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Brasil poderá registrar cerca de 554 mil mortes causadas por câncer em 2050
Especialista alerta sobre o vínculo entre o abuso de álcool, drogas e o aumento do risco de câncer
Nesta terça-feira, dia 20 de fevereiro, o Brasil se volta para uma reflexão crucial e urgente: o combate às drogas e ao alcoolismo. De acordo com uma projeção feita pela Iarc (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer), o Brasil registrará cerca de 554 mil mortes causadas por câncer no ano 2050. Ainda segundo as estimativas da agência, que faz parte da OMS (Organização Mundial da Saúde), o país também registrará 1,15 milhão de novos casos até o mesmo ano.
Daniella Pimenta, oncologista da Cetus Oncologia e Hospital Semper, explica que o consumo excessivo de álcool e de drogas (lícitas ou ilícitas) aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de câncer. “O consumo exagerado de bebidas alcoólicas e de drogas, principalmente de álcool combinado com o cigarro, aumenta o risco do desenvolvimento de alguns tipos de câncer, dentre eles, tumores de cabeça, pescoço e de esôfago”, afirma. A médica alerta, ainda, para o consumo de bebidas alcoólicas destiladas, que aumentam o risco de câncer de fígado, câncer de mama e câncer colorretal.
A oncologista esclarece que, além de aumentar o risco de doenças oncológicas, o consumo excessivo de álcool e drogas também aumentam o risco cardiovascular. “Hoje, no Brasil, as doenças que mais matam são as de cunho cardiovascular, seja o infarto ou acidente vascular cerebral (avc). Para as pessoas terem uma melhor qualidade de vida, o recomendado é evitar ambos”, recomenda.
Daniella aponta que, para aqueles que forem contra a recomendação e não quiserem parar de consumir bebidas alcoólicas, o indicado é ao menos respeitar o limite de ingestão. “Caso as pessoas não queiram parar, elas devem pelo menos respeitar os limites de ingestão, que seria uma dose para mulher e duas doses para o homem. Já o cigarro, não deve ser utilizado de forma alguma, a dica é suspender totalmente o uso”, indica.
Já em relação as drogas ilícitas, a relata que o uso pode gerar substâncias tóxicas ao organismo, gerando uma inflamação crônica que também aumenta o risco de câncer. Então, o recomendado é também evitar o consumo.
Pimenta finaliza opinando sobre a importância da campanha e de ações dedicadas ao combate às drogas e ao alcoolismo, lamentando que ambas não sejam tão difundidas. “Na minha opinião, o que falta para termos melhores índices nesse combate é uma melhor divulgação das ações governamentais já existentes. Campanhas de conscientização, grupos de combate ao consumo de drogas e álcool, fornecimento de medicações que auxilie os usuários e entre outros, já existem na nossa sociedade, mas, infelizmente, ainda são pouco divulgadas.”, conclui a profissional.
Foto: Marketing Cetus
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