arte contemporânea. Já a tarde foi destinada para o diálogo Possibilidades e tensões nas fronteiras da arte: entre arte popular e contemporânea, com a presença do crítico e poeta Ferreira Gullar e das pesquisadoras Angela Mascelani, Maria Angélica Melendi, Lorena D"Arc Menezes de Oliveira, e da gerente de Cultura do Departamento Nacional do Sesc, Márcia Leite. Mediado por Mário Alex Rosa, Coordenador de projetos da Gerência de Cultura do Sesc Minas, os pesquisadores apresentaram suas noções sobre as fronteiras entre arte popular e contemporânea, com base em suas experiências profissionais e estudos. Para a gerente de Cultura do Departamento Nacional do Sesc Márcia Leite, "pensar a arte no Brasil é pensar em hibridismo cultural, que compreende todas as formas de expressão - compreendo popular e contemporânea, valorizando a diversidade do nosso povo". Ao longo do Seminário, os temas discutidos no primeiro bloco foram levados para a discussão no período da tarde, com a exemplificação de trabalhos, técnicas e artistas das vertentes popular e contemporânea. Segundo Ferreira Gullar, "a arte popular não tem um processo crítico evolutivo, a natureza dela é outra. Ela é mais a expressão individual do artista, ela não tem a dinâmica que tem a arte erudita". Para o poeta, a obra de arte não tem que ser um fazer muito difícil. "Mas saber lidar com a linguagem, é uma das formas de dominar o fazer artístico. E para o uso da técnica, é imprescindível a criatividade", discorreu o escritor. Durante o seminário, o mediador, trouxe a seguinte questão: Por que a arte contemporânea é sempre ligada ao ponto de vista estético, enquanto a arte popular está referenciada ao ponto de vista sociológico? Para Angela Mascelani, a arte contemporânea é amparada por um pensamento estético, mas não usa os mesmos padrões esperáveis da arte erudita. "Cada vez que você dá um adjetivo à arte, você a reduz", explanou Lorena D"Arc. Ao final do Seminário, os pesquisadores, artistas e público presentes chegaram em um novo patamar de debate e discussão, que não acaba por aqui. Os diálogos iniciados continuam nas universidades, nas redes sociais, no Vale do Jequitinhonha e em todos os espaços. A Exposição Dona Izabel e outros contemporâneos foi um ponto de partida importante para a tenuidade entre arte popular e contemporânea e, parafraseando Ferreira Gullar, o primordial para a linguagem artística é a criatividade, independente por quem ela é feita.
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